OS ANJOS ELEITOS ADORAM A DEUS


Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca do ministério dos anjos eleitos em breves pastorais.

Após a série de estudos sobre a natureza e a organização angelicais, ofereço uma breve meditação acerca da adoração dos anjos em relação ao seu Criador. Nas distinções entre um serviço ordinário e outro extraordinário, adorar a Deus é um aspecto essencial do ministério dos anjos eleitos. A Escritura oferece fundamentos para entendermos que os anjos adoram a Deus audivelmente, conquanto não possamos fazer ideia de como os anjos falam e cantam. Essa premissa é importante em virtude de se ouvir, muitas vezes, que anjos não adoram; muito menos audivelmente.

Os anjos eleitos cantam e rejubilam (Jó 38.6-7), palavras que, no desenvolvimento da revelação, são usadas para louvar o Eterno. Eles clamam (Is 6.3), executam sonoras proclamações antifônicas de louvor ao Santíssimo Rei. Os anjos também bendizem (Sl 103.20-21), num coro de louvor de toda a criação. Eles louvam (Sl 148.2; Lc 2.13-14),  proclamam em grande voz (Ap 5.11-12; Ap 4.8), glorificam, honram e rendem ação de graças (Ap 4.9). Se considerarmos esses textos do último livro da Bíblia, veremos que a adoração angelical envolve glória (2 Pe 1.17), honra (Hb 2.7, 9; Hb 3.3), ações de graças, poder/força (Fp 2.9-11), riqueza (Rm 10.2; 2 Co 8.9), sabedoria (1 Co 1.24, 30; Cl 2.3) e louvor àquele que é Digno, Santo, o Senhor Deus Todo-Poderoso. Portanto, ao estudarmos detalhadamente cada uma destas referências bíblicas teremos um firme fundamento para entendermos que os anjos eleitos adoram a Deus.

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, serafins, principados, potestades, poderes, tronos e domínios/soberanias), nomeados ou não (Gabriel, o arcanjo Miguel, Satanás), sejam eles eleitos (anjos que guardam) ou reprovados. Os anjos eleitos adoram a Deus audivelmente.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

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