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UMA OPINIÃO SOBRE AS SUPERSTIÇÕES NO FIM DE ANO


Deliberadamente, o cristão comprometido com as Escrituras se vê diante de muitos dilemas culturais os quais necessita ler à luz de sua fé. As superstições no fim de ano são um bom exemplo disso, pois, aparentemente, são muitos que estabelecem um apego e crença exagerados (até infundados) em coisas – roupas, alimentos, pessoas, atitudes, simpatias – puramente casuais.

Muito ligado à religiosidade ou à “sabedoria popular”, o conceito de superstição aborda as atitudes recorrentes que induzem ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes, seja pelo temor ou pela ignorância, o que também pode ser chamado de crendice. Por isso, trago aqui uma singela opinião sobre o assunto, a fim de ajudar cristãos que necessitem de mais esclarecimentos e ainda não souberam como lidar com as superstições “obrigatórias” para o êxito na vida. Observe algumas delas:

(1) AS CORES OBRIGATÓRIAS

É sabido que o branco é a cor mais popular no Réveillon, mas as superstições quanto às cores são inúmeras. Muitos julgam que o branco trará paz, o vermelho/rosa guiará a um novo amor ou paixão, o verde/amarelo/laranja atrairá dinheiro e o violeta proporcionará estabilidade, etc.. Todavia, o tom que confere sucesso na vida envolve a matiz do trabalho, caráter e sabedoria, crendo que Deus opera em cada uma das nuances.

(2) AS COMIDAS OBRIGATÓRIAS

Assim como o peru está para o Natal, vários alimentos aparecem na lista de superstições para o novo ano. Na crendice popular, entre animais e frutos, o porco ajudará na prosperidade, o peixe fisgará fertilidade, o carneiro trará vitalidade, as sementes de romã, uvas (comer doze à meia-noite) e maçãs plantarão abundância que, ao lado das lentilhas (também devem ser consumidas à meia-noite), atrairão riquezas. É assim que a ilusão se torna um doce alimento para a alma faminta e ávida por propósito.

(3) OS GESTOS OBRIGATÓRIOS

Há uma série de gestos supersticiosos que remontam ao novo ano que se inicia. Muitos acreditam que bolsos vazios, guardar uma rolha da garrafa de champanhe ou três sementes de romã na carteira (esse último no dia 06/01, principalmente, jogando em água corrente no final do ano), trarão o tão sonhado e desejado dinheiro. Li que dar três "pulinhos" com a referida garrafa na mão sem derramar nenhuma gota e, depois, jogar o resto para trás, sem olhar, de uma vez só, é bom para deixar para trás tudo de ruim. Usar roupas novas, jogar moedas da rua para dentro de casa, beber três goles de vinho, acender velas na praia, abraçar alguém do sexo oposto à meia-noite, jogar rosas na água, fazer barulho à meia-noite, enfim, ter pensamento positivo... Inutilmente, esses gestos prometem afugentar o mau do mundo.

Biblicamente, o cristão é impelido a evitar superstições, simpatias e crendices quando reflete sobre o posicionamento divino em relação aos adivinhadores, prognosticadores e agoureiros (Dt 18.9-14; Ez 13.23; Mq 5.12), que praticavam abominação ao observar sinais para predizer o futuro e aconselharem os israelitas. Estas “mágicas” devem ser abandonadas por amor a Cristo (At 19.19). Além disso, confiar em superstições é envolver-se com um engano cultural em detrimento a fé real pela qual nos movemos e vivemos (Hc 2.4; Rm 1.17; Gl 3.11). 

O mundo é mais carente a cada dia. Promessas para conquistar um novo amor, prosperidade, fortuna e felicidade a partir de superstições são um convite ao engano. O cristão comprometido com a Palavra de Deus sabe que é o Senhor Jesus quem suprirá cada uma de suas necessidades (Fp 4.9-20). Deus pode fazer-nos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, super abundemos em toda boa obra (2 Co 9.8). Entregue e confie sua vida a Ele, a Jesus, não às superstições. Deus é quem te guarda (1 Tm 1.12). E assim, com o advento do novo ano, coma e beba para a glória de Deus (1 Co 10.31; Cl 3.17), não por causa das superstições.

Feliz ano novo!
Rev. Ângelo Vieira da Silva

QUEM É JESUS PRA VOCÊ?


“Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20).

É possível verificar como a heresia gnóstica tentava arrebatar a mente de muitos cristãos nos primeiros séculos da cristandade. O gnosticismo, dentre outros sofismas, apresentava um Jesus "diferente", afirmando que a encarnação do Verbo era impossível. Por que? Pela crença da "matéria" (carne) ser, essencialmente, "má". A leitura atenta do Evangelho e Cartas joaninas comprovará a postura apologética frente a esta percepção de quem era o Cristo. Ora, o Espírito Santo inspirou as Escrituras, armando a defesa do povo de Deus naqueles dias. 

Surpreendentemente, não é tão diferente em nossos dias. Se pergunta fosse "quem diz o povo ser o Filho do Homem?" (Mt 16.13), a resposta irá além de João Batista, Elias, Jeremias ou algum dos profetas. Com novas “roupagens”, estilos e ensinos deturpantes, muitas pessoas e religiões apresentam Jesus como um simples judeu, outro profeta, um avatar, uma espécie de fantasma, um anjo, o irmão de “Lúcifer”, um santo iluminado, a primeira criação de Deus, o Oxalá novo ou, até mesmo, um simples homem. Tempos estranhos…

Pense comigo: se os discípulos amados de Jesus propuseram pastorear os cristãos frente as investidas heréticas contra a verdade da encarnação do Verbo de Deus, precisamos da mesma atitude urgentemente. No meio de tantas “ideias” sobre Jesus necessitamos aprsentá-lo como Ele é. São tantas caricaturas do “Cristo”, que mesmo cristãos podem se confundir, enveredando-se em caminhos tortuosos. Daí esta pequena reflexão no texto joanino. Assim, o Espírito que habita na Igreja se instrumenta de Sua Palavra para esclarecer sobre:

(1) JESUS E SUA VINDA

O texto registra: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo...”. Esta frase demonstra convicção. Certo que o mundo jaz no maligno (1 Jo 5.19), João reconhece que a vinda de nosso Senhor é certa: Ele veio. Jesus foi enviado: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). Agora, resta retornar para concluir sua obra. Como disse Agostinho de Hipona, “quem ama a vinda do Senhor não é aquele que afirma que ela ainda está distante nem aquele que diz que está perto. É aquele que, esteja distante ou próxima, aguarda-a com fé sincera, esperança firme e amor fervoroso”.

(2) JESUS E SEU RECONHECIMENTO

O discípulo amado escreve: “...e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro...”. Esta frase denota urgência. Como o tempo é findo e vivemos os últimos dias, reconhecer Jesus como nosso Senhor e Salvador, como nosso Deus, é imprescindível. Este reconhcimento é impostergável. “Nunca nos esqueçamos de que a mensagem da Bíblia dirige-se em especial à mente, ao entendimento” (D. Martyn Lloyd-Jones). O entendimento é este: discernir (dianoia, gr.) quem é Jesus. “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido” (1 Jo 5.1).

(3) JESUS E SUA GRAÇA

Atribui-se ao físico francês Blaise Pascal a seguinte frase: “A felicidade não está apenas dentro de nós nem fora de nós, mas sim em nossa união com Deus”. Ora, estar unido a Cristo é prova do favor divino: “...e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo”. Tal expressão bíblica comunica graça. Estar, permanecer no Filho de Deus, é estar ligado à Videira Verdadeira, é ser guardado nas mãos fiéis do Pai. Nada poderá nos separar. Portanto, “permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim” (Jo 15.4).

