Mostrando postagens com marcador IPB. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador IPB. Mostrar todas as postagens

CONHEÇA A APMT - ENTREVISTA COM O REV. AMAURI OLIVEIRA

 

Entrevista com o Rev. Amauri Oliveira na Escola Bíblica Dominical da Christ The King United Presbyterian Church. Na ocasião, entrevistei o Rev. Amauri sobre o que é a Agência Presbiteriana de Missões Transculturais e sua estrutura atual, o que possibilitou-nos conhecer a atuação, desafios, resultados e alcance missionário da APMT. Ouça e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.

O PRIMEIRO CULTO PROTESTANTE NO BRASIL



O dia 10/03 remete-nos à lembrança dos acontecimentos em torno do primeiro culto protestante no Brasil. É uma data muito especial. Quer conhecê-la? Pois bem, vejamos seu contexto histórico.

1. O Contexto Histórico

O Brasil era colônia portuguesa em regime de “Padroado”. O historiador presbiteriano, Dr. Alderi Matos, define o padroado como sendo “uma concessão feita pela Igreja Católica a determinados governantes civis, oferecendo-lhes certo controle sobre a igreja em seus respectivos territórios como um reconhecimento por serviços prestados à causa católica e um incentivo a futuras ações em benefício da igreja”. Em 1493, o Papa Alexandre VI redigiu um documento declarando a supremacia espanhola sobre as terras descobertas. Em 1494, o Tratado de Tordesilhas determinou o que seria da Espanha e o que seria de Portugal nas novas descobertas. Em 1549, chegaram os primeiros seis jesuítas ao Brasil (a Companhia de Jesus foi organizada 9 anos antes, em 1540). Em 1553, chega o mais famoso dos jesuítas, José de Anchieta. Em 1555, sob a liderança de Nicolas Durand de Villegaignon, um grupo de seiscentos franceses fundaram o Forte Coligny na Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, dando origem à “França Antártica”, ficando assim conhecida como “a Invasão Francesa”.

2. A Chegada dos Protestantes

Villegaignon solicitou a João Calvino o envio de pastores. Em 07/03/1557, chegaram dois pastores (Pierre Richier e Guillaume Chartier), um grupo de huguenotes (protestantes franceses) e refugiados vindos de Genebra, numa segunda expedição. Em 10/03/1557 celebraram o primeiro culto protestante em solo brasileiro. Em 21/03/1557 ocorreu a primeira celebração da Santa Ceia em rito Genebrino. 

3. A Confissão de Fé de Guanabara

Infelizmente Villegaignon não era o que todos pensavam. Assim, o “ex-frade” Jean Cointac levantou questões sobre o sacrifício da missa, a doutrina e usos dos sacramentos, a invocação e mediação dos santos, a oração pelos mortos, o purgatório e muitas outras que fizeram com que Villegaignon posicionasse católico e passasse a perseguir os huguenotes. Esses últimos buscaram refúgio entre os índios tupinambás. Tentaram fugir por navio, mas esse afundou. Cinco voltaram e foram aprisionados por Villegaignon. Surgiu assim a “Confissão de Fé da Guanabara” que culminou no enforcamento dos calvinistas.

O documento em anexo é um testemunho fiel das Sagradas Escrituras. É uma prova do preparo e do conhecimento profundo que os primeiros protestantes no Brasil detinham. A ‘Confissão de Fé de Guanabara’ é a profissão de fé desses irmãos protestantes, obrigados por Villegaignon, escrita no prazo de doze horas, respondendo à várias perguntas formuladas maliciosamente. Mais do que sua confissão de fé, os primeiros protestantes no Brasil estavam assinando a própria sentença de morte diante do ‘desconvertido’ Villegaignon. Incentivo os queridos irmãos a lerem o documento abaixo. Vale a pena ler e aprender com a história. 

Ao final de tudo, alguns conseguiram escapar e outros foram condenados à morte. Os que morreram foram enforcados e seus corpos atirados de um despenhadeiro em 1558. Antes de morrer, entretanto, deixaram um testemunho que ficou registrado para a posteridade e, pela graça de Deus em Jesus Cristo, para a eternidade.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

CONFISSÃO DE FÉ DE GUANABARA
Jean de Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André la Fon

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Segundo a doutrina de S. Pedro Apóstolo, em sua primeira epístola, todos os cristãos devem estar sempre prontos para dar razão da esperança que neles há, e isso com toda a doçura e benignidade, nós abaixo assinados, Senhor de Villegaignon, unanimemente (segundo a medida de graça que o Senhor nos tem concedido) damos razão, a cada ponto, como nos haveis apontado e ordenado, e começando no primeiro artigo:

I. Cremos em um só Deus, imortal, invisível, criador do céu e da terra, e de todas as coisas, tanto visíveis como invisíveis, o qual é distinto em três pessoas: o Pai, o Filho e o Santo Espírito, que não constituem senão uma mesma substância em essência eterna e uma mesma vontade; o Pai, fonte e começo de todo o bem; o Filho, eternamente gerado do Pai, o qual, cumprida a plenitude do tempo, se manifestou em carne ao mundo, sendo concebido do Santo Espírito, nasceu da virgem Maria, feito sob a lei para resgatar os que sob ela estavam, a fim de que recebêssemos a adoção de próprios filhos; o Santo Espírito, procedente do Pai e do Filho, mestre de toda a verdade, falando pela boca dos profetas, sugerindo as coisas que foram ditas por nosso Senhor Jesus Cristo aos apóstolos. Este é o único Consolador em aflição, dando constância e perseverança em todo bem.
Cremos que é mister somente adorar e perfeitamente amar, rogar e invocar a majestade de Deus em fé ou particularmente.

II. Adorando nosso Senhor Jesus Cristo, não separamos uma natureza da outra, confessando as duas naturezas, a saber, divina e humana nele inseparáveis.

III. Cremos, quanto ao Filho de Deus e ao Santo Espírito, o que a Palavra de Deus e a doutrina apostólica, e o símbolo,[1][3] nos ensinam.

IV. Cremos que nosso Senhor Jesus Cristo virá julgar os vivos e os mortos, em forma visível e humana como subiu ao céu, executando tal juízo na forma em que nos predisse no capítulo vinte e cinco de Mateus, tendo todo o poder de julgar, a Ele dado pelo Pai, sendo homem. E, quanto ao que dizemos em nossas orações, que o Pai aparecerá enfim na pessoa do Filho, entendemos por isso que o poder do Pai, dado ao Filho, será manifestado no dito juízo, não todavia que queiramos confundir as pessoas, sabendo que elas são realmente distintas uma da outra.

