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UM OLHAR REFORMADO SOBRE A ‘GOD BLESS THE USA BIBLE’, ENDOSSADA POR DONALD TRUMP

A introdução da Bíblia “God Bless The USA” levanta uma série de questões teológicas, especialmente no que se refere à tradição reformada, que sustenta a autoridade única das Escrituras. A adição de documentos históricos americanos ao texto bíblico pode ser vista como uma mistura de elementos sagrados e seculares que obscurece a mensagem clara da soberania de Deus e da suficiência de Sua Palavra. A teologia reformada afirma que a Escritura é suficiente em si, e não precisa de complementos históricos para ser relevante ou poderosa.


No pensamento reformado, as Escrituras são divinamente inspiradas e inerrantes, e qualquer tentativa de vinculá-las a uma identidade nacional específica pode comprometer essa autoridade. O evangelho de Jesus Cristo transcende todas as fronteiras culturais e políticas, e o Reino de Deus, conforme ensinado no Novo Testamento, não pode ser confundido com os reinos deste mundo. Ao inserir símbolos ou documentos de um país, há o risco de fazer parecer que o Reino de Deus se confunde com um estado-nação.


Além disso, a tradição reformada historicamente desconfia de alianças entre igreja e estado, enfatizando a independência da Igreja de Cristo. Desde os dias de João Calvino e da Reforma, a igreja reformada sempre insistiu que a lealdade primária dos crentes deve ser a Deus e ao Seu Reino, e não a governos ou nações temporais. A inserção de documentos como a Declaração de Independência em uma Bíblia sugere uma aliança implícita entre o poder divino e o poder político, algo que a teologia reformada denuncia como potencialmente idólatra.


Outra questão importante é a aplicação da Grande Comissão (Mateus 28:18-20) neste contexto. A missão da igreja não é promover agendas políticas, mas pregar o evangelho que transforma corações e mentes. A Igreja Reformada vê essa missão como global, sem estar ligada a qualquer nação, raça ou cultura específica. O evangelho deve ser proclamado a todas as nações, e não pode ser limitado por fronteiras nacionais ou interesses patrióticos.


Essa abordagem também reflete a doutrina reformada da providência divina, que sustenta que Deus governa soberanamente sobre todas as nações e eventos históricos. As Escrituras, portanto, são mais do que suficientes para guiar a vida do crente em qualquer contexto cultural ou político. O foco deve estar sempre na glória de Deus e no avanço de Seu Reino, e não em alianças com poderes terrenos que possam desviar a atenção dessa missão.


Por fim, a teologia reformada conclui que a Bíblia, como a Palavra viva de Deus, é capaz de falar por si mesma a qualquer pessoa em qualquer lugar. Ela não precisa de adições externas para ser relevante. A igreja deve, portanto, manter-se fiel à pregação pura do evangelho, sem a mistura de ideologias nacionais ou políticas, cumprindo assim sua vocação como testemunha fiel da soberania de Deus sobre todas as coisas.


Soli Deo Gloria.


Angelo Silva

O PAPEL DO GOVERNADOR



A nação está próxima de eleger novo presidente, governador, senadores, deputados federais e estaduais. Votar com responsabilidade é papel de qualquer cidadão e, principalmente, do cristão comprometido, que intercederá pelas eleições em cumprimento às exortações bíblicas: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito” (1 Tm 2.1-2). Além da oração, é fundamental que conheçamos os papéis daqueles que nos governarão. Caro leitor (a), convido a compreender o papel do Governador.

(1) QUEM É O GOVERNADOR?

No século XIX ele já foi chamado de Donatário, Capitão-mor (Período Colonial) e Presidente de Província (Período Imperial). No século XX foi o Presidente de Estado (República Velha) ou Intervetor Federal. No século XXI é denominado de Governador, ou seja, aquele que exerce o mais elevado cargo político eletivo em uma província ou estado de uma federação. Ele representa a autoridade máxima do poder executivo.

(2) QUAIS AS COMPETÊNCIAS DO GOVERNADOR?

Representando o Poder Executivo na esfera dos Estados e do Distrito Federal, cabe ao respectivo Governador a direção da administração estadual e a representação do Estado em suas relações jurídicas, políticas e administrativas, defendendo seus interesses junto à Presidência da República e buscando investimentos e obras federais. A título de curiosidade, há um caso especial ao se descrever o Governador do Distrito Federal: por ser um caso singular (município neutro), seu Governador exerce certas funções que são cabíveis ao Prefeito.