(4) JESUS E UMA CONFISSÃO

João conclui: “...Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. Esta frase é uma confissão. O discípulo amado declara sua fé inalterável ao afirmar que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente a Vida eterna. Eis um testemunho necessário nestes dias maus. Li que “testemunhar não é algo que fazemos; é algo que somos”. Ora, por que não amas as atitudes? Aquele que é testemunha, testemunha; aquele que tem fé, confessa, declara. “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo” (1 Jo 4.2, 14). 

Finalmente, gostaria apenas de assinalar que o tempo verbal grego utilizado por João neste versículo (presente) representa que os quatro aspectos supracitados envolvem progressividade, continuidade, proximidade e urgência na ação. Afinal, vivemos os últimos dias. Não deixe para amanhã; busque o Jesus verdadeiro hoje. É urgente! 

Rev. Ângelo Vieira da Silva

ESPIRITISMO: UMA REFLEXÃO PASTORAL


É inevitável! Mais cedo ou mais tarde, pastores protestantes se depararão com questionamentos acerca das doutrinas espíritas, sejam aquelas de origem europeia (como o kardecismo), sejam aquelas provindas da África (como a Umbanda), sejam elas correntes esotéricas (como a Teosofia), sejam elas correntes científicas (como o estudo da paranormalidade).

Lembro-me como se fosse ontem… Em 01/04/2011 estreava em todo Brasil mais uma produção espírita: “As mães de Chico Xavier”. Sob o danoso problema da saudade dos parentes falecidos, o longa apresentava três mães em busca do conforto no principal médium brasileiro, Francisco Cândido Xavier. Um pouco antes (2010), o filme “Nosso lar” apresentava uma dimensão de paz além do purgatório e, antes destes, películas famosas revelavam como os vivos e mortos poderiam se ajudar mutuamente, tais como “O sexto sentido” e “Ecos do além” (ambos de 1999). Reflitamos a partir deste pequeno recorte histórico…

O crescente e amplo espectro de produções espiritistas devem levar o cristão a uma reflexão bíblica profunda. Apesar de muitas declarações espíritas se adornarem com certo encanto, à luz da Escritura não vemos na caridade a base da salvação, não aprendemos a pluralidade de divindades ou entidades que nos evoluem, não conectamos valores morais ao universo, não explicamos o mundo espiritual como forças psíquicas. Resumidamente, portanto, o espiritismo não é um caminho libertador; “porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos” (1 Tm 2.5-6).

Tal síntese soteriológica de Paulo deveria ser suficiente para a mais fundamental das atitudes cristãs: a defesa da fé. Entretanto, esse tema é bem mais complexo no cuidado pastoral diário. Já me deparei com cristãos protestantes atraídos pelo espiritismo em razão do amor familiar, por exemplo. Ora, não são poucas as pessoas que participam de sessões espíritas desejando conversar com seus entes falecidos mais queridos. Afinal, para esses, um recado do além pode ser bem consolador em muitos casos dramáticos.

Utilizando-se de conceitos bíblico-cristãos, como uma postura ecumênica, mensageiros espíritas também ensinam um caminho ou destino imitantes, como se espiritismo e cristianismo fossem fundamentos da mesma verdade ou simplesmente se completassem mutuamente. Tal método gera confusão em alguns cristãos. A mensagem espírita, todavia, não compreende corretamente o pecado original, suas consequências judiciais e o inferno; prefere apontar um caminho abarrotado de oportunidades de melhoramento e evolução diante de si e por si mesmo.  Note que o princípio espírita não se harmoniza com as Escrituras Sagradas.

Nesta breve reflexão pastoral quis apontar um problema inevitável, uma realidade observável e uma conclusão indubitável. O embaraço de muitos cristãos diante das doutrinas espíritas deve acentuar a missão pastoral: “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2). A mídia continua e acentua a difusão do espiritismo no Brasil e no mundo: em séries (“Vida após a morte”, “Outros”), em novelas (“A Viagem”, “Além do tempo”), em livros (Chico Xavier e Jorge Amado), etc..

Ora, a Igreja de Jesus ainda precisa lutar pela Verdade. Preparados para responder a qualquer um (1 Pe 3.15), os santos devem batalhar por tudo que receberam do seu Salvador (Jd 3). Aproveito para relembrar que a Palavra de Deus condena a consulta aos mortos (Is 8.19-20; Dt 18.9-12) e ressalta ser impossível ao homem a comunicação com os mesmos (II Sm 12.22-23). A mediunidade é abominação (II Re 23.24) e as adivinhações são obras das trevas (At 16.16). A Bíblia é clara ao demonstrar que depois da morte só há juízo (Hb 9.27). 

Pense nisto e que Deus nos abençoe.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

TONS ESSENCIAIS PARA UM NOVO ANO


O que uma “palavra” pode transmitir mesmo sendo uma unidade mínima, solitária? A resposta é: muito! Aliás, tanto bênçãos como maldições. A advertência está em Tiago 3.10: “De uma só boca procede bênção e maldição”. Popularmente, ouvimos que nossa palavra tem poder, poder para levantar pessoas e derrubá-las, para alegrar pessoas e entristecê-las, para ajuntar e separar. Com o advento de um novo ano, é mister que repensemos nossas ações e façamos uma santa transição, substituindo o uso de maléficas palavras por abençoadoras falas.

Voltemos ao Reino Unido de Israel nos dias finais do homem segundo o coração de Deus. A nação vivia um tempo de transição quando se aproximavam os dias da morte de Davi. Salomão assumiria o trono. Diante dessa questão, Adonias veio a Bate-seba, mãe de Salomão, e disse: “Uma palavra tenho que dizer-te. Ela disse: fala” (I Re 2.14). Naquela época as pessoas se preocupavam com as transições e uma palavra sempre se fazia necessária; elas influenciariam um continente inteiro. Assim como Adonias tinha uma palavra para Bate-seba sobre o reino de Davi, Deus tem uma Palavra sobre Seu Reino para Sua Igreja; uma Palavra de três tons fundamentais para o novo ano (neste sentido, tom é o modo de se expressar). A preocupação com transições precisa ser recíproca no povo de Deus. Deus tem uma palavra a nos dizer e precisamos responder: “Fala Senhor, que teus servos estão ouvindo”!

1. UM TOM DE BUSCA DO SENHOR (Is 55.6)

O que a Palavra de Deus nos ensina a priorizar em nossa busca? Não são os bens desta terra, com certeza. Na verdade, Isaías diz: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”. Paulo fala para buscarmos as coisas do alto, não as que são da terra (Cl 3.1-2). Jesus nos ensinou a buscar o Reino de Deus e sua Justiça e todas as demais coisas serão acrescentadas (Mt 6.33).

2. UM TOM DE TEMOR DO SENHOR (Pv 9.10)

Um homem sábio pode dizer: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria...”. Temer é respeitar e até ter medo de Deus, no sentido bíblico. Diplomas de terceiro grau, mestrados ou doutorados não podem ser equiparados à sabedoria que só vem de Deus. Essa é a sabedoria que Salomão pediu para conduzir o reino de seu pai (I Re 3) e que Tiago nos incentiva a pedir a nosso Pai (Tg 1.5-6).

3. UM TOM DE TESTEMUNHO DO SENHOR (At 1.8):

Para que estamos aqui senão para testemunharmos do maior acontecimento já ocorrido na Terra (a encarnação do Verbo de Deus)? Nosso Mestre disse: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra... [e até onde você está!]”. Somos embaixadores de Cristo (2 Co 5.20), luz do mundo (Mt 5.14) e sal da terra (Mt 5.13).