V. Cremos que no santíssimo sacramento da ceia, com as figuras corporais do pão e do vinho, as almas fiéis são realmente e de fato alimentadas com a própria substância do nosso Senhor Jesus, como nossos corpos são alimentados de alimentos, e assim não entendemos dizer que o pão e o vinho sejam transformados ou transubstanciados no seu corpo, porque o pão continua em sua natureza e substância, semelhantemente ao vinho, e não há mudança ou alteração. Distinguimos todavia este pão e vinho do outro pão que é dedicado ao uso comum, sendo que este nos é um sinal sacramental, sob o qual a verdade é infalivelmente recebida. Ora, esta recepção não se faz senão por meio da fé e nela não convém imaginar nada de carnal, nem preparar os dentes para comer, como santo Agostinho nos ensina, dizendo: “Porque preparas tu os dentes e o ventre? Crê, e tu o comeste.” O sinal, pois, nem nos dá a verdade, nem a coisa significada; mas Nosso Senhor Jesus Cristo, por seu poder, virtude e bondade, alimenta e preserva nossas almas, e as faz participantes da sua carne, e de seu sangue, e de todos os seus benefícios.
Vejamos a interpretação das palavras de Jesus Cristo: “Este pão é meu corpo.” Tertuliano, no livro quarto contra Marcião, explica estas palavras assim: “este é o sinal e a figura do meu corpo.” S. Agostinho diz: “O Senhor não evitou dizer: — Este é o meu corpo, quando dava apenas o sinal de seu corpo.” Portanto (como é ordenado no primeiro cânon do Concílio de Nicéia), neste santo sacramento não devemos imaginar nada de carnal e nem nos distrair no pão e no vinho, que nos são neles propostos por sinais, mas levantar nossos espíritos ao céu para contemplar pela fé o Filho de Deus, nosso Senhor Jesus, sentado à destra de Deus, seu Pai.  Neste sentido podíamos jurar o artigo da Ascensão, com muitas outras sentenças de Santo Agostinho, que omitimos, temendo ser longas.

VI. Cremos que, se fosse necessário pôr água no vinho, os evangelistas e São Paulo não teriam omitido uma coisa de tão grande conseqüência.  E quanto ao que os doutores antigos têm observado (fundamen­tando-se sobre o sangue misturado com água que saiu do lado de Jesus Cristo, desde que tal observância não tem fundamento na Palavra de Deus, visto mesmo que depois da instituição da Santa Ceia isso aconteceu), nós não podemos hoje admitir necessariamente.

VII. Cremos que não há outra consagração senão a que se faz pelo ministro, quando se celebra a ceia, recitando o ministro ao povo, em linguagem conhecida, a instituição desta ceia literalmente, segundo a forma que nosso Senhor Jesus Cristo nos prescreveu, admoestando o povo quanto à morte e paixão do nosso Senhor. E mesmo, como diz santo Agostinho, a consagração é a palavra de fé que é pregada e recebida em fé. Pelo que, segue-se que as palavras secretamente pronunciadas sobre os sinais não podem ser a consagração como aparece da instituição que nosso Senhor Jesus Cristo deixou aos seus apóstolos, dirigindo suas palavras aos seus discípulos presentes, aos quais ordenou tomar e comer.

VIII. O santo sacramento da ceia não é alimento para o corpo como para as almas (porque nós não imaginamos nada de carnal, como declaramos no artigo quinto) recebendo-o por fé, a qual não é carnal.

IX. Cremos que o batismo é sacramento de penitência, e como uma entrada na igreja de Deus, para sermos incorporados em Jesus Cristo. Representa-nos a remissão de nossos pecados passados e futuros, a qual é adquirida plenamente, só pela morte de nosso Senhor Jesus. De mais, a mortificação de nossa carne aí nos é representada, e a lavagem, representada pela água lançada sobre a criança, é sinal e selo do sangue de nosso Senhor Jesus, que é a verdadeira purificação de nossas almas. A sua instituição nos é ensinada na Palavra de Deus, a qual os santos apóstolos observaram, usando de água em nome do Pai, do Filho e do Santo Espírito. Quanto aos exorcismos, abjurações de Satanás, crisma, saliva e sal, nós os registramos como tradições dos homens, contentando-nos só com a forma e instituição deixada por nosso Senhor Jesus.

X. Quanto ao livre arbítrio, cremos que, se o primeiro homem, criado à imagem de Deus, teve liberdade e vontade, tanto para bem como para mal, só ele conheceu o que era livre arbítrio, estando em sua integridade. Ora, ele nem apenas guardou este dom de Deus, assim como dele foi privado por seu pecado, e todos os que descendem dele, de sorte que nenhum da semente de Adão tem uma centelha do bem.  Por esta causa, diz São Paulo, o homem natural não entende as coisas que são de Deus. E Oséias clama aos filho de Israel: “Tua perdição é de ti, ó Israel.” Ora isto entendemos do homem que não é regenerado pelo Santo Espírito. Quanto ao homem cristão, batizado no sangue de Jesus Cristo, o qual caminha em novidade de vida, nosso Senhor Jesus Cristo restitui nele o livre arbítrio, e reforma a vontade para todas as boas obras, não todavia em perfeição, porque a execução de boa vontade não está em seu poder, mas vem de Deus, como amplamente este santo apóstolo declara, no sétimo capítulo aos Romanos, dizendo: “Tenho o querer, mas em mim não acho o realizar.” O homem predestinado para a vida eterna, embora peque por fragilidade humana, todavia não pode cair em impenitência. A este propósito, S. João diz que ele não peca, porque a eleição permanece nele.

XI. Cremos que pertence só à Palavra de Deus perdoar os pecados, da qual, como diz santo Ambrósio, o homem é apenas o ministro; portanto, se ele condena ou absolve, não é ele, mas a Palavra de Deus que ele anuncia.
Santo Agostinho, neste lugar diz que não é pelo mérito dos homens que os pecados são perdoados, mas pela virtude do Santo Espírito. Porque o Senhor dissera aos seus apóstolos: “recebei o Santo Espírito;” depois acrescenta: “Se perdoardes a alguém os seus pecados,” etc. Cipriano diz que o servo não pode perdoar a ofensa contra o Senhor.

XII. Quanto à imposição das mãos, essa serviu em seu tempo, e não há necessidade de conservá-la agora, porque pela imposição das mãos não se pode dar o Santo Espírito, porquanto isto só a Deus pertence. No tocante à ordem eclesiástica, cremos no que S. Paulo dela escreveu na primeira epístola a Timóteo, e em outros lugares.

XIII. A separação entre o homem e a mulher legitimamente unidos por casamento não se pode fazer senão por causa de adultério, como nosso Senhor ensina (Mateus 19:5). E não somente se pode fazer a separação por essa causa, mas também, bem examinada a causa perante o magistrado, a parte não culpada, se não podendo conter-se, deve casar-se, como São Ambrósio diz sobre o capítulo sete da Primeira Epístola aos Coríntios. O magistrado, todavia, deve nisso proceder com madureza de conselho.