(3) COMO OCORRE A ELEIÇÃO DO GOVERNADOR?

No Brasil, cujo pacto é federativo, o Governador é eleito com periodicidade de quatro anos, através do sistema de sufrágio universal ou votação em dois turnos, permitida a reeleição pelo mesmo período. É eleito o candidato que obtiver em primeiro turno 50% mais um dos votos. Sendo esta condição não satisfeita, os dois candidatos mais votados no primeiro turno concorrem no segundo turno, sendo eleito o candidato que obtiver maioria simples, ou seja, maior votação entre os dois concorrentes.

É chegado o momento... Os cidadãos de todos os 26 estados brasileiros e do Distrito Federal irão eleger seus governadores. Assim como na disputa presidencial, se nenhum dos candidatos receber mais da metade dos votos válidos, um segundo turno irá ocorrer. De acordo com a Constituição, um Governador é eleito diretamente para um mandato de quatro anos, com o limite de dois mandatos. Ore ao Senhor em favor de todos os seus candidatos, em favor dos eleitos e de todos os que se acham investidos de autoridade. Esse é o papel do cristão cidadão comprometido com sua pátria terreal e celestial.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

O PAPEL DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Após votar nos deputados estadual e federal, senadores e governador de sua preferência, seu último voto a ser computado no dia da eleição será para presidente do Brasil. Não há dúvidas que Deus estabelece as autoridades máximas de uma nação: “é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes” (Dn 2.21). Porém, a soberana vontade divina não nos isenta da cidadania responsável, consciente. É dever do cristão cidadão conhecer o papel de seus representantes, como do Presidente da República.

(1) QUEM É O PRESIDENTE?

Numa república presidencialista (como a nossa), o presidente é a autoridade máxima do Poder Executivo e da República, cabendo a ele as tarefas de Chefe de estado e Chefe de governo. Normalmente, também é o Comandante e Chefe das Forças Armadas. Por outro lado, a título de curiosidade, nas monarquias parlamentaristas (Canadá e Austrália, por exemplo) cabe a ele apenas a Chefia de Estado. 

(2) QUAIS AS COMPETÊNCIAS DO PRESIDENTE?

Ao tomar posse no comando do Poder Executivo Federal, um dos três poderes do Estado, o Presidente se compromete a manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Embora, conceitualmente, o Poder Executivo faça executar as leis elaboradas pelo Poder Legislativo, o Presidente da República pode iniciar o processo legislativo. A Constituição permite que adote medidas provisórias em caso de relevância e urgência, proponha emendas à Constituição, projetos de leis complementares e ordinárias ou, ainda, leis delegadas. Da mesma forma, pode atribuir o direito de rejeitar ou sancionar matérias já aprovadas pelo Legislativo.

Ainda são atribuições do Presidente da República: decretar intervenção federal nos Estados, o estado de defesa e o estado de sítio; manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. Também compete ao cargo a concessão de indulto e a comutação de penas, ou seja, substituir uma pena mais grave, imposta ao réu, por outra mais branda. 

(3) COMO OCORRE A ELEIÇÃO DO PRESIDENTE?

No Brasil, para que um cidadão possa concorrer ao cargo de Presidente da República, deve ser brasileiro nato, ter no mínimo 35 anos, ter o pleno exercício dos direitos políticos, ser eleitor, ter domicílio eleitoral no Brasil e estar filiado à algum partido político. Também não pode ter substituído o atual Presidente nos seis meses anteriores ao eleito.

Caso o presidente esteja ausente do país, quem assume o poder é o Vice-Presidente, seguido do Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado e Presidente do Supremo Tribunal Federal. 

Está chegando o dia de mais um importante pleito para nossa nação. É tempo de orar e também se preparar. O desejo por uma nação melhor passa pela decisão individual de votarmos melhor. Pense nisso, interceda ao Deus que dá sabedoria aos símplices e vote com consciência.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

O QUE FAZER ANTES, DURANTE E DEPOIS DAS ELEIÇÕES?


No próximo domingo, entre 8h00min e 17h00min, ocorrerá a eleição para as funções de prefeito e vereador dos municípios do Brasil. Uma jornada preparatória envolvendo o calendário eleitoral, registro e divulgação de candidatos, apresentação de estatísticas, normas e documentações, bem como disponibilização de pesquisas de opinião pública sobre o pleito e candidatos fizeram parte desse tempo. Tudo feito como preparação para o importante dia que está chegando. Diante disso, o propósito desta reflexão é contribuir com o exercício da Cidadania antes, durante e depois das eleições.