Pense nisso e tenha um abençoado ano novo.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

8 INDICAÇÕES DO VALOR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL


Recentemente, elaborei uma breve lista com oito indicações do valor da Escola Bíblica Dominical. Tratam-se de declarações bíblico-teológicas resumidas para as redes sociais de nossa igreja (link do post). Leia e medite:

(1) Seu Professor

A Escola Bíblica Dominical é valorosa por ter o Espírito Santo como mestre por excelência, iluminando o ensino de cada professor em suas respectivas salas.

(2) Seu Livro texto

A Escola Bíblica Dominical é valorosa por ensinar o conteúdo dos 66 livros que compõem o Antigo e Novo Testamentos da Bíblia cristã.

(3) Sua didática

A Escola Bíblica Dominical é valorosa por também usar métodos que o Senhor Jesus empregou: perguntas, comparações, histórias, exemplos, debates, dentre outros.

(4) Seus objetivos

A Escola Bíblica Dominical é valorosa por querer moldar o caráter e fortalecer a comunhão, colaborando com o desenvolvimento dos dons e com o crescimento da igreja.

(5) Sua história

A Escola Bíblica Dominical é valorosa desde seus fundamentos nas Escrituras, passando por Robert Raikes até o dias de hoje. A EBD não é uma estratégia ultrapassada.

(6) Seu alcance

A Escola Bíblica Dominical é valorosa por manter o foco em toda a igreja, em todas as faixas etárias e/ou classes sociais. Nela, Cristo é tudo em todos.

(7) Seu custo

A Escola Bíblica Dominical é valorosa porque custa disposição, esforço, investimento, tempo, compromisso, dedicação e organização.

(8) Seu certificado

A Escola Bíblica Dominical é valorosa porque seu certificado marcará a conclusão do curso neste mundo, garantindo-nos a posse plena da herança atestada pelo Senhor Jesus.

Concorda com essas indicações? Então, curta, compartilhe, comente e participe de nossa igreja, a Christ The King United Presbyterian Church.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

8 ORIENTAÇÕES PARA O IMIGRANTE CRISTÃO



Recentemente, elaborei uma breve lista com oito orientações para o imigrante cristão. Tratam-se de declarações bíblico-teológicas resumidas para as redes sociais de nossa igreja (link do post).. Leia e medite:

(1) Decida amar em meio a opressão.

Independentemente de sua história pessoal, que pode envolver muitas humilhações, acolha o imigrante com amor. Oprimir porque foi oprimido não é uma atitude cristã.

(2) Seja misericordioso, suprindo necessidades.

Para aquele que imigra só ou com a família, recomeçar a vida em terra estrangeira pode ser doloroso. Fortaleçamos as mãos dos necessitados.

(3) Creia que Deus pode agir em nação estrangeira.

Mesmo que o imigrante fora de status não tenha tantos direitos entre os homens, cremos em um Deus que salva, sustenta e conforta em qualquer lugar.

(4) Compreenda que lutas difíceis lhe sobrevirão.

A barreira da língua, a pressão do aluguel, a ausência de trabalho, os olhos acusatórios e muitas outras dificuldades poderão ser constantes na vida do imigrante.

(5) Demonstre a verdadeira vida cristã na prática. 

O imigrante cristão terá a rica oportunidade de exercer o acolhimento, o amor fraternal, o contentamento, a piedade, a humildade, a solidariedade, a hospitalidade e muito mais.

(6) Lembre-se que Cristo é um em todos.

Apesar do imigrante poder ser considerado um mero número, e a despeito das fortes divisões que uma fronteira produz, em Jesus somos membros de um só corpo.

(7) Aspire habitar na verdadeira Pátria. 

Ainda que amemos nossos países de origem e residência, a verdade é que aguardamos uma pátria superior, nos céus, celestial. É lá que todo lágrima será enxugada.

(8) Alimente-se de toda a Palavra de Deus.

Inclusive, compreendendo os textos bíblicos que são aplicáveis aos estrangeiros: Ex 23.9; Lv 19.33-34; Dt 10.18-19; I Re 8.41-44; Jó 31.32; Ez 16.49; Zc 7.10; Mt 25.35-36; Lc 10.29-37; Lc 17.17-19; 1 Co 12.12-14; Gl 5.14; Fp 3.20; Hb 13.1-5; Ap 21.4; dentre outros.

Concorda com essas orientações? Então, curta, compartilhe, comente e participe de nossa igreja, a Christ The King United Presbyterian Church.

Rev. Ângelo Vieira da Silva


8 ATITUDES NA BUSCA POR UMA IGREJA IDEAL


Recentemente, elaborei uma breve lista com oito atitudes na busca por uma igreja ideal. Tratam-se de declarações bíblico-teológicas resumidas para as redes sociais de nossa igreja (link do post). Leia e medite:

(1) Observe como as Sagradas Escrituras são ensinadas. 

Uma igreja ideal expõe toda a Bíblia nas mensagens e estudos que promove. Toda a Escritura é a Palavra de Deus.

(2) Note a ênfase doutrinária nas exposições bíblicas.

Uma igreja ideal pregará mais sobre a pecaminosidade de todos, a necessidade de arrependimento, a salvação em Cristo Jesus e a santificação pelo Espírito.

(3) Descubra o quão profundo é o processo para se tornar parte da comunidade.

Uma igreja ideal é prudente na recepção de novos membros. O discipulado bíblico aliado ao conhecimento dos símbolos de fé é o meio adequado.

(4) Atente-se para o sistema de governo desses cristãos.

Uma igreja ideal não concentra o poder espiritual e administrativo nas mãos de um único líder, mas num corpo de líderes eleitos pela comunidade.

(5) Constate se há transparência na aplicação dos dízimos e ofertas

Uma igreja ideal é totalmente transparente com os investimentos oriundos de dízimos e ofertas.

(6) Conheça os projetos missionários que são apoiados.

Uma igreja ideal investe tempo e recursos na expansão do Reino de Deus em todo o mundo. Tome conhecimento dos projetos que envolvam a Missão.

(7) Pondere se há cuidado com os necessitados.

Uma igreja ideal supre as necessidades transitórias dos irmãos menos favorecidos. Uma diaconia forte reflete o exercício da misericórdia na comunidade

(8) Reflita sobre a vida espiritual da comunidade.

Uma igreja ideal enaltece a pregação da Palavra e a oração, incentiva a prática do jejum e da compaixão, sabe que crer também é pensar.

Concorda com essas atitudes? Então, curta, compartilhe, comente e participe de nossa igreja, a Christ The King United Presbyterian Church.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

8 MOTIVOS PARA PARTICIPAR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL


Recentemente, elaborei uma breve lista para nossa igreja com oito motivos para participar da Escola Bíblica Dominical. Tratam-se de declarações bíblico-teológicas resumidas para as redes sociais de nossa igreja. Leia e medite:

(1) Na EBD o discípulo buscará ser como seu Mestre, Jesus

As classes demonstram como desenvolvemos o comportamento pessoal a partir do caráter e ensino de Jesus.

(2) A EBD é um ambiente propício ao discipulado e evangelização.

A EBD encoraja as perguntas, soluciona as dúvidas, incentiva a reflexão e chama o pecador ao arrependimento e à santificação.

(3) A EBD é uma oportunidade para o discernimento e desenvolvimento de dons.

Novas lideranças surgem à medida em que somos fortalecidos pela Palavra e compreendemos os dons que recebemos.

(4) Na EBD o ensino é focado nas faixas etárias

O ensino da Palavra é adaptado em classes a partir da idade: 0-2 anos, 3-5 , 6-7, 9-10, Pré-adolescentes, Adolescentes, Jovens Adultos, Adultos e novos membros.

(5) Os fundamentos da EBD fortalecem toda a família.

A estrutura da EBD é construída para assistir integralmente as famílias.