XIV. São Paulo, ensinando que o bispo deve ser marido de uma só mulher, não diz que não lhe seja lícito tornar a casar, mas o santo apóstolo condena a bigamia a que os homens daqueles tempos eram muito afeitos; todavia, nisso deixamos o julgamento aos mais versados nas Santas Escrituras, não se fundando a nossa fé sobre esse ponto.

XV. Não é lícito votar a Deus, senão o que ele aprova. Ora, é assim que os votos monásticos só tendem à corrupção do verdadeiro serviço de Deus. É também grande temeridade e presunção do homem fazer votos além da medida de sua vocação, visto que a santa Escritura nos ensina que a continência é um dom especial (Mateus 15 e 1 Coríntios 7). Portanto, segue-se que os que se impõem esta necessidade, renunciando ao matrimônio toda a sua vida, não podem ser desculpados de extrema temeridade e confiança excessiva e insolente em si mesmos. E por este meio tentam a Deus, visto que o dom da continência é em alguns apenas temporal, e o que o teve por algum tempo não o terá pelo resto da vida. Por isso, pois, os monges, padres e outros tais que se obrigam e prometem viver em castidade, tentam contra Deus, por isso que não está neles o cumprir o que prometem. São Cipriano, no capítulo onze, diz assim: “Se as virgens se dedicam de boa vontade a Cristo, perseverem em castidade sem defeito; sendo assim fortes e constantes, esperem o galardão preparado para a sua virgindade; se não querem ou não podem perseverar nos votos, é melhor que se casem do que serem precipitadas no fogo da lascívia por seus prazeres e delícias.” Quanto à passagem do apóstolo S. Paulo, é verdade que as viúvas tomadas para servir à igreja, se submetiam a não mais casar, enquanto estivessem sujeitas ao dito cargo, não que por isso se lhes reputasse ou atribuísse alguma santidade, mas porque não podiam bem desempenhar os deveres, sendo casadas; e, querendo casar, renunciassem à vocação para a qual Deus as tinha chamado, contudo que cumprissem as promessas feitas na igreja, sem violar a promessa feita no batismo, na qual está contido este ponto: “Que cada um deve servir a Deus na vocação em que foi chamado.” As viúvas, pois, não faziam voto de continência, senão porque o casamento não convinha ao ofício para que se apresentavam, e não tinha outra consideração que cumpri-lo. Não eram tão constrangidas que não lhes fosse antes permitido casar que se abrasar e cair em alguma infâmia ou desonestidade. Mas, para evitar tal inconveniência, o apóstolo São Paulo, no capítulo citado, proíbe que sejam recebidas para fazer tais votos sem que tenham a idade de sessenta anos, que é uma idade normalmente fora da incontinência. Acrescenta que os eleitos só devem ter sido casados uma vez, a fim de que por essa forma, tenham já uma aprovação de continência.

XVI. Cremos que Jesus Cristo é o nosso único Mediador, intercessor e advogado, pelo qual temos acesso ao Pai, e que, justificados no seu sangue, seremos livres da morte, e por ele já reconciliados teremos plena vitória contra a morte. Quanto aos santos mortos, dizemos que desejam a nossa salvação e o cumprimento do Reino de Deus, e que o número dos eleitos se complete; todavia, não nos devemos dirigir a eles como intercessores para obterem alguma coisa, porque desobedeceríamos o mandamento de Deus. Quanto a nós, ainda vivos, enquanto estamos unidos como membros de um corpo, devemos orar uns pelos outros, como nos ensinam muitas passagens das Santas Escrituras.

XVII. Quanto aos mortos, São Paulo, na Primeira Epístola aos Tessalonicenses, no capítulo quatro, nos proíbe entristecer-nos por eles, porque isto convém aos pagãos, que não têm esperança alguma de ressuscitar. O apóstolo não manda e nem ensina orar por eles, o que não teria esquecido se fosse conveniente. S. Agostinho, sobre o Salmo 48, diz que os espíritos dos mortos recebem conforme o que tiverem feito durante a vida; que se nada fizeram, estando vivos, nada recebem, estando mortos.

Esta é a resposta que damos aos artigo por vós enviados, segundo a medida e porção da fé, que Deus nos deu, suplicando que lhe praza fazer que em nós não seja morta, antes produza frutos dignos de seus filhos, e assim, fazendo-nos crescer e perseverar nela, lhe rendamos graças e louvores para sempre. Assim seja.

Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André la Fon.


PARABÉNS, HOMEM PRESBITERIANO!


‘Aleluia! Bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR e se compraz nos seus mandamentos’
(Sl 112.1)

O calendário de festividades da Igreja Presbiteriana do Brasil reserva o primeiro domingo de fevereiro para a comemoração do Dia do Homem Presbiteriano. Tal homenagem foi oficializada no primeiro Congresso Nacional de Homens Presbiterianos, realizado em Campinas/SP, em 1966. Hoje, portanto, é um dia oportuno para refletirmos a respeito dos privilégios e das responsabilidades do homem presbiteriano.

As Escrituras Sagradas revelam que Deus concedeu ao homem grandes privilégios e responsabilidades. Ao homem foi concedido o privilégio da iniciativa na formação de seu lar, pois lhe foi dito: “Deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24). Por outro lado, também ao homem foi dada a responsabilidade de cuidar da saúde emocional e espiritual da esposa: “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações” (1 Pe 3.7).

Entre privilégios e responsabilidades, da mesma forma, ao homem foi concedido a missão de liderar o lar, o que fica manifesto nas palavras do apóstolo Paulo: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido” (Ef 5.22-24). Igualmente, ao homem foi ordenado amar sua esposa com o mais elevado amor: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25).

O homem ainda deve se comprometer com a vida espiritual de seus filhos. Dirigindo-se aos israelitas, Moisés declarou: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas” (Dt 6.6-9). Soma-se a esse princípio vétero-testamentário o que o apóstolo Paulo exortou aos cristãos de Éfeso: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Ef 6.4). Sim, o pai tem a responsabilidade de conduzir seus filhos ao Senhor, de educá-los na fé em Cristo. 

Outrossim, é verdade que a sociedade moderna impõe ao homem grandes responsabilidades e obrigações. Diante disso, os homens precisam receber um tratamento especial. Nos países mais desenvolvidos já estão sendo montados centros de ajuda específicos para homens. No Canadá, por exemplo, já existem programas de assistência aos jovens do sexo masculino. A medida pretende evitar gastos previdenciários futuros com famílias que perderão, cedo demais, pais e maridos. No Brasil já estão surgindo grupos de amparo aos homens.

Dito isso, enfim, aos homens presbiterianos os nossos parabéns pelo transcurso do seu dia, a nossa saudação respeitosa e a nossa fraterna mão estendida. Que Deus os abençoe em tão sagrada missão e responsabilidades. Parabéns!

