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O PERFIL DO BEM-AVENTURADO


“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2 Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3 Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido” (Sl 1.1-3). 


O brasileiro já está acostumado com o que se chama de “perfil” em virtude das novidades que a internet proporciona. Nas redes sociais, nos sites de relacionamento, blogs pessoais ou comunidades virtuais, ali serão gerados perfis, isto é, descrições escritas nas quais se salientam os traços característicos de certas pessoas. 

Creio poder aplicar esta linguagem ao bem-aventurado do Salmo 1. A leitura dos três primeiros versículos claramente apresenta os TRAÇOS do seu perfil. O bem-aventurado nem pode ter certeza de quão bem-aventurado é. Costumeiramente, lhe aplica-se o sentido de muito feliz, felicíssimo. Mas a palavra hebraica é sem tradução na língua portuguesa; é como um grande suspiro que diz: “ó, a felicidade deste homem!”. Portanto, o bem-aventurado é a felicidade que não pode ser expressa, em pessoa. 

Se o perfil do bem-aventurado pode ser acessado pelo Salmo 1, pergunta-se: quais são os traços característicos que o identificam? Conheça os três traços do perfil: 

1º TRAÇO:
O bem-aventurado sabe dizer não ao que contraria suas convicções (v. 1)

Se um perfil pergunta “o que nunca faria?”, creio que a resposta é: eu sou o bem- aventurado em Cristo, porque sei dizer não aos conselhos dos ímpios, ao caminho dos pecadores e à roda dos escarnecedores. O bem aventurado nunca anda, nem se detém ou se assenta em circunstâncias que contrariam suas convicções. 

2º TRAÇO:
O bem-aventurado sabe o que fazer para acentuar suas convicções (v. 2)

“O que você gosta de fazer?”, salienta o perfil. O bem-aventurado responde: coloco meu prazer nas Escrituras Sagradas; na Lei de Deus medito em todo tempo. O amor pela Bíblia fortalece a fé e acentua as convicções pessoais. 

3º TRAÇO:
O bem-aventurado sabe quem ele é por causa de suas convicções (v. 3)

Perfis online geralmente oferecem a oportunidade de descrever algo mais intimo: “o que mais gosta?”. O bem-aventurado é uma árvore alimentada pelas águas que saem do Trono de Deus. Ele gosta, ama ser uma árvore que dá fruto. 

Aproveite. Apresente-se para preencher seu perfil online com Deus. Ele quer saber do bem aventurado. Será que os traços realçados pelo salmista constituem o seu perfil? Acesse seu cadastro e o atualize. JESUS é a senha. Não se esqueça: “...bem-aventurados sois...” (1 Pe 3.14). 

Rev. Ângelo Vieira da Silva

UMA ORAÇÃO URGENTE: LIVRA-ME!

“Livra-me”. Eis uma expressão presente em muitos trechos das Escrituras Sagradas. Por que tantas vezes é repetida? Será que realmente somos livres para fazer o que quisermos? Até onde estamos livres? Será que não precisamos de libertação em nossas vidas? Será que algo nos prende?

Certamente que sim. Muitas vezes nossa liberdade é ilusória, pois na realidade estamos escravizados à circunstâncias onde apenas o Filho de Deus pode acudir e libertar. Jesus mesmo disse em João 8.36: “se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. É certo que Jesus quer trazer alívio ao homem escravizado; quer livrá-lo do mal, como enfatiza a oração que ele mesmo ensinou (Mt 6.13). Diga, ore bem alto para o Senhor:

1) LIVRA-ME DOS MEUS INIMIGOS! 

O Salmo 143.9 diz: “Livra-me, Senhor, dos meus inimigos; pois em ti é que me refugio”. Quem é seu inimigo? É Satanás? O mundo? Será você mesmo? Não será sua inimiga aquela vontade louca de fofocar, difamar, mentir, pecar... Não deixe que as correntes do pecado amarrem você! Clame ao Senhor: livra-me! Ele livrará e verdadeiramente serás livre! 

2) LIVRA-ME DOS LÁBIOS MENTIROSOS! 

Outro Salmo, o 120, mostra a seguinte petição: “Senhor, livra-me dos lábios mentirosos, da língua enganadora”. A língua é fogo! É mundo de iniqüidade! Ela pode contaminar o corpo inteiro (Tg 3.6)! Lembre-se que das seis coisas que o Senhor aborrece a língua mentirosa é uma delas (Pv 6.17). Peça a Deus que livre você deste mal. Diga: “Livra-me, Senhor!” e Ele te livrará; verdadeiramente serás livre! 

3) LIVRA-ME DO TREMEDAL DE LAMA! 

Essa expressão está localizada no Salmo 69.14: “Livra-me do tremedal, para que não me afunde; seja eu salvo dos que me odeiam e das profundezas das águas”. Um tremedal é um pântano que, na Bíblia, é usado para ilustrar o pecado e a degradação moral. Logo, a oração do salmista é: livra-me da degradação moral que me assedia! Por isso, não deixe de clamar pelo livramento do Senhor Jesus e verdadeiramente serás livre! 