(6) Na EBD se aprende como resistir aos ventos de doutrina.

O ensino bíblico expositivo e fiel garante o suporte necessário para resistir as heresias.

(7) A EBD é mais uma oportunidade de viver a comunhão em Cristo.

A dinâmica da EBD promove e fortalece os vínculos que nos unem.

(8) Na EBD estudamos toda a Bíblia, livro por livro.

O estudo das Escrituras é feito a partir de todos os livros da Bíblia, intercalando os gêneros literários do Antigo e Novo Testamentos.

Concorda com esses motivos? Então, curta, compartilhe, comente e participe da EBD CTK United.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

OS ANJOS ELEITOS E SUAS MENSAGENS


Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca do ministério dos anjos eleitos em breves pastorais.

Após a série de estudos sobre a natureza e a organização angelicais, bem como a adoração dos anjos em relação ao Criador e seu serviço à Igreja, ofereço uma breve meditação acerca da visão geral das mensagens proferidas pelos anjos eleitos na Escritura. Trata-se de verificarmos como os anjos serviram como mensageiros, a essência e propósito do significado do hebraico “mal’ak” e do grego “angelos”, a saber, aquele “mensageiro ou representante” que vem da parte de Deus. Afinal, as criaturas angelicais têm uma mensagem divina cheia de propósito aos homens. “Que os anjos são espíritos celestiais, de cujo ministério e serviço Deus se utiliza para efetuar tudo que decretou, isso se lê em muitos lugares na Escritura” (Calvino).

Os anjos eleitos servem como mensageiros em muitas anunciações. Anunciar é um termo que se refere à comunicação, à divulgação de um fato. Dentre os muitos exemplos bíblicos, relembremos que um anjo (Gabriel) anunciou o nascimento profético de João (Lc 1.11, 13, 19), um anjo anunciou o nascimento virginal de Jesus a José em sonho (Mt 1.20) e à Maria através de Gabriel (Lc 1.26-27), um anjo anunciou o nascimento profético de Jesus aos pastores no campo (Lc 2.8, 10, 17) e, o mais difícil, os anjos anunciaram/administraram a Lei no Monte Sinai (At 7.53; Gl 3.19; Hb 2.2). Quanto a esse último fato, creio que a menção bíblica tem o fim de acusar os judeus na presença dos santos anjos, testemunhas naquela promulgação, provando que são culpados por terem transgredido a santa Lei de Deus.

Os anjos eleitos também servem como mensageiros em advertências. Advertir é o mesmo que chamar a atenção no intuito de avisar, de prevenir; como representado na expressão bíblica neotestamentária “acautelai-vos”. Relembre: um anjo intérprete advertiu Zacarias da maldição, da iniquidade humana e as consequências que viriam sobre a nação no contexto pós-exílico (Zc. 5.1-11). Um anjo do Senhor apareceu a José, em sonho, e o advertiu (Mt 2.13). Um anjo poderoso advertiu o apóstolo João que não tardará o fim (Ap 10.5-7). Inclusive, na sequência dos sete selos, sete trombetas, sete taças, sete flagelos e sete trovões, João vê um anjo que adverte a iminência do fim, do juízo.

Os anjos eleitos servem igualmente como mensageiros para instruções (ou revelações). Instruir, em termos gerais, engloba a transmissão de conhecimentos que formarão as bases decisórias de alguém. Nas Escrituras, geralmente, muitas instruções angelicais são de caráter revelatório. Vejamos alguns exemplos: Gabriel instruiu Daniel acerca do futuro de Israel. O proeminente anjo aparece em duas passagens bíblicas no livro do profeta Daniel (Dn 8.16; Dn 9.21). Já no Novo Testamento, a visão do centurião Cornélio é repleta de instruções. Aquele servo de Deus, um importante oficial romano que comandava cem homens (coorte), observou claramente, cerca da hora nona do dia (hora da oração judaica, 15h, At 3.1), um anjo de Deus que se aproximou dele e lhe deu orientações quanto ao apóstolo Pedro. 

Os anjos eleitos servem como mensageiros para encorajamento. Encorajar é uma palavra que envolve estímulo, incentivo, ânimo. Obviamente, o encorajamento espiritual é aquele que nos suprirá em todas as esferas da vida... Há um ditado que diz: “se quiser ficar desapontado, olhe para os outros; se quiser ficar desanimado, olhe para si mesmo, se quiser ficar encorajado, olhe para Jesus”. Dito isso, rememore: a angústia da aproximação do sacrifício do Cordeiro de Deus revela um anjo confortando Jesus no Getsêmani (Lc 22.42-44). Um anjo encorajou o apóstolo Paulo frente ao seu comparecimento perante César (At 27.22-25); antes, diante de uma tempestade marítima e todos os medos e perdas que poderiam sobrevir, Paulo recebeu o encorajamento divino através de um anjo (At 23.11; At 18.9-10; At 22.17-19).

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, serafins, principados, potestades, poderes, tronos e domínios/soberanias), nomeados ou não (Gabriel, o arcanjo Miguel, Satanás), sejam eles eleitos (anjos que guardam) ou reprovados. Os anjos eleitos adoram a Deus audivelmente, ministram aos cristãos diversificadamente e servem como mensageiros propositadamente.

Rev. Ângelo Vieira da Silva


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Leia mais sobre angelologia bíblica clicando aqui.

O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA

É inegável... A educação cristã quanto ao verdadeiro sentido da Páscoa é vedada, contestada e/ou  omitida. Não podemos esquecer que a Páscoa, a principal festa do judaísmo em comemoração à libertação dos israelitas da escravidão do Egito pelo mar Vermelho há mais de 3.200 anos através de Moisés (Ex 12.1-28; Lv 23.5-8, Nm 9.1-14), no Pacto da Graça celebra unicamente a ressurreição de Jesus Cristo no dia do Senhor, o domingo (Lc 24.1; At 20.7; I Co 16.2 e Ap 1.10). Na Páscoa de Cristo a lembrança viva precisa ser o sacrifício de Jesus na cruz que nos liberta da escravidão do pecado. Nosso Senhor, suficientemente, se ofereceu como Cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo, vencer a morte e ressuscitar ao terceiro dia. 

O mundo não é o mesmo nas últimas décadas. Tanto as tecnologias como o livre pensamento fizeram de nossa época um mar de relativismo e consumismo que afeta muitos princípios bíblicos frontalmente. Profanados, memoriais como o Natal e a Páscoa perdem seus sentidos originais. Considerando a época atual, pensemos nos símbolos da Páscoa... 

1. Os ovos:

Ainda que na antiguidade e entre cristãos primitivos encontremos o uso de ovos tingidos com cores da primavera para presentear os amigos, os ovos não eram comestíveis, como se conhece hoje. Era mais um presente original simbolizando a ressurreição como início de uma vida nova. Atualmente, em alguns lugares as crianças montam seus próprios ninhos e acreditam que o coelhinho da Páscoa coloca seus ovinhos (coelho bota ovo?). Em outros, as crianças procuram os ovinhos escondidos pela casa, a exemplo dos Estados Unidos. Lembre-se: a Páscoa é a festa magna da cristandade e por ela celebramos a ressurreição de Jesus, sua vitória, sua morte e sua ressurreição (Rm 6.9). Por Cristo somos participantes dessa nova vida (Rm 6.5), que nada tem a ver com os ovos de hoje... Entende? Mas, pessoalmente, não vejo nenhum problema em se comer ovos de chocolate. 

2. O chocolate:

Essa história tem seu início com as civilizações Maias e Astecas, que consideravam o chocolate algo sagrado, tal como o ouro, até mesmo usando-o como moeda. O chocolate, ao longo dos séculos, foi consumido como bebida; é considerado afrodisíaco e gera vigor. Por isso, era reservado em muitos lugares aos governantes e soldados. Os bombons e ovos, tal como conhecemos, surgiram no século XX simplesmente pela visão industrial... ou você comeria ovos sabor jiló? 