Rev. Ângelo Vieira da Silva

A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL


Eis uma breve reflexão sobre uma das estratégias educacionais da igreja protestante em geral: a Escola Bíblica Dominical, a EBD. Cabe ao pastor, junto ao Conselho e aos professores, observar e direcionar tal escola para produzir crescimento espiritual na vida dos amados irmãos, sejam crianças, adolescentes, jovens ou adultos. É importantíssimo discutir o currículo, sobre o espaço físico, faixas etárias, escalas, dentre outros. Tudo visa a melhoria da educação cristã e da EBD para a glória de Deus.

Pergunto: qual é a importância do professor na EBD? Ora, o professor cristão precisa entender que ele é um discipulador, um modelo para o aluno. Professor é aquele que professa, que põe em prática, o conteúdo de uma vida (Cristo), discipulando vidas (alunos) para formar vidas. Portanto, é aquele que ensina e professa como viver e agradar a Deus tendo como Modelo o Mestre dos mestres, o Senhor Jesus. Assim, é fundamental que o professor tenha experimentado a salvação em Cristo Jesus e se dedique na preparação das lições para que, agora, passe para outros a experiência de uma vida transformada, de tal modo que esses não possam negar que ele fala daquilo que tem visto, ouvido e vivido.

Em termos de “educação cristã”, participamos da EBD com o intuito de aprender. Qual é o significado disso? Certamente, aprender é mais do que guardar conteúdo na memória; é mais do que aquisição de conhecimento; mas, é colocar em prática o aprendizado em todos os aspectos da vida. “Conhecer é sentir a força do conteúdo conhecido de maneira que este atue na prática da vida” (C. B. Eavey). Por isso, não me esqueço do significado de “educação” que aprendi no seminário na ótica do moraviano J. A. Comenius: “a educação cristã precisa ser vista pelos cristãos como a busca do aperfeiçoamento integral do homem. A Educação cristã é o processo que visa desenvolver, de forma progressiva e contínua, o caráter de Cristo nos alunos”. Não podemos ter uma ótica diferente desta.

Alguém pode questionar: para quê EBD? Respondo com as primeiras lições que recebi quando conheci a Cristo e iniciei meu desenvolvimento espiritual. A superintendente da EBD na Igreja Presbiteriana de Mutum/MG no final dos anos 90, minha querida professora Nilva Alves Teixeira, reportou a todos algumas razões para essa estratégia educacional:

(1) Ensinar a Revelação Bíblica (eis a tarefa principal. A Bíblia é o Livro-texto desde sua fundação em 1780 com Robert Rakes, na Inglaterra);

(2) Mostrar o propósito da Revelação Bíblica (levar o homem a uma relação pessoal com Deus por meio da fé em Jesus Cristo);

(3) Alcançar as multidões (por influência, levar o ensino da Palavra aos lares, aos locais de negócios, à sociedade, etc.); e

(4) Edificar a Igreja (não é uma mera rotina, mas um estudo focado que traz benefícios à vida espiritual).

Tal lembrança me faz atestar o objetivo da EBD que pessoalmente creio: buscar a excelência da transmissão da Palavra de Deus mediante uma estrutura leve e funcional. É o que se espera da classe de adultos, de jovens e novos membros, de todo o departamento infantil. 

Amados irmãos e irmãs, de fato, a Escola Bíblica Dominical, a EBD, tem sido um instrumento de grande importância para o conhecimento das Sagradas Escrituras e pregação do Evangelho nos últimos dois séculos. Valorize esse tempo. Participe da EBD, trabalhe por ela, seja assíduo todos os Domingos, estude as lições e a Bíblia, traga visitantes, ore por ela. Ensine seu filho a valorizar a EBD. Ora, a Escola Bíblica Dominical é uma agência da Palavra por excelência.

Assim, termino essa breve reflexão adaptando uma frase do luterano Franklin Clark Fry: “a pessoa que diz que crê em Deus, mas nunca vai à Escola Bíblica Dominical, é como a que diz que crê na educação, mas nunca vai à escola”. Pense nisso.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

OS DIÁCONOS DA IGREJA DE JESUS

“Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus” (1 Tm 3.13)

A palavra “diácono” (diakonia, gr.) pode ser traduzida por “serviço, contribuição, missão”. O diaconato é um ministério gracioso (Rm 12.7) que o Senhor instituiu na era apostólica. Para que os diáconos possam desempenhar seu papel de forma correta é necessário que a igreja os eleja sob a vontade de Deus, compreendo essencialmente que:

1) SER DIÁCONO SIGNIFICA SERVIR.

Uma das traduções da palavra diakonia é serviço. É muito difícil encontrarmos servos segundo Mateus 20.26: “Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva”. Entretanto, essa é uma exigência e uma razão de ser do diácono. Os apóstolos tinham o ministério arraigado no dedicar-se à Palavra e à oração. Eles não podiam mais cuidar diretamente da distribuição diária. Assim, iluminados pelo Espírito Santo do Senhor, conclamaram a igreja para que elegesse homens que se encarregassem do serviço da distribuição diária das viúvas que estavam sendo esquecidas (At 6.1-4), homens para servir. Lembre-se: Um verdadeiro diácono não serve porque é diácono, mas é diácono justamente porque serve.

2. SER DIÁCONO SIGNIFICA CONTRIBUIR.

Mais uma tradução da palavra diakonia pode ser lembrada: como distribuição ou contribuição. O diácono não contribui apenas para causas sociais ou para o bom andamento do culto; ele contribui para o crescimento do Reino de Deus com sua boa reputação (At 6.3). Parece haver um jogo de palavras: o diácono distribui em seu ministério e contribui com esse mesmo ministério para a propagação do evangelho. Segundo 1 Tm 3:8-10, os diáconos devem contribuir sendo respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Lembre-se: Um verdadeiro diácono não contribui porque é diácono, mas é diácono justamente porque contribui.

3. SER UM DIÁCONO SIGNIFICA TER UMA MISSÃO.

Diakonia pode ser traduzida como missão. Mas, qual será a missão do diácono? Manter a ordem no templo? Cuidar para que as crianças não fiquem sempre perambulando durante o culto? Levar um copo de água para o Pastor? Não é apenas isso... Sim, ser diácono é ter uma missão; principalmente, a missão de ajudar ao necessitado, ao pobre, à viúva, ao debilitado. É a missão do socorro, da misericórdia. Os diáconos devem amar os que muitas vezes são odiados e socorrê-los. Portanto, o diácono se dispõe e cria a mesma disposição Dessa missão no coração da Igreja do Senhor. Sendo assim, ele será um obreiro aprovado (2 Tm 2.15). Assim, um verdadeiro diácono não ama porque é diácono, mas é diácono justamente porque ama e está sempre pronto a cumprir sua missão de socorro.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

ANCIÃOS E PRESBÍTEROS: OS PASTORES DO REBANHO DE DEUS


“Fiel é a Palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja” (1 Tm 3.1). Sim, a aspiração da qual o apóstolo Paulo se refere aponta para aqueles que são chamados para liderar a Igreja de Deus. Seja qual for o nome (episcopado, bispo, mestre, ministro, presbítero, ancião, anjo da Igreja, embaixador, evangelista, pregador, doutor, despenseiro dos mistérios de Deus, dentre outros), as Sagradas Escrituras descrevem as qualificações e funções daqueles que são os verdadeiros pastores do rebanho de Deus. Tais títulos não descrevem graus diferentes de dignidade, mas as funções honrosas dos que são chamados para cuidar, ensinar, administrar, supervisionar e amar a Igreja de Jesus.