4) LIVRA-ME DOS CRIMES DE SANGUE! 

O Salmo 51.14 declara: “Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus”. Quais são os crimes de sangue? Para Davi, escritor do Salmo, são o adultério com Bate-Seba e a morte de Urias. Davi buscou a libertação da culpa de sangue no que tange a esses crimes. Como conseqüência natural, sua língua nunca cessaria de proclamar a fidelidade de Deus, que proporciona o verdadeiro perdão a todos os penitentes. Ele pediu e foi verdadeiramente liberto. 

Diga hoje e agora: “Livra-me, Senhor!” Se você precisa se libertar de algo basta pedir ao Senhor que se sempre se inclina para o quebrantado de coração.

Rev. Ângelo Vieira da Silva 

A FUNDAMENTAL BUSCA DO CRISTÃO


"Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo" (Sl 27.4)

Sempre vivemos um novo tempo e, com ele, novos sonhos, desejos, projetos, aspirações e realizações. Sim, em nossa mente e coração está o anseio de suprir aquelas necessidades mais fundamentais, nossas e daqueles que nos são próximos. Muitos querem sanar suas dívidas, obter um diploma, cursar uma nova faculdade, adquirir certos bens materiais há muito tempo namorados, ter mais sucesso no trabalho, receber um salário melhor, rever parentes separados pelo tempo e espaço, viajar, poupar, crescer, enfim, viver, etc..

Tudo isto pode ser muito bom, mas não representa a busca fundamental de cristãos comprometidos com Deus e com Sua Palavra. Cada desejo nosso (como os supracitados) precisa ser secundário, uma vez compreendido que Deus é o Senhor de nossa vida. É o ensinamento do Salmo: “uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo” (Sl 27.4).

Perceba: algo é pedido e buscado; é apenas uma coisa... O que é? O salmista expressa que a busca fundamental do povo de Deus, de cada cristão fiel, é a busca pelo Senhor, pela sua presença, pelo seu conselho. Eis a oportunidade de compreendermos que tudo o que mais almejamos nessa vida não deve ocupar o lugar de Deus, de Cristo, do Espírito. Como nosso Senhor ensinou, “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

Se Deus é aquele que supre cada uma de nossas necessidades (Fp 4.16-19), nos convêm buscá-lo e confiar em seu sustento providencial, pois declarou: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10). A certeza é que “pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mt 7.7-8). Portanto, peça, busque e bata corretamente, busque o Senhor, à sua presença e o seu conselho.

Reflita: será que estamos buscando o que é fundamental ou trivial? Eterno ou passageiro? Do Céu ou da Terra? “Ao meu coração me ocorre: “buscai a minha presença; buscarei, pois, Senhor, a tua presença” (Sl 27.8). Também é a disposição encontrada no livro do profeta Jeremias: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13).

Buscar pelo Senhor, sua presença e seu conselho é um privilégio gracioso. As Sagradas Escrituras ensinam que bem-aventurado é aquele a quem o Senhor escolhe e se aproxima, para que assista em seus átrios; bem-aventurados os que habitam na Casa do Senhor, louvando ao Deus vivo perpetuamente. Afinal, um dia nos átrios do Senhor vale mais que mil; é preferível estar à porta da casa de Deus, a permanecer nas tendas da perversidade (Sl 65:4; Sl 84.4, 10).

Pense nisso e busque ao Senhor de todo o coração.
Rev. Ângelo Vieira da Silva



RENOVE SUAS FORÇAS EM DEUS



“Bate-me excitado o coração, faltam-me as forças, e a luz dos meus olhos, essa mesma já não está comigo” (Sl 38.10)


Conta-se que, certa vez, um assaltante deu voz de assalto a uma senhora: - “A bolsa ou vida!”, disse ele. Sem alterar seu semblante, ela respondeu: - “Pode escolher, moço, pois tanto a minha bolsa quanto a minha vida estão vazias”.


Em algumas oportunidades de nossa vida podemos nos sentir assim, vazios. Aparentemente, nossa força quase some; parece que carregamos o mundo nas costas! Desgastados, sonolentos, frágeis, permitimos abalos na vida espiritual que podem gerar sérias consequências. Como descrito no versículo acima, era assim que Davi se sentia. por isso, situações como essas devem levar o cristão a uma busca intensa pela renovação de suas forças em Deus. É urgente!

Se desejamos amar a Deus dignamente, nossas forças precisam estar renovadas. Quando o Senhor conclamou o povo a amá-lo, como disse que deveria ser? Deuteronômio 6.5: “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”. Corpo, alma e coração são impelidos pela força renovada do servo do Senhor. Como disse Agostinho, bispo de Hipona, “eu odiaria minha própria alma se descobrisse que ela não ama a Deus”.