3. Os coelhos ou O Cordeiro?

No antigo Egito o coelho simbolizava o nascimento, a vida. Em outros pontos da terra era símbolo da fertilidade, pelo grande número de filhotes que nasciam. A recente tradição do coelho da Páscoa foi levada para as Américas pelos imigrantes alemães em meados do século XVIII. O coelho visitava as crianças e escondiam os ovinhos para que elas os procurassem. Qual a ligação com o Cristo morto e ressurreto? Nenhuma.

Pensemos no cordeiro, símbolo mais antigo da Páscoa. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães asmos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. No Novo Testamento, Cristo é o Cordeiro de Deus sacrificado, de uma vez por todas, em prol da salvação de todos. É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com gente de todos os povos. 

Os hebreus tinham um dia definido para comemorar a Páscoa (dia quatorze do mês de Nisan, mais ou menos, primeiro de abril). Também temos o nosso dia. Os hebreus comemoravam a Páscoa, o Pessach, a passagem. Nós também comemoramos a passagem das trevas à luz, do pecado à santidade, do inferno ao céu, da morte para a vida, mediante a ressurreição de Cristo Jesus.

Eduque seu filho.
É sua responsabilidade ensiná-lo o verdadeiro sentido da Páscoa de Jesus. 

Rev. Ângelo Vieira da Silva

Para descontrair:






O SIGNIFICADO BÍBLICO DO JEJUM


“O que temos de melhor é o que nos falta” (C. S. Lewis)

A leitura do primeiro capítulo do livro do profeta Joel conclama: “promulgai um santo jejum, convocai uma assembleia solene, congregai os anciãos, todos os moradores desta terra, para a Casa do Senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor” (Jl 1.14). Foi a partir esse versículo que iniciei uma série de estudos pessoais sobre as noções bíblicas do jejum, também direcionando os cristãos acerca desta prática bíblica, o que pode ser lido em pastorais neste blog (clique aqui).

No estudo bíblico, tanto o texto hebraico (tsom) como o grego (nesteia) para a palavra “jejum” envolvem a “abstinência de alimento”, aplicadas tanto em sentido religioso (At 27.9; Lv 16.29) como social, isto é, pobreza ou necessidade (Mc 8.1-3; Mt 15.32). Leia abaixo:

At 27.9“Depois de muito tempo, tendo-se tornado a navegação perigosa, e já passado o tempo do Dia do Jejum [Dia da Expiação], admoestava-os Paulo”.

Lv 16.29“Isso vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez dias do mês, afligireis a vossa alma e nenhuma obra fareis, nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós”.

Mc 8.1-3“Naqueles dias, quando outra vez se reuniu grande multidão, e não tendo eles o que comer, chamou Jesus os discípulos e lhes disse: 2 Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanecem comigo e não têm o que comer. 3 Se eu os despedir para suas casas, em jejum, desfalecerão pelo caminho; e alguns deles vieram de longe”.

Mt 15.32“E, chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo caminho”.

Focando-se no aspecto religioso, o jejum envolverá privação de aliementos, ocorrendo em moldes completo ou parcial (Ex 34.28; Dn 10.2-3). Seja o convocado ou o voluntário (II Cr 20.3; Dn 9.3), deverá ter um período para sua relização (Et 4.16), bem como uma causa específica, o seu propósito (II Sm 12.16).

Ore, medite e jejue. Que sua espiritualidade seja sincera, verdadeira e repleta da presença do Senhor. Afinal, “quando o significado de Deus diminui, o jejum desaparece” (Edward Farrell).

Rev. Ângelo Vieira da Silva

A ADORAÇÃO BÍBLICA E OS SENTIDOS HUMANOS


O estudo de temas que abarcam a adoração deve conduzir a um estilo de vida que abarca o homem em todo seu ser: corpo, alma e vontade (Dt 6.5). A adoração bíblica englobará tanto os elementos da alma, como os do corpo. Por isso, pode-se dizer que a adoração é uma experiência tanto do interior como do exterior do homem; o que se declara com o coração se materializa com atitudes. De fato, são encontrados muitos textos bíblicos que falam da adoração ligada à busca de santidade e do amor a Deus (interior), bem como do serviço religioso e a vida de comunhão com os irmãos (exterior). Essa ligação, em muitos textos da Escritura, será feita com os sentidos humanos.

Porventura, não são os sentidos do homem a visão, a audição, o paladar, o olfato e o tato? Sim, são esses. O homem faz contato com o mundo material através de seus sentidos. Ele vê tudo aquilo que reflete luz; ele ouve tudo o que possui vibrações, aquilo que seus tímpanos podem capitar; ele discerne tudo que é doce ou salgado pelo paladar; ele reconhece um bom ou mal perfume pelo olfato; enfim, ele toca as coisas e diferencia a matéria. Não sendo diferente tal manifestação com a adoração bíblica, pode-se perguntar: qual a ligação dos sentidos humanos com a adoração nas Escrituras Sagradas?

1) VENDO A DEUS (Jo 1.18; Is 6.1; 1 Jo 3.6)

Segundo o apóstolo João ninguém, jamais, viu a Deus. Como bem declarou o afamado escritor Dr. Russel Shedd*, “ninguém jamais viu o que os olhos físicos não podem ver”. Todavia, a presença e glória divinas comunicam-se com aqueles que estão dispostos a se submeterem ao Deus Todo Poderoso (Is 55.6), e somente a eles. Se alguém não buscar ou perceber essa presença divina... bem, leia Dt 31.18 e Sl 102.2.

Na Bíblia, homens santos viram a Glória de Deus,** a exemplo do profeta Isaías. Os textos joaninos denotam que quando se vê a Cristo se vê a glória do Senhor. Na verdade, parafraseando tais textos, pode-se dizer que Cristo é aquele que santifica os lábios que de outra forma estariam impuros para cantar louvores ao Senhor; que Deus habita no meio de seu povo, pois a Igreja é o Santuário do Espírito Santo, como o próprio apóstolo Paulo afirma em 1 Co 3.16-17. Assim, "a vinda de Cristo deu início a uma nova era, mas não a uma nova adoração e sim a uma adoração mais completa" (Weller). Nesse sentido, adorar é comparável ao processo de ver. A visão espiritual formará a imagem de Cristo em cada um dos cristãos. Como adoradores, se tornarão mais semelhantes a Jesus (2 Co 3.18; Cl 3.10).

2) OUVINDO A DEUS (Jo 8.47; Mc 9.5-7)

A comunicação, através da língua e do ouvido, é a chave do relacionamento humano. Semelhantemente, Deus se relaciona e/ou se comunica com seus adoradores. Ora, adorar pressupõe que o Senhor se comunica e que os homens são capacitados a ouvir sua Voz que não emana de nenhum ser criado, mas somente do Criador, sendo perceptível apenas pelo Espírito Santo de Deus. Quando se cultua a Deus deve-se esperar ouvir a Voz que se faz audível ao ouvido do homem interior através da Palavra inspirada.

Em toda a Bíblia, desde o Éden, Deus se comunica com os homens. Esses o ouvem e se comunicam com Deus. Abraão, por exemplo, sabia que era Deus quem pedira seu filho e não uma voz oriunda do inferno (Gn 22.2). O próprio Jesus é chamado "logos", que significa "palavra" (Jo 1.1, 14; 1 Jo 1.1; Ap 19.13). Em suma, quem é de Deus ouve as palavras de Deus (Jo 8.47). Esse, por ser real, não se guarda em silêncio. Deus se comunica (Sl 19.1). Quem tem ouvidos, OUÇA, o que o Espírito diz às igrejas (Ap 2.7, 11, 17, 29; Ap 3.6, 13, 22).