O jovem pastor Timóteo foi instruído por Paulo sobre as qualificações indispensáveis para aqueles que almejavam o ‘‘episcopado’’, o mesmo que ‘‘ser bispos’’ (1 Tm 3.2; Tt 1.7; 1 Pe 2.25) ou ‘‘presbíteros’’ ─ esse último percebido na maioria dos textos que tratam do assunto no Novo Testamento (At 11.30; At 14.23; At 15.2, 4, 6, 22-23; At 16.4; At 20.17; At 21.18; 1 Tm 5.17, 19; Tt 1.5; Tg 5.14; 1 Pe 5.1; 2 Jo 1.1; 3 Jo 1.1). Ora, tal ofício é uma excelente obra que todos os homens da Igreja deveriam almejar.

O texto hebraico e grego, o Antigo e o Novo Testamentos, esclarecem as atribuições dos pastores do rebanho de Deus. Ora, o neo-testamentário ‘‘presbítero’’ (presbyterós, gr.) é o vétero-testamentário ‘‘ancião’’ (zaqen, heb.). Ambas as palavras designam um ofício de liderança. Não que todo líder tenha que ser idoso, pois os termos também são usados para os líderes sem referência à sua idade, mas que é necessário que sejam experientes e experimentados, exemplos para todos. Por isso, abaixo faço um breve panorama do pastoreio do rebanho de Deus sob a perspectiva do ancião.

1) O ANCIÃO NO ANTIGO TESTAMENTO.

A liderança através de um concílio de homens chamados “anciãos” era muito familiar aos judeus, afinal, era uma das instituições mais antigas e fundamentais de Israel, remontando ao cativeiro egípcio (Ex 3.16, 18). Os anciãos eram os representantes oficiais do povo, chamados de “anciãos de Israel”, “anciãos dos filhos de Israel” ou “anciãos do povo”. Sendo mencionados centenas de vezes no Antigo Testamento, tinham o papel fundamental de liderar, o que fica evidente em sua participação ativa em cada evento decisivo da história de Israel. Deus reconheceu o papel de liderança dos anciãos enviando Moisés primeiramente a eles para anunciar a libertação do cativeiro (Ex 3.16,18; Ex 4.29; Ex 12.21; Ex 17.5-6; Ex 18.12; Ex 19.7; Ex 24.1, 9, 14; dentre outros).

2) O ANCIÃO NO NOVO TESTAMENTO.

No Novo Testamento os anciãos são chamados de presbíteros. À luz do livro de Atos dos Apóstolos e das cartas, vemos que os presbíteros são os representantes oficiais da Igreja com autoridade semelhante ao dos apóstolos. Eles recebem e administram recursos materiais (At 11.29-30), julgam questões doutrinárias (At 15.1-29), oferecem conselho e resolvem conflitos (At 21.18-25). Lendo-se as muitas passagens bíblicas que envolvem os presbíteros fica evidente que os mesmos foram colocados à frente da Igreja pelo próprio Deus, com a tarefa de supervisionar o povo e, assim, cumprir o mandamento de ‘‘pastorear o rebanho de Deus’’ (1 Pe 5.1-4).

Portanto, os presbíteros são os verdadeiros pastores da Igreja. Devemos orar por eles antes, durante e depois das eleições/ordenação/investiduras. Apesar de ser uma obra excelente, é repleta de sofrimentos que podem ser resumidos nas palavras de Jesus: ‘‘o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça’’ (Mc 8.20). Por isso, ore e creia: ‘‘Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência’’ (Jr 3.15).

Rev. Ângelo Vieira da Silva

MULHERES SURPREENDENTES

‘É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo’’ (Lc 24.22).

As mulheres nos surpreendem positivamente. Seja nos relacionamentos ou no trabalho, na igreja ou nas tarefas domésticas, elas podem nos surpreender em qualquer lugar e tempo, causando boa surpresa e, assim, nos faz muito bem admirá-las e nos maravilharmos com suas atitudes de amor.

Ora, em um cenário onde os homens se encontravam atordoados pela morte de seu Mestre e pelas possíveis perseguições que sobreviriam sobre todos os discípulos, as mulheres, mais uma vez, surpreenderam. Como? Em meio ao temor de muitos, elas foram ao túmulo de Cristo pela madrugada e, não achando o corpo do Senhor, corajosamente anunciaram a visão que tiveram de anjos, os quais afirmaram que Jesus vivia. Aleluia!

Não é diferente em nossos dias, principalmente diante da oportunidade de se regozijar com as santas mulheres de Deus, discípulas do Senhor, ao comemorarem alguma data para elas importante. É certo que serão dias, meses ou anos se colocando nas brechas, procurando realizar a vontade do Senhor. Portanto, hoje e para ocasiões especiais, compartilho essa breve pastoral, desejando que as surpreendentes mulheres continuem:

1) SURPREENDENDO NO EVANGELISMO.

Vivam missões, mulheres! Orem e contribuam com a Grande Comissão. Evangelizar é um ato de duas verdades: disposição e ação. Lembre-se daquelas mulheres citadas em Lucas 24, bem dispostas, acordando de madrugada para cuidar de seu Senhor. É verdade que Paulo nos ensina que nem o que planta, nem o que rega é alguma coisa, pois é Deus quem dá o crescimento (1 Co 3.7); porém, é bem verdade que Ele nos chamou para essa tarefa, porque ai de nós se não pregarmos o evangelho (1 Co 9.16). Surpreenda!

2) SURPREENDENDO NA MISERICÓRDIA.

O dom da misericórdia é demonstrado através de uma consciência social, ou seja, você, mulher, será misericordiosa ao ajudar os carentes, orar pelos enfermos, visitar os órfãos e viúvas, auxiliá-los em suas necessidades. Lembre-se: devemos chorar com os que choram e nos alegrarmos com os que se alegram (Rm 12.15). Surpreenda!

3) SURPREENDENDO NA SABEDORIA.