1) ANTES DAS ELEIÇÕES. Cidadania em foco. Até o dia do pleito é essencial que se conheça bem os candidatos e suas propostas. Fuja do “disse, me disse”. Conheça o que os candidatos almejam em diálogo franco com os seus projetos. No jogo político os partidos são como times de futebol que querem marcar gols e vencer a partida. Nesse tempo, a preferência política-partidária do eleitor norteará suas escolhas e poderá decidir o campeão. Por outro lado, o candidato precisa recordar que será um representante do povo. Deve aprender a ouvir como tal, mesmo que não seja agradável muitas proposições. Como a Constituição Brasileira legisla, “todo poder emana do povo e em seu nome é exercido”. Entre um e outro, a cidadania plena no gozo dos direitos/deveres civis e políticos carece de ser o ponto de convergência nas eleições em nosso país.

2) DURANTE AS ELEIÇÕES. Cidadania em voto. O voto é a expressão máxima da Cidadania. Procure ir cedo a sua sessão eleitoral para votar. Não se esqueça dos números de seu candidato à Prefeito (XX) e Vereador (YYYYY). Como já sabemos, a votação será mediante a urna eletrônica. Digite o número de seu candidato, confira a foto e aperte a tecla CONFIRMA. Caso tenha errado, acione a tecla CORRIGIR e insira o novo número. É importante relembrar que a distribuição de propaganda política no dia da eleição, a conhecida “Boca de Urna”, é ilícito penal eleitoral. Fundamentalmente, os cristãos precisam ser honestos em virtude da regra de fé que postulam. Como afirmou o escritor cristão John Blanchard, “a honestidade não é a melhor política - é a única”.

3) DEPOIS DAS ELEIÇÕES. Cidadania em loco. Independentemente do resultado das eleições, os cristãos comprometidos com as Escrituras Sagradas são convocados a “honrar o Rei” (1 Pe 2.17). A tradução do termo grego basileus remete aos líderes de um povo, príncipes, comandantes, senhores da terra, reis. Os cristãos, como cidadãos, devem estimar seus governantes, ajudá-los no desempenho de suas funções, orar com eles e por eles. Eis o exercício da Cidadania e do Cristianismo. Seja seu candidato vencedor ou não, é dever de todo cidadão se empenhar pelo bem de todos, do outro, da comunidade, da cidade, dos líderes e liderados.

Estou plenamente convencido que os candidatos eleitos estarão de conformidade com a vontade divina (Dn 2.21). Subscrevo, portanto, a proposição da Confissão de Fé da Igreja Presbiteriana do Brasil: “Deus, o Senhor Supremo e Rei de todo o mundo, para a sua glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis que lhe são sujeitos, e a este fim, os armou com o poder da espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores (Rm 13.1-4; 1 Pe 2.13-14)”.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

O PAPEL DO SENADOR

Na época das eleições é impressionante como muitas pessoas se esforçam, sobremaneira, para “desmascarar” os candidatos que não lhes agradam. Já recebi vários e-mails e acessei repletos links nas redes sociais. A Igreja de Jesus precisa tratar com a política de modo diferenciado. Antes do partido político, conhecer o candidato, suas propostas, sua história, é fundamental. Nem sempre o candidato do partido preferido é o melhor. Infelizmente, parece que o brasileiro prefere partidos a estudar propostas séria e objetivamente.


O PAPEL DO DEPUTADO FEDERAL

A Igreja de Deus é constituída por seus filhos, mas também por cidadãos. Ainda que saibamos que não somos deste mundo (Jo 17.16), nele vivemos e participamos das leis criadas por governos que o Senhor autoriza. Daí as constantes exortações bíblicas sobre os magistrados civis, as quais devemos ficar atentos. O apostolo Paulo, por exemplo, escreve sua carta aos romanos e enfatiza: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas” (Rm 13.1). Os cristãos devem reconhecer esse princípio e serem cidadãos conscientes no momento de votarem nos políticos mais aptos no dia 05 de outubro.

Neste ano serão eleitos um novo presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Como sabemos, caso nenhum dos candidatos aos cargos de presidente e governador atinjam mais de 50% dos votos válidos, um segundo turno será realizado no dia 26 de outubro. Após considerações essenciais sobre o papel do Deputado Estadual, hoje verificaremos o papel do DEPUTADO FEDERAL.