3) PROVANDO A DEUS (Sl 34.8; 1 Pe 2.2-3, Jo 6.27, 35, 37; Jo 4.34)

Alguns textos da Bíblia apontam para uma adoração através da experiência de provar ao Senhor, no sentido  literal de "saborear". Talvez alguém pergunte: "a Bíblia falaria sobre isto?" O que dizer, por exemplo, do genuíno leite espiritual de Pedro? Em 1 Pe 2.3 a palavra para "experiência" é "saboreastes". Isso significa que Deus precisa ser experimentado com mais profundidade em nossa adoração. É o que a expressão "bondoso" conotará. Há outros exemplos, como o da mulher samaritana, a qual Jesus incentivou a beber da água da vida (Jo 4.10).

Alimentar-se de Cristo significa recebê-lo pela fé e dele desfrutar, pois é o Pão da vida (Jo 6.27, 35, 37). Sem dúvida, o ato de comer pão tem importância secundária. O que realmente importava era a comida substancial que consistia em fazer a VONTADE DO PAI (Jo 4.34). Como não lembrar da tentação no deserto (Mt 4.3)? Portanto, deleite-se em comer desse maravilhoso maná espiritual oferecido por Cristo. Tenha apetite espiritual. Como bem destacou Shedd, “o cristão recebe e digere o pão que vem do céu por meio da comunhão pessoal, leitura das Escrituras, louvor, gratidão, oração e obediência...".

4) EXALANDO O BOM PERFUME PARA DEUS (2 Co 2.15)

"Venho Senhor minha vida oferecer, como oferta de amor e sacrifício...". Costuma-se cantar muito esse louvor nas igrejas. Note: ela fala de um outro sentido ligado a adoração. Sim, Deus se agrada do bom perfume de sacrifícios a ele oferecidos; é necessário que a Igreja exale tal perfume, pois essa figura ensina que é Deus quem recebe a adoração, o que me lembra a canção do poeta e pastor Daniel de Souza: "somos um jardim diante do Senhor... Somos o bom perfume de Cristo, exalando o cheiro de vida".

Contudo, há um outro lado da moeda: quando a adoração não é um bom perfume, é um “mau-cheiro” (Is 1.13-15; Ml 2.17). O profeta Isaías viu a banalização do sagrado; os afazeres cultuais no Templo eram relaxados e sem profunda contrição na presença da glória de Deus. “Sacrifícios cheiram mal a Deus, inevitavelmente, quando sofrem os efeitos nefastos de corações que abrigam iniquidade sem arrependimento” (Shedd).

Entenda. Cristo foi O sacrifício, feito de uma vez por todas, por sua Igreja. Assim, tudo que o povo de Deus fizer pautado nesse sacrifício supremo será um bom perfume ao Senhor, porque é por meio de Jesus (Hb 13.15-16). A Igreja precisa ser o bom perfume de Cristo que exala aroma de vida para a vida (Ap 4; Ap 5).

5) TOCANDO A DEUS (Mt 9.21, Mt 14.36; Mc 3.10; Lc 22.51; I Jo 5.18)

Tocar é ter contato com, é sensibilizar, comover. Na adoração bíblica é possível tocar em Deus. A leitura dos textos supracitados não se aplica a um desejo de tocar literalmente o Senhor, como alguns imaginam ser possível na adoração contemporânea, mas sim, desejar tocar a Deus no sentido de se sensibilizar com a sua presença, entendendo que somente Ele pode ajudar completamente. Tais textos ensinam três princípios fundamentais: (1) que se deve tocar o Senhor; (2) que o Senhor toca aqueles que o buscam; e (3) que o maligno não tocará naqueles que são tocados pelo Senhor.

Uma vez que se busca ter contato com Deus pode-se ter a certeza de que Ele parará, voltará e olhará para as necessidades humanas. Se a Igreja o buscar, Ele se deixará achar, pois quer curar as feridas que machucam. Os homens podem ser tocados por Cristo, ainda que não mereçam.

Esse é o princípio básico da adoração bíblica e os sentidos humanos na Escritura Sagrada.

Rev. Ângelo Vieira da Silva
Texto baseado no Livro “Adoração Bíblica”

PARA PENSAR:

“Adorar é avivar a consciência através da santidade de Deus, alimentar a mente com a verdade de Deus, purificar a imaginação com a beleza de Deus, abrir o coração ao amor de Deus e render a vontade aos propósitos de Deus” (Willian Temple, ex-arcebispo anglicano). 

SANTA CLAUS, O PAPAI NOEL DO NATAL

Com chegada do Natal nota-se um nítido incômodo entre muitos cristãos sobre a tradição do “Papai Noel”. As objeções para essa tradição incluem o seguinte: (1) Papai Noel é uma figura mística com atributos divinos, tais como a onisciência e a onipotência; (2) quando as crianças aprendem que “Papai Noel” não é real, elas perdem a fé nas palavras dos seus pais e em seres sobrenaturais; (3) “Papai Noel” distrai a atenção de Cristo; (4) a estória de “Papai Noel” ensina as crianças a serem materialistas, etc. Em face de tais objeções, entretanto, pode-se dizer algo bom do "Papai Noel"? Imagino que sim.

Antes de examinar o cerne de tais objeções, deve se notar que o Natal pode ser celebrado sem o “Papai Noel”. Retire-o e o Natal permanece intacto. Por outro lado, se retirarmos Jesus o que sobrará é uma festa comum. Sejam quais forem nossas posições individuais no trato do assunto, é mister reconhecer algumas verdades sobre “Santa Claus”:

(1) Não existe dúvida alguma de que o “Papai Noel”, na sua presente forma, é um mito ou conto de fada. Sim, há indícios que houve realmente um “Papai Noel” com o nome de “Santa Claus”; essa é uma forma anglo-saxã do holandês “Sinter Klaas” que, por sua vez, significa “São Nicolau”. Ele, Nicolau, foi um bispo cristão, no quarto século, sobre quem pouco sabemos. Aparentemente, assistia ao Concílio de Nicéia (325 d.C.). Uma forte tradição sugere que ele demonstrava uma singular bondade para com as crianças. Por outro lado, o velho vestido de vermelho puxando um trenó conduzido por veado voador é puro mito, ainda mais com as “novas mitologias” sugeridas em novas adaptações do conto em séries e filmes.

Deve-se admitir que contar às crianças que “Papai Noel” pode vê-los em todo tempo, que sabe se elas foram boas ou más em seu comportamento, etc., está errado. Também é verdade que os pais não deveriam contar a seus filhos a estória de “Papai Noel” como se fosse verdade. Contudo, as crianças com menos de sete ou oito anos podem brincar de “fazer de conta” e tirar disso divertimento como se elas pensassem que é real. De fato, nessa idade elas estão aprendendo a diferença entre o “faz de conta” e a realidade. Crianças mais jovens ficarão fascinadas pelos presentes que são descobertos na manhã de Natal, debaixo de uma árvore na qual lhes foi dito que são do “Papai Noel”; porém, não tirarão conclusões sobre a realidade de “Papai Noel” por meio dessas descobertas.

2) Quando as crianças aprenderem que Papai Noel não é real isso poderá perturbá-las um pouco. É, por isso, que se deve dizer às crianças que “Papai Noel” é “faz de conta”, tão logo elas tenham idade suficiente para fazer perguntas a respeito da realidade. Antes de ser uma pedra de tropeço para acreditar no sobrenatural, Noel pode ser um trampolim. Diga às crianças que enquanto Papai Noel é uma faz de conta, Deus e Jesus não os são. Diga-lhes que, enquanto Papai Noel só pode trazer coisas que os pais podem comprar ou fazer, Jesus pode lhes dar o que ninguém pode – um amigo que sempre estará com eles, perdão para as coisas erradas que eles fazem, vida num lugar maravilhoso com Deus, para sempre, etc.