Se almejamos pregar sobre Deus plenamente, nossas forças precisam estar renovadas. Em 2 Timóteo 4.17 Paulo demonstra ao jovem pastor que o sucesso da pregação entre os gentios envolve força, força em Deus: “Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão”. Alegorizando, o leão da incredulidade é vencido pela pregação forte e fiel. Como o reformador alemão Martinho Lutero devemos pensar: “prego como se Cristo tivesse sido crucificado ontem, ressuscitasse dos mortos hoje e estivesse voltando amanhã”.

Se queremos depender de Deus totalmente, nossas forças precisam estar renovadas. Como não citar o exemplo de Paulo aqui? Um homem que havia vivido e experimentado toda e qualquer situação pode dar o exemplo de força renovada em Deus. Em 2 Coríntios  12.10 ele faz uma ligação entre fraqueza e força quando diz: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. Quando estamos fracos, isto é, vazio de nós mesmos, estamos prontos para sermos fortificados por Deus. Nossa fraqueza, neste contexto, deve nos fortalecer, não nos destruir. Assim, em Efésios 6.10 ele exorta: “quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder”. 



Esta breve reflexão foi realizada em nossa igreja recentemente. Muitos estavam cansados, como talvez você esteja. Renove suas forças em Deus! Como Isaías 40.29 ressalta, Deus faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor”. Como posso renovar as forças em Deus? Não há surpresas aqui. Ore mais, medite nas Escrituras, jejue e sirva o Senhor com alegria.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

A SOLIDÃO DOS HOMENS E A COMPANHIA DE DEUS


“Volta-te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito” (Sl 25.16). 

São poucos que, verdadeiramente, desejam permancecer sozinhos em suas vidas; que estão cônscios dos males que a solidão pode acarretar no dia-a-dia e, mesmo assim, não ligam. Recoheço: às vezes, é preciso se retirar, ficar sozinho por algum motivo específico, como Jesus fez (Mt 14.23). Todavia, a solidão humana não é e nem pode ser uma realidade duradoura e aceitável na vida, afinal, viu Deus que não era bom o homem estar sozinho e lhe fez uma auxiliadora idônea (Gn 2.18). Na Igreja, o Corpo que só pode existir com o auxílio de muitos membros (Ef 4.15-16), o mandamento é consolar e edificar uns aos outros, reciprocamente (1 Ts 5.11). 

Destarte, lembro-me do ensino bíblico em Eclesiastes 4.9-12. Naquela ocasião Salomão reforçou o valor da companhia, amizade, união e, indiretamente, rechaçou a solidão. Melhor é serem dois do que um, disse o sábio. Por que? Se caírem, um levanta o companheiro. Se dois dormirem juntos, eles se aquentarão. Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão. Por outro lado, infelizmente o solitário tenta se aquentar no frio da solidão, mas, caindo, quem o levantará? 



O pedido do salmista que se sente sozinho e aflito (Sl 25.16) é dirigido para alguém muito especial, que é o Senhor (Sl 25.1, 4, 6, 8, 10-11, 15), o seu Deus (Sl 25.2, 5, 22), a sua Salvação (Sl 25.5, 17-18, 20-22), o Misericordioso (Sl 25.6-7), o Bom e Reto (Sl 25.8), o Guia e Instrutor (Sl 25.9, 12) e, especialmente, íntimo daqueles que o temem (Sl 25.14). Se você se sente como Davi ore Àquele a quem o rei buscou em sua angústia. 

A companhia divina é real, pode ser experimentada e é uma das grandes necessidades humanas. Não somos órfãos (Jo 14.18), o Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio (Sl 46.7, 11). Não foi a promessa do Filho do Homem estar conosco todos os dias até à consumação do século (Mt 28.20)? Por isso, não temamos! Ele é conosco. Não nos assombremos, porque Ele é o nosso Deus que fortalece, ajuda e sustenta com a sua destra fiel (Is 41.10). 

Eu sei... Pode ser extremamente difícil receber tais palavras e aplicá-las ao coração. A depressão, a falta de conversão, os corações amargurados, dentre outros fatores, não colaboram com o reconhecimento da Presença divina que nos guarda, evitando o mal (At 18.10). No entanto, as mesmas ricas e preciosas promessas divinas de ontem falam conosco hoje. São nosso alimento, o sustento do cristão: “Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores” (Gn 28.15). 

Por isso, a melencólica solidão humana precisa ser tratada justamente com a certeza da companhia divina. Acrescentando ao que foi mencionado anteriormente e a muitas outras verdades nas Sagradas Escrituras, Deus faz que o solitário more em família (Sl 68.6) e tenha consigo, para sempre, o Outro Consolador (Jo 14.16). Ele não nos deixa e nem nos desampara (Js 1.5). Como Israel confiou (Sl 115.9), o novo Israel reconhece o Deus Triúno como seu amparo e auxílio (Hb 13.6). 

Entenda: você não precisa se sentir sozinho. Deus está aqui. Conosco.

Rev. Ângelo Vieira da Silva