O PAPEL DO DEPUTADO ESTADUAL

A Bíblia é em específica ao revelar a responsabilidade do povo de Deus frente aos seus governantes (Rm 13.1-4; I Pe 2.13-14; Pv 8.15-16; Sl 82.3-4; II Sm 23.3; Lc 3.14; Mt 8.9-10; Rm 13.4.; Hb 5.4; II Cr 26.18; Mt 16.19; I Co 4.1-2; Jo 15.36; At 5.29; Ef 4.11-12; Is 49.23; Sl 105.15; I Tm 2.1-3; II Pe 2.17; Mt 22.21; Rm 13.2-7, Rm 13.5; Tt 3.1; At 25.10-11; II Tm 2.24).

Em 2014 o primeiro turno das eleições acontecerá no dia 5 de outubro. Serão eleitos ou re-eleitos um presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Como sabemos, caso nenhum dos candidatos aos cargos de presidente e governador atinjam mais de 50% dos votos válidos, um segundo turno será realizado no dia 26 de outubro. Assim, no preparo para esses importantes dias da nação, resumiremos o papel do DEPUTADO ESTADUAL.


O PAPEL POLÍTICO DO PREFEITO


Desde que iniciei o blog e passei a escrever alguns artigos sobre política procurei trazer a memória do leitor as responsabilidades inerentes aos cargos políticos para os quais todo cidadão brasileiro vota e pode ser votado. Dentre outros artigos, aqui já descrevi os papéis do Presidente da República, do Governador, do Senador, dos Deputados Federal e Estadual e Vereadores. Logo verifiquei que faltava ainda uma importante reflexão: o papel político do Prefeito. Às vésperas do pleito, é o que proponho realizar nas linhas adiante.

1. Quem é o Prefeito?

Em suma, o Prefeito é um administrador municipal. Ele é parte integrante do Poder Executivo local. Ele é o chefe da prestação do serviço público de qualidade. Naturalmente, deve ser assíduo no cumprimento de seus deveres que já há mais de 177 anos estão bem configurados no Brasil.

2. Quais os requisitos essenciais para alguém ser Prefeito?

Além das qualificações morais, éticas, religiosas e/ou filosóficas que o eleitor notará, o candidato a Prefeito necessita cumprir uma série de exigências legais, tais como: deve ser brasileiro (ou português), ter a idade mínima de 21 anos, domicílio eleitoral na circunscrição na qual o candidato se apresenta (pelo menos por um ano), estar com a documentação pessoal em dia (principalmente o Título de Eleitor), gozar plenamente dos direitos políticos, ser filiado a um partido político, ser alfabetizado e não pode ocupar cargo público durante o pleito (pelo menos seis meses antes).

3. Quais as principais funções do Prefeito?

Administrar a cidade, cuidar da limpeza das ruas e locais públicos, fazer cumprir as leis, fazer com que a saúde atenda à toda a população, fazer com que os impostos e taxas sejam cobrados, realizar obras e serviços essenciais para a vida na cidade, cuidar da educação básica das crianças da cidade, manter a limpeza e a iluminação públicas, atentar para a segurança do município; manutenção de ambulâncias e carros a serviço do município; buscar fontes de recursos para a melhoria das condições de vida da população; promover a instalação de novas empresas no município para gerarem empregos. Enfim, são inúmeras as funções.

Faço minhas as palavras de Alexandre Curriel: "Não basta desempenhar com legalidade, mas sim administrar com presteza, oferecendo serviços públicos ágeis à satisfação das necessidades locais. Nota-se que a eficiência, além de abranger a presteza e economia, comporta perfeição e produtividade daquele que exerce o cargo ou função pública na cidade, adequando tecnicamente suas ações aos objetivos da administração pública local".


Pense bem antes de votar. O Prefeito que o município precisa deve atender todas as demandas, mas principalmente da Educação, investindo na construção e preservação de creches, escolas e projetos estratégicos, bem como da Saúde, garantindo os recursos necessários para hospitais e postos de saúde.

Agora, lembre-se do ditado popular: "uma andorinha só não faz verão". O Prefeito não faz nada sozinho. Dependerá, e muito, dos vereadores eleitos e de todos aqueles investidos em cargos de confiança. Estejamos atentos e desejosos de dias melhores para nossa cidade.

Rev. Ângelo Vieira da Silva