Siga as sugestões acima e não mais será Papai Noel um motivo para distraí-los de Cristo. Diga a seus filhos porque Papai Noel dá presentes e porque Deus nos deu o presente mais maravilhoso, Cristo. E lembre-se: a estória de Papai Noel só é melhor contada quando é usada para encorajar as crianças a serem abnegadas e generosas.

Rev. Ângelo Vieira da Silva
Texto adaptado.

UM DIA PARA PENSAR NA TEOLOGIA


No dia trinta de novembro comemora-se o dia do teólogo. No sentido lato, é a data que recorda o trabalho dos estudiosos de questões referentes à (s) divindade (s). No sentido estrito, protestante (que aqui pretendo abordar), refere-se àqueles que estudam as Sagradas Escrituras (Antigo e Novo Testamentos) em várias perspectivas (histórica, gramatical, crítica, cultural, etc). Examinadas, a interpretação é sistematizada,  recebe o nome de teologia (bíblica, sistemática, contemporânea, etc.) e é especificamente definida nos diversos contextos doutrinários de cada seguimento cristão protestante.

Como Protestante Presbiteriano, gosto de pensar na teologia como a rainha das matérias porque Deus é o Senhor de toda a criação. É verdade que "teologia" pode ser sinônimo de divisão para alguns, se tornando a desculpa ideal para o não aprofundamento no estudo bíblico e para a falta de conhecimento da fé num determinado grupo cristão. Daqui justifico esse breve comentário: como teólogo, vejo o imenso desafio de ensinar meus irmãos da fé a se aprofundarem em Teologia. É um ideal distante por muitos motivos. Citarei alguns.

Questione-se, primeiramente, sobre Teologia e Bíblia, sobre o objeto de estudo e o resultado do estudo do objeto. Para alguns, parece ser possível desassociar estes conceitos. Muitos são tão hostis à teologia que almejam somente o objeto, estático, intocável. Esses rechaçarão a Teologia. Dirão: Não precisamos dela! Respondo: pura ingenuidade... Se a premissa cristã protestante é que a Bíblia é sua "Regra de Fé e Prática" (notem: prática), tanto a fé como a prática serão o resultado da observação do objeto, isto é, do estudo dinâmico das Escrituras; e estudá-las é dedicar-se à teologia. Tal estudioso, ainda que não seja um teólogo clássico (por esse termo me refiro àqueles que se preparam em instituições acadêmicas), será um teólogo prático.

Devo também disputar sobre "Dogma" e "Regra". A primeira se refere ao resultado do estudo, doutrina teológica, e a segunda ao objeto em si, a Bíblia. É extremamente perigosa a premissa de que a interpretação é superior ao texto bíblico em si; e são muitos que assim doutrinam nos púlpitos de viés protestante. Prefiro compreender que as Escrituras interpretam as próprias Escrituras. A teologia poderá concordar ou não. Caberá ao estudioso decidir a melhor interpretação ao justapor seu estudo pessoal com a doutrina confessional. Seria o ideal, mas, até isso penso estar distante em nosso tempo.

Os cristãos protestantes não têm sequer investido no estudo comprometido da sua "Regra de Fé e Prática". Por que se aventurariam na teologia que "divide"? Aparentemente, não se quer nem o objeto nem o resultado de seu estudo; preterindo-os, muitos estão apenas interessados em uma experiência mística que aparentemente os liberte de uma existência que os aflige, dando-lhes algum sentido nos caminhos áridos da vida. Que tempos!

Enfim, refletindo sobre a importância da teologia em nosso tempo e a livre oferta de cursos, creio que um aluno dedicado possa fazer um curso valer. Mas é revoltante contemplar cursos teológicos insignificantes sendo oferecidos como a "rainha das matérias". É vergonhoso! Existem muitas instituições de ensino teológico sérias e aquele que pretende ser um teólogo deve procurar por elas. Apesar dos pesares, recomendo: estude TEOLOGIA.

Parabéns aos teólogos de plantão!

Rev. Angelo Vieira da Silva

OS SERAFINS


“Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas...” (Is 6.2).

Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca da organização dos seres angelicais em breves pastorais.

Por “organização” busca-se compreender o “sistema”, “o modo pela qual se organizam” os seres angelicais, isto é, a estrutura na qual são designados. Dentro desse aspecto fundamental, a angelologia bíblica oferece fundamentos para crermos que Deus organizou os seres angelicais em classes ou categorias, ordens ou graus, multidões ou companhias, como uma hierarquia. Após os querubins, continuemos o estudo pelos serafins.

Pouco se sabe acerca dos “serafins” (saraph, heb.). O termo hebraico tem origem no verbo “queimar, abrasar”, ação que representou uma de suas atividades na única passagem bíblica que menciona esses seres angelicais: a visão do Trono celestial pelo profeta Isaías (Is 6.2-7). A partir desse texto podemos observar algumas características desses seres.

Serafins são anjos nobres, afinal, estavam por cima daquele que estava assentado do alto e sublime Trono (Is 6.1-2), o Senhor, o próprio Jesus (Jo 12.39-41; Is 6.9-10). Assim como os querubins, os serafins ladeiam o trono do Deus Todo-Poderoso.

Além de serem representados simbolicamente em figura humana, os serafins possuem seis asas que, evidentemente, também representam valores: nem mesmo os serafins resistem ao brilho da glória divina (duas cobriam o rosto), até mesmo os serafins demonstram sua humildade diante do Rei (duas cobriam os seus pés) e também os serafins existem para servir o Todo-Poderoso (com duas voavam), assim como os demais seres angelicais (Hb 1.14).

Assim como os quatro seres viventes da visão joanina (Ap 4.8-9), os serafins ainda comunicaram a santidade de Deus em louvor, pois diziam uns para os outros: “santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6.3). O “clamar” (qara', heb.) refere-se às sonoras proclamações antifônicas que denotam o louvor ao Santíssimo Rei.

Isaías viu as bases do limiar se moverem à voz dos seres que clamavam (Is 6.4). O fato dos alicerces do templo celestial tremerem ao som coro angelical demonstra o poder dos serafins, assim como a casa se encher de fumaça remete à presença do poderoso Deus (Ap 15.8).

A gloriosa visão fez com que o profeta reconhecesse seu pecado (Is 6.5). Ali, um dos serafins tocou a sua boca com uma brasa viva que tirara do altar, uma mensagem de purificação e reconciliação. Os serafins serviram como mensageiros dessa verdade sobre a vida do profeta. Não são eles quem purificam, mas o Senhor que os envia com essa mensagem (Is 43.25). 

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, serafins, etc.), sejam eles eleitos ou reprovados.

Rev. Ângelo Vieira da Silva
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OS QUERUBINS


“E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir [chama] de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gn 3.24).

Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca da organização dos seres angelicais em breves pastorais.

Por “organização” busca-se compreender o “sistema”, “o modo pela qual se organizam” os seres angelicais, isto é, a estrutura na qual são designados. Dentro desse aspecto fundamental, a angelologia bíblica oferece fundamentos para crermos que Deus organizou os seres angelicais em classes ou categorias, ordens ou graus, multidões ou companhias, como uma hierarquia. Comecemos pelos querubins.