As Sagradas Escrituras revelam que a mulher sábia edifica a sua casa (Pv 14.1). Cumpre-se tal verdade quando você, mulher, sempre apresenta sua família diante de Deus em oração. Nossa própria casa é como uma igreja que necessita ser cuidada todos os dias, regada pela vida devocional de cada um de seus membros. Lembre-se, portanto, do hino ‘‘Aspiração Feminina’’, “nós crentes redimidas, depomos nosso lar, e as nossas próprias vidas, perante o teu altar”; e “sê tu uma bênção!” (Gn 12.2). Surpreenda!

4) SURPREENDENDO NA COMUNHÃO.

Sejam companheiras, mulheres! Sejam auxiliadoras! Jamais permitam as terríveis “panelinhas”, grupos que promovem a divisão. Pelo contrário, na busca pela verdadeira união fraternal, diligenciem o bem-estar interpessoal, pois, na igreja, a comunhão é fundamental, uma santa obrigação de todos. Surpreenda!

Enfim, reconheço que as mulheres que assim procedem sempre nos surpreenderão positivamente. Agradeço a Deus pela vida das mulheres de Sua Igreja, lembrando o moto da Sociedade Auxiliadora Feminina da Igreja Presbiteriana do Brasil: “sejamos verdadeiras auxiliadoras, irrepreensíveis na conduta, incansáveis na luta, firmes na fé, vitoriosas por Cristo Jesus”.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

REFLEXÕES NO DIÁRIO DE SIMONTON

É interessante notar que no século XIX a prática de se fazer diários, com anotações de acontecimentos do dia-a-dia, estava muito difundida no hemisfério norte. Esses documentos são de grande valia para uma reconstrução histórica e, por serem textos intensamente pessoais, são marcados com uma franqueza que não se vê em outros escritos.

Em se tratando do diário (duas edições na língua portuguesa) escrito por Ashbel Green Simonton (primeiro missionário presbiteriano no Brasil), percebemos que o mesmo foi escrito com uma linguagem elevada e respeitosa, o que não é muito comum neste tipo de obra. Ele cobre um período de quatorze anos da vida do autor, que começou a escrevê-lo quando tinha dezenove anos de idade, até praticamente o penúltimo ano de sua vida. Como descreve o Dr. Alderi Souza de Mattos, historiador da Igreja Presbiteriana do Brasil, Simonton “registrou observações perspicazes sobre uma variedade de assuntos, desde suas próprias lutas interiores nas áreas vocacional e sentimental, até suas reflexões sobre temas candentes da época, como a escravidão, os problemas políticos e as tensões entre o norte e o sul do país”. Sei que muitos ainda não tiveram o privilégio de ler esse diário, por isso gostaria de compartilhar algumas observações pessoais:

1. Simonton encerra o diário fazendo um retrospecto de sua vida com um resultado.

Sua “auto-condenação” é o resultado. Ele entendeu que realizou seu trabalho da melhor maneira possível, mas pergunta: “Mas, será que progredi na direção do céu”? Talvez essa seja a grande questão que precisamos fazer como igreja, diante da obra para qual fomos chamados. Estamos preocupados com o que Deus tem achado de nosso labor? Ou fazemos para os homens? 

2. Simonton se compara ao publicano e clama:

“Deus, tem misericórdia de mim, pecador”. Certamente essa precisa ser a nossa oração. Assim como Simonton dependeu de Deus também precisamos. Sem O Senhor nada podemos fazer.

3. Simonton fala de algo muito comum em nossos dias.

Por incrível que pareça, já no distante século XIX o missionário falou do problema do ativismo. Mostra seus perigos: “A própria pressão e atividade da vida exterior têm empanado minha comunhão com aquele para quem esses mesmos serviços são feitos. Quantas vezes minhas devoções são formais e apressadas ou perturbadas por pensamentos de planos para o dia!” O que tem tomado conta de nossas vidas: o ativismo ou a devoção? O que será que ocupará nossos ministérios na igreja?

4. Simonton mostra que pecados o atormentam

“Pecados muitas vezes confessados e lamentados tem mantido seu poder sobre mim”. Será que não vivemos algo semelhante? Busquemos a força em Deus assim como o missionário americano fez.

5. Simonton tem um pedido genuíno:

“Quem me dera um batismo de fogo que consumisse minhas escórias, quem me dera um coração totalmente de Cristo”. Desejemos ardentemente sermos revestidos com o poder do alto para a realização dessa grande obra, assim como Simonton.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

DIA NACIONAL DA CRIANÇA PRESBITERIANA


"Batalhando por Cristo, Lutando com amor, Sou um Soldado de nosso Senhor”, este é o lema da União de Crianças Presbiterianas, a UCP. Para essas e para os irmãos (as) que se dedicam no ministério infantil, é chegado um momento muito especial, pois dia 12/10 comemoramos o Dia Nacional da Criança Presbiteriana. Creio que será muito relevante destacarmos como esse movimento se iniciou em nossa Igreja.

Entre 1940-1942 na Igreja Presbiteriana de S. José del Rei/MG havia um trabalho diferenciado na igreja denominado Liga Juvenil. Nas tardes de sábado, na casa da diretora (ao lado da igreja), Dna. Lavínia, senhora consagrada, animada e dedicada, reuniam-se os sócios desta Liga. Conta-nos a história que, na sua simplicidade, com poucos e precários recursos, Dona Lavínia proporcionava horas felizes e gostosas às crianças, com brincadeiras, estudos, trabalhos e deliciosos lanches. Havia reuniões especiais, festivas com vários programas. Anos mais tarde, outra Liga Juvenil fora criada, agora na 1ª IPB de Niterói. 

Ainda que não se saiba como e quando se iniciou a Liga Juvenil na Igreja Presbiteriana do Brasil, foi no ano de 1980, numa reunião realizada em São Paulo que fora proposto trocar o nome da Liga Juvenil para União de Crianças Presbiterianas, a UCP. O trabalho de crianças, até então, era vinculado ao trabalho das senhoras, com a direção da Secretaria Nacional de SAFs. Pouco depois (1982), foi criada a Secretaria de Infância das UCPs. A Tia Custódia, uma das pioneiras neste ministério dentro da IPB, disse: “Pelas misericórdias do Senhor, durante anos, tendo estado à frente deste trabalho, aqui na minha igreja. Tem sido uma grande bênção na minha vida, muito aprendi e muito me edifiquei ensinando as crianças. O meu grande desejo é que em todas as nossas Igrejas haja UCPs organizadas, ativas e que trabalhem com muito dinamismo preparando as nossas crianças na vida cristã levando-as a seguir e servir ao Senhor Jesus com muito amor. O trabalho é realmente maravilhoso. Que Deus, o nosso Pai, nos abençoe e desperte as nossas igrejas para este tão importante trabalho”.

Pela sua excepcionalidade, não há uma Confederação Nacional de UCPs, razão pela qual não haver lema e nem tema para o quadriênio (2010-2014). Todavia, estima-se, conforme dados da SE/SC, que 78.000 crianças sejam sócias da UCP. Para participar desta importante Sociedade, a criança deve ter entre 06 e 11 anos. Seu símbolo oficial está logo acima.

Parabéns às nossas queridas Crianças Presbiterianas e aos irmãos (as) que se dedicam ministeralmente para o crescimento delas! Como disse nosso Senhor em Mc 10.14 – “Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus”.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

DIA NACIONAL DO JOVEM PRESBITERIANO

Todo terceiro domingo de maio nas igrejas presbiterianas de nosso país comemora-se o Dia Nacional do Jovem Presbiteriano. Esta é uma grande oportunidade de homenagear em Cristo esta força de integração, que já se chamou Sociedade de Jovens, Sociedade Heróis da Fé, Sociedade Esforço Cristão, etc.

Historicamente, como descreve o Manual Unificado das Sociedades Internas, desde 1936 os jovens das centenas de igrejas presbiterianas do Brasil já estavam se organizando, levando o Supremo Concílio (SC) a recomendar que os pastores dessem todo o apoio para que os jovens se organizassem em cada igreja sob o nome de União da Mocidade Presbiteriana (UMP).

Em 1938 o Supremo Concílio, reunido em Fortaleza-CE, entendeu que os jovens presbiterianos careciam de maior carinho, cuidado e atenção por parte dos ministros (em âmbito nacional). Assim, criou-se a Secretaria Geral da Mocidade, nomeando para exercer o cargo o Rev. Benjamin Moraes.

A partir de sólidas e animadoras informações do Secretário Geral, o SC reconheceu que estava no tempo de também os jovens presbiterianos terem a sua organização nacional. No Instituto Presbiteriano Álvaro Reis - INPAR, em fevereiro de 1946, foi realizado o Primeiro Congresso Nacional da Mocidade Presbiteriana, e organizada a Confederação da Mocidade Presbiteriana (CMP), hoje com o nome de Confederação Nacional da Mocidade (CNM). O primeiro presidente da Confederação foi o jovem Tércio Epêneto Emerique, mais tarde ordenado pastor.

Em 1960, devido a dificuldades de relacionamento entre a diretoria da Confederação e a direção da Igreja, a Comissão Executiva do Supremo Concílio resolveu extinguir a Confederação da Mocidade Presbiteriana e alterar a estrutura do trabalho dos jovens em âmbito nacional. Vinte e seis anos a mocidade passou sem o seu órgão maior. Finalmente, em 1986, sob a coordenação do Rev. Cleómines Anacleto de Figueiredo, então Secretário Geral, foi reorganizada a Confederação Nacional da Mocidade. A cada quadriênio o trabalho vem crescendo de forma positiva e animadora, para honra e glória do Senhor.

A informação atualizada até esta data é que a Confederação Nacional de Mocidade hoje abrange 46 Confederações Sinodais, envolvendo 102 Federações Regionais que compreendem 403 UMPs com cerca de 7.099 unionistas. Seu moto é: “Alegres na esperança, Fortes na fé, Dedicados no amor, Unidos no trabalho”. A UMP não tem lema, mas o tema de seu quadriênio (2014-2018) é “Servos uns dos outros, pelo amor! Gl. 5.13”. Seu hino oficial é o nº 382 “Mocidade Presbiteriana”. Seu periódico oficial é a “Revista Mocidade Presbiteriana”. A marca da UMP (ao lado) é a estilização de uma tocha acesa, cravada em sua frente uma estrela de cinco pontas, contendo em seu interior a estilização da sigla UMP. A sua forma, constituída de traços precisos e cores vivas, expressa modernidade e dá movimento à marca, proporcionando uma imagem gráfica de estilo sofisticado. Parabéns, Jovens Presbiterianos!

Rev. Ângelo Vieira da Silva

SER PRESBÍTERO É...


No dia 05/08 comemora-se o Dia do Presbítero. Na Igreja Presbiteriana do Brasil, o presbítero é o oficial, o representante imediato do povo (presbítero regente), por este eleito e ordenado pelo Conselho, para, juntamente com o pastor (presbítero docente), exercer o governo e a disciplina e zelar pelos interesses da Igreja a que pertencer, bem como pelos interesses da Igreja a que pertencer, bem como pelos de toda a comunidade, quando para isso eleito ou designado. Assim, em homenagem àqueles que são verdadeiramente presbíteros, passo a discorrer em versos um pouco deste ministério tão complexo dado pelo Supremo Pastor.

Ser Presbítero é privilégio... É chamado exclusivo; é dom concedido.
Ser Presbítero é sacrilégio... É serviço consagrado, às vezes, aviltado.

Ser Presbítero é pastorear... Orar, acompanhar e cuidar.
Ser Presbítero é vigiar... Zelar, aconselhar, não o fiscalizar.

Ser Presbítero é ver-se o menor... É o que convêm, o que de pé o mantêm.
Ser Presbítero é falar do Maior... d’Aquele que excede, O que não se mede.

Ser Presbítero é liderar... Responsabilidade e exemplo.
Ser Presbítero é colaborar... Agilidade e contento.

Ser Presbítero é atacar... O lobo voraz, a falácia mordaz.
Ser Presbítero é amar... O sublime Deus, o próximo como a mim.

Ser Presbítero é difícil... É o pecador que deve tratar o pecado.
Ser Presbítero é vitalício... É estar pronto, procurar estar capacitado.

Ser Presbítero é aspirar... Aquela excelente obra na vida.
Ser Presbítero é expirar... É proferir as virtudes da Vida.

Ser Presbítero é tomar parte... na Ceia Santa, na ordenação Sagrada.
Ser Presbítero é estar à parte... do mundo maligno, do pecado redivivo.

Ser Presbítero é ser humano... Pode errar, pecar, se enganar.
Ser Presbítero é ter percepção... Da ilusão, armadilha ou desatenção.

Ser Presbítero é emoção. Ser Presbítero é ser o ancião.
Ser Presbítero é vocação. Sê Presbítero de coração!

Amém.

Sou grato a Deus pelos presbíteros de nossa amada Igreja. Ao Conselho atual, aos eméritos, àqueles em disponibilidade e aos que residem em outros lugares, minhas sinceras felicitações e orações por ministérios profícuos na presença do Altíssimo. ‘‘Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles... pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória’’ (1 Pe 5.1-4). “Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1 Co 4.2).