Alguns textos falam de anjos denominados “querubins” (keruwb, heb., cheroubim, gr.). O termo hebraico tem origem no verbo “guardar, cobrir”, o que parece ser sua principal função. Afinal, os querubins foram colocados para guardar o caminho da árvore da vida no Éden (Gn 3.24), guardar o propiciatório e o Santo dos santos, uma decoração simbólica (Ex 25.18-20; Hb 9.5; I Re 6.23-29), e ladear o Trono de Deus (Ap 4.6-8), como guardando o acesso ao Trono.

A partir dessa última leitura bíblica destaco que tanto o discípulo João como o profeta Ezequiel descreveram visões de querubins quase idênticas (Ez 1.1-28; Ez 10.1-22; Ap 4.6-8). Esses seres angelicais, vistos como “quatro seres viventes”, tem sido objeto de bastante de discussão. Deixando de lado a alegoria e verificando-se os textos bíblicos acima, compreenderemos que, apesar de certas diferenças, “os quatro seres viventes” são os Querubins (Ez 10.20, 14; Ez 1.10) ou Serafins, visto que a canção e as asas deles são a canção e as asas dos anjos (Is 6.1-4). Pessoalmente, defendo a tese dos querubins.

De fato, esses anjos são representados como seres vivos em várias formas, descrições simbólicas que revelam o seu extraordinário poder. O sentido é esse: os quatro seres viventes são descritos como leão (por força), novilho (por serviço), homem (inteligência) e águia (rapidez), que são, de fato, as características bíblicas dos anjos. Além disso, os querubins também foram representados, com várias asas e voando com Deus (II Sm 22.11; Sl 18.10; Ez 1.6, 11, 16-17; Ez 10.8; Is 91.1; Sl 104.3) ou como sustentando uma carruagem do Senhor (Ez 9.3). Alguns até sugerem que Satanás seja um querubim caído (Ez 28.14, 16), mas o texto bíblico é discutível.

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, etc.), sejam eles eleitos ou reprovados.

Rev. Ângelo Vieira da Silva
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O CRISTÃO PROTESTANTE E A FESTA JUNINA


Perguntam-me: pode o cristão protestante participar das comemorações alusivas à festa junina? Bem, creio que membros de igrejas protestantes não deve participar das chamadas festas juninas ou “festa dos santos populares”. Esse último nome exprime tudo. A partir do ensino das Escrituras Sagradas, os cristãos protestantes não celebram, homenageiam, louvam, cultuam, exaltam ou adoram seus conservos (Cl 4.7), mas unicamente a Deus. Nem mesmo anjos merecem esse tipo de veneração (Ap 19.10; Ap 22.9). Essa comemoração é cristã romana e não se enquadra nos princípios de fé protestantismo histórico. É celebrada por católicos romanos e não por presbiterianos, por exemplo. É cultura? Sim, porém, “romanizada”. A mistura, o sincretismo religioso, é perigoso e danoso.

Comemorada em muitas partes do mundo, tal festa, aparentemente pagã, foi cristianizada na Idade Média, direcionada a João, por isso, “Festa de São João” (festejado em 24/06). O conceito cristão romano incorporou ainda “São Pedro”, “São Paulo” (ambos celebrados em 29/06, festa litúrgica também chamada “Solenidade dos Santos Pedro e Paulo”) e “Santo Antônio” (comemorado em 13/06).

A veneração de santos é parte fundamental da teologia católica romana. Protestantes não veneram ou preiteiam santos. Fogem da idolatria disfarçada de homenagem. Seguem os mandamentos de Deus em Ex 20.3-5: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem”. Portanto, a festa junina remete à teologia romana dos santos. Protestantes enaltecem Cristo como o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). Como ensinou o Mestre em Lucas 4.8, “está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto”.

O próprio homenageado nas festas juninas, o conservo Paulo, ao abordar a mistura entre os cristãos de Corinto e as festas pagãs celebradas a outros ídolos, ensinou: “Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1 Co 10.19-22). 

Pense... O secularismo tem sido o responsável pela minimização da não-participação de evangélicos nesse “lazer”, incluindo até chamados “arraiais gospel”. Se é lazer, é desdourado pela teologia romana. Se é “estratégia” não é coerente com o ensino bíblico. No ambiente familiar, por exemplo, os pais devem orientar os filhos sobre o significado desta Festa. Como Protestantes, devem ensinar e não permitir a participação ou participarem desta festa cultural romana. É verdade que as festas juninas pós-modernas não enfatizam tanto a veneração aos santos como antes, todavia, não é mentira que a festa é destinada a venerá-los. Cristãos protestantes devem fugir destes festejos. 

E uma festa caipira? Bom, realizar esta festa nesse tempo criará uma associação com a festa romana. Protestantes precisam ser associados aos valores bíblicos eternos e não a festas romanas universais. O ideal é que a festa caipira, como uma festa temática, aconteça em outros meses do ano. Essa é uma posição moderada, prudente, ideal.

Fogueiras, pipoca, pé-de-moleque, danças, bolos de fubá, quebra-queixo, canções, canjicão e outros símbolos foram incorporados à festa romana, mas, em si, não deveriam ser vedados. São resultado da obra criativa de Deus em nós. Devem ser recebidos com ações de graças (1 Tm 4.3-4). O único cuidado necessário é recebê-los fora do ambiente das festas juninas. É um princípio de fé, a partir da regra de fé, com temor e tremor.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

OS ANJOS SÃO SERES NUMEROSOS


“Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia” (Hb 12.22).

Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca da organização dos seres angelicais em breves pastorais.

Por “organização” busca-se compreender o “sistema”, “o modo pela qual se organizam” os seres angelicais, isto é, a estrutura na qual são designados. Dentro desse aspecto fundamental, a angelologia bíblica oferece fundamentos para crermos que Deus criou uma numerosa quantidade de anjos e os organizou em classes ou categorias, ordens ou graus, multidões ou companhias, como uma hierarquia. É o que descreve a seguir.

A Bíblia não informa exatamente o número dos anjos que Deus criou (Hb 12.22), mas é certo que o elevado número é definido, pois não se aumenta nem diminui. A palavra “incontáveis” (murias, gr.) do texto de Hebreus não é uma referência a um número infinito, ou uma indicação que o Senhor continua criando anjos, porém, alude a “uma quantidade grandiosa”. Algumas expressões bíblicas expressam justamente essa grande quantidade de seres angelicais criados: miríades, milhares, milícia/exército, legião, legiões, milhões de milhões e milhares de milhares.

A palavra “incontáveis” (murias, gr.) também foi traduzida por “miríades” (Dt 33.2; Dn 7.10; Jd 1.14), podendo se referir a um grupo de dez mil ou a uma multidão incontável. Assim como “incontáveis” não é referência para um número infinito, “vinte mil” não é uma referência ao número finito de anjos (II Re 6.17; Sl 68.17). Basta a leitura dos textos no bojo desse aspecto para compreender esse fato. Ademais, em muitos textos bíblicos os anjos são associados como “exércitos” ou “milícia celestial” (Sl 103.20-21; I Re 22.19; Lc 2.13). Ambas as palavras designam uma tropa militar organizada e grandiosa. Daí nosso Deus ser chamado de o “Senhor dos Exércitos” (I Sm 1.11). Ora, uma outra expressão militar é usada para identificar a quantidade numerosa de anjos: o termo “legião” ou “legiões” (Mc 5.9, 15; Mt 26.53; Sl 148.2). Tendo em vista o grande tamanho de uma legião (entre seis e sete mil soldados), o termo passou a designar uma multidão organizada. Esse grande ajuntamento angelical é visto por João quando o mesmo teve a visão apocalíptica do livro com sete selos, passando a ouvir a voz de “milhões de milhões e milhares de milhares”. Era a voz de muitos anjos (Ap 5.11).

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais e numerosos, sejam eles eleitos ou reprovados.

Rev. Ângelo Vieira da Silva
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