Rev. Ângelo Vieira da Silva

PRESBITÉRIO DE RESPLENDOR: 60 ANOS

Com o desdobramento do Presbitério Leste de Minas para a formação do Presbitério Norte de Minas intensificou-se de modo notável a evangelização das férteis zonas do Vale do Rio Doce, tendo sido necessário um novo desdobramento para a organização de dois presbitérios em 1952: Vale do Rio Doce e Caratinga. Novo impulso de progresso coroou o esforço de uma plêiade de consagrados obreiros da vinha do Senhor nesta rica região com o surgimento de novas igrejas. Assim sendo, em 1955 o rol do Presbitério do Vale do Rio Doce já contava 27 Igrejas, tornando-se necessário um novo desdobramento para maior expansão do Reino de Deus. Então, o Sínodo Minas-Espírito Santo, em sua reunião de julho de 1955 em Dom Cavatti, atendendo o desejo de nossa região, determinou a organização do Presbitério de Resplendor, o que se concretizou na data de 06/01/1956 no templo da Igreja Presbiteriana de Resplendor (atual sede do PRSP), sendo o Rev. Orlando Sathler o Relator da Comissão de Organização. 

As primeiras igrejas de nosso Presbitério foram Mutum, Lajinha do Mutum, Resplendor, Fanal, Alto Ituêto, Aimorés, Pedra de Jacó, Sossego, Santa Cruz, Salém, Betel, Areia Branca – oriundas do Presbitério Vale do Rio Doce – Alto Rio Novo, Elim e Baixo Guandu – cedidas pelo Presbitério de Vitória. Os primeiros ministros foram os Reverendos Galdino do Nascimento, Jeconias Ferreira da Cunha, Júlio Salles, Ademário da Silva e Antônio Nunes de Carvalho.

Hoje o Presbitério de Resplendor possui 08 igrejas (Primeira, Segunda e Terceira de Resplendor, Alto Ituêto, Aimorés, Parque dos Eucaliptos, Baixo Guandu e Mutum), 20 congregações e 06 pontos de pregação reunindo quase três mil membros entre comungantes e não-comungantes. Além disso, o concílio dispõe de 12 pastores, 45 presbíteros, 80 diáconos, 08 missionários, 07 seminaristas/ibelinos, 12 evangelistas e 05 aspirantes.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

COMEMORAR É RECORDAR


A Primeira Igreja Presbiteriana de Resplendor completou noventa e quatro anos de organização no último dia 02/07/1921. Em virtude disso, ontem e hoje, comemoramos. Ah, como é bom comemorar! Festas e celebrações são repletas de alegria e regozijo. Igualmente, uma comemoração precisa estar acompanhada de lembrança, do trazer à memória, da recordação. Por isso, comemorar é recordar. Nessa pastoral, conclamo meus queridos irmãos (as) a recordarem os poderosos feitos de Deus sobre o seu povo, sua obra, sua Igreja.

IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL, 155 ANOS DE HISTÓRIA


Na próxima terça-feira, dia 12/08/2014, a Igreja Presbiteriana completa 155 anos no Brasil. A “IPB” é a maior e mais antiga denominação reformada do país e mantêm seus alicerces na mesma linha dos reformadores europeus, tais como Martinho Lutero, João Calvino e John Knox. Contudo, ao se lembrar da origem do presbiterianismo brasileiro outro nome deve ser recordado: Simonton.

O QUE É A REUNIÃO DO SUPREMO CONCÍLIO DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL?

Entre os dias 19 e 26 de julho de 2014 acontece a XXXVIII Reunião Ordinária do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, com culto solene de louvor e adoração a Deus no dia 20, domingo, às 19 horas, no centro de convenções da cidade de Natal, Rio Grande do Norte. Mas, você sabe o que representa essa reunião para nossa Igreja? O Supremo Concílio é a assembléia de deputados eleitos pelos Presbitérios e o órgão de unidade de toda a Igreja Presbiteriana do Brasil, jurisdicionando igrejas e concílios, que mantém o mesmo governo, disciplina e padrão de vida. Entenda mais, logo abaixo.

O QUE É A REUNIÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO SUPREMO CONCÍLIO DA IPB?

Hoje (13/04/2014), após o almoço, viajarei para Vitória/ES onde, pela manhã de segunda-feira, tomarei o voo para Brasilia/DF. Na capital de nosso país, na Igreja Presbiteriana Nacional, acontecerá a Reunião da Comissão Executiva do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil. Porém, será que a Igreja compreende a importância dessa reunião?

HINO 326: UMA LETRA DE FÉ, ORAÇÃO E TRABALHO. UMA HOMENAGEM AOS HOMENS PRESBITERIANOS DO BRASIL


Pense um pouco: por que cantamos? (...) Cantamos na alegria e na tristeza, na luta e na bonança, na fartura e na pobreza, na dúvida e na esperança. Enfim, amamos cantar. Como diria um poeta, “cantar é traduzir em sons”. Nesse sentido, através de cânticos espirituais, solos, corais, hinos, traduzimos nossa vida com Deus, cheia de notas com ritmo, harmonia e melodia eternas. Os homens presbiterianos de nosso Brasil podem traduzir sua vida com Deus no hino oficial da União Presbiteriana de Homens (UPH), de número 326 no Hinário Novo Cântico (HNC). Em homenagem a cada um deles traduzo essa singela reflexão no hino oficial destes verdadeiros pescadores de homens.

EXIGÊNCIAS E FUNÇÕES DOS OFICIAIS CONFORME A CONSTITUIÇÃO DA IGREJA PRESBITERIANA

A Igreja Presbiteriana do Brasil é regida por uma Constituição. Consequentemente seus oficiais obedecem e são eleitos conforme a mesma. Conforme o artigo 114 da Constituição da Igreja (CI) só poderá ser ordenado e instalado quem, depois de instruído pelo Pastor da igreja:

1. ACEITAR A DOUTRINA

A doutrina da Igreja Presbiteriana é a Bíblia (os 66 livros do Antigo e Novo Testamentos) que é sua única regra de fé e prática. Nossa igreja interpreta a Bíblia com a iluminação do Espírito Santo, orientada por seus símbolos de fé (Confissão de Fé e Catecismos Maior e Breve de Westiminster). Cremos no Pai (criador), no Filho (Jesus, Redentor e único Mediador entre Deus e os homens), no Espírito Santo (batismo e enchimento); batizamos os crentes e seus filhos por aspersão, um símbolo visível de uma graça invisível; Cremos na depravação total do homem, morto em pecados; cremos na eleição incondicional de Deus baseada única e exclusivamente no amor de Deus; cremos que a graça de Deus é irresistível e que os santos do Senhor perseverarão até o fim pelo poder de Deus, sendo guardados do mal pelo mesmo poder. Enfim, os candidatos ao oficialato devem aceitar a doutrina bíblica que nossa igreja prega e ensina, aqui brevemente resumida.


O QUE É UMA REUNIÃO DE SÍNODO?

No próximo final de semana (05-06/07) nossa Igreja hospedará a 17ª Reunião Ordinária do Sínodo Minas-Espírito Santo (SME), que abarca os Presbitérios de Resplendor (PRSP), Vale do São Mateus (PVSM), Norte do Espírito Santo (PRNE) e Noroeste Capixaba (PNCA). Mas, você sabe o que isto significa? Por certo, é uma grande honra para nossa Igreja.