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OS ANJOS SÃO SERES RACIONAIS E MORAIS (4/48)


O entendimento deste último aspecto da natureza angelical envolve o reconhecimento de um estado original beatífico dos anjos que, testados, se constituem como eleitos ou reprovados. É aqui que se estabelece a dicotomia santos anjos e demônios, anjos do céu e caídos, espíritos ministradores e espíritos malignos, anjos bons e maus. Ouça e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.

MOISÉS, SEU CORPO E A DISPUTA DE SATANÁS - REV. AUGUSTUS NICODEMUS


Corte de um momento de perguntas e respostas da EBD da Christ The King United Presbyterian Church, moderado pelo Pr. Ângelo Vieira. Nesta oportunidade, o Rev. Augustus responde sobre a salvação de Moisés e o que ocorreu com o seu corpo após a sua morte (a disputa de Satanás junto a Miguel), incluindo a explicação do porquê da citação de livros apócrifos na Bíblia. Ouça e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.

OS ANJOS SÃO SERES RACIONAIS E MORAIS (4/48)

 

Os Anjos são Seres Racionais e Morais. Esse duplo aspecto fundamenta a vontade angelical, suas escolhas e decisões, seus propósitos e interesses, suas disposições e aspirações, seja para o bem ou para o mal. Ouça e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.

QUEM TENTOU O TENTADOR? DE ONDE VEIO O MAL EM SATANÁS? - REV. AUGUSTUS NICODEMUS

 

Corte de um momento de perguntas e respostas da EBD da Christ The King United Presbyterian Church, moderado pelo Pr. Ângelo Vieira. Nesta oportunidade, o Rev. Augustus responde sobre a origem do mal em Satanás, o que ocorreu semelhante na humanidade. Também explica sobre o arbítrio mutável antes da queda e, uma vez que Deus confirmou a decisão, como não há possibilidade de arrependimento para Satanás. Ouça e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.

QUEM ERA O ANJO QUE LUTOU COM JACÓ?


Corte de um momento de perguntas e respostas da EBD da Christ The King United Presbyterian Church, moderado pelo Pr. Ângelo Vieira. Nesta oportunidade o Rev. Augustus explica quem era o Anjo do Senhor que lutou com Jacó no Vau de Jaboque, apresentando os conceitos de teofania, cristofania, pré-encarnação e razões plausíveis para essa luta. Ouça, edifique-se e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.

O QUE É UMA LEGIÃO DE DEMÔNIOS?


Mesmo que os anjos sejam limitados e finitos por serem criaturas, possuem mais livre relação com o espaço e o tempo do que o homem. Em termos da possessão demoníaca, por exemplo, muitos seres angelicais caídos ocupam o mesmo espaço, o mesmo corpo. Recortes da série de estudos bíblicos dominicais sobre "Angelologia Bíblica". Ouça e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.

O CRISTÃO PODE SER POSSÚIDO PELO DIABO?

 

Existem pessoas que afirmam ter testemunhado crentes sendo possuídos por demônios na vida real. No entanto, é importante lembrar que a doutrina é baseada nas Escrituras, e não em experiências pessoais. Além disso, as Escrituras não registram nenhum caso de uma pessoa fiel a Deus sendo possuída por demônios. Ouça esta explicação e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.

OS ANJOS SÃO SERES ESPIRITUAIS E INCORPÓREOS (2/48)

 

Ordinariamente, a maioria dos textos bíblicos apresenta que os anjos não possuem estrutura física como os homens, pois são incorpóreos; são seres espirituais. Eis os argumentos principais: são chamados de espíritos, de forças espirituais, não têm carne nem ossos, não se casam, muitos cabem num espaço limitado e são invisíveis. Ouça e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.

ENDEMONINHADOS


Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca do ministério dos anjos eleitos em breves pastorais.

Após a série de estudos sobre a natureza e a organização angelicais, bem como a adoração dos anjos em relação ao Criador e seu serviço à Igreja, o foco de estudos voltou-se para os anjos reprovados. Dentre os vários nomes, títulos ou termos atribuídos ao mal, ofereço uma breve meditação acerca do sentido de "endemoninhados" na Escritura.

O termo “endemoninhado” (daimonizomai, gr.) designa uma pessoa que está possuída por um ou mais demônios, seres malignos a serviço de Satanás. Aparentemente, a expressão “tem demônio” (daimonion echein, gr.) é sinônima, ainda que seja também utilizada num sentido pejorativo em outros respectivos contextos (Mt 11.18; Lc 7.33; Jo 7.20; Jo 8.48-49, 52). Endemoninhados também seriam denunciados pelo modo de falar (Jo 10.21) e de agir (Mt 8.28). Naturalmente, seja pela primeira ou segunda expressões, subtende-se a máxima: não se dá crédito às palavras de um endemoninhado (Jo 10.20).

No contexto demonológico, a palavra “possessão” (echo, gr.) foi utilizada para referir-se ao controle exercido por Belzebu (Mc 3.22), demônios (Lc 4.33; Lc 8.27), espíritos imundos (Mc 1.23; Mc 3.30; Mc 5.2; Mc 7.25), espíritos malignos (At 19.16; At 16.16) ou de enfermidade (Lc 13.11; Mc 9.17) sobre os possuídos. Nas treze ocorrências pelo Novo Testamento (curiosamente somente nos evangelhos) vemos que os endemoninhados são pessoas terrivelmente hostilizadas por demônios, podendo inclusive expressar a consciência desses seres malignos, predominante, nestas circunstâncias.

Portanto, a Escritura demonstra que endemoninhados são pessoas possessas de espíritos malignos, demônios ou legiões (Mt 8.16; Mc 5.15). Observa-se que há uma relação entre endemoninhados e enfermidades de toda sorte (Mt 4.24; Mt 9.32; Mt 12.22; Mc 1.32; Mc 5.15-16). Deve-se perceber nesses textos que nem toda enfermidade vinha das possessões. 

Entender e acreditar nessa terrível realidade nos ajudara rejeitar conceitos céticos, que tratam tais possessões como teatro, desordens mentais ou mesmo uma mera tentativa judaica de explicar o mal que viam. A verdade é que Jesus veio para perdoar nossos pecados e libertar-nos de quaisquer opressões malignas (At 10.38; 1 Jo 3.8). Amém.

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, serafins, principados, potestades, poderes, tronos e domínios/soberanias), nomeados ou não (Gabriel, o arcanjo Miguel, Satanás), sejam eles eleitos (anjos que guardam) ou reprovados. Os anjos eleitos adoram a Deus audivelmente, ministram aos cristãos diversificadamente e servem como mensageiros propositadamente.

Rev. Ângelo Vieira da Silva


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OS ANJOS ELEITOS E SUAS MENSAGENS


Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca do ministério dos anjos eleitos em breves pastorais.

Após a série de estudos sobre a natureza e a organização angelicais, bem como a adoração dos anjos em relação ao Criador e seu serviço à Igreja, ofereço uma breve meditação acerca da visão geral das mensagens proferidas pelos anjos eleitos na Escritura. Trata-se de verificarmos como os anjos serviram como mensageiros, a essência e propósito do significado do hebraico “mal’ak” e do grego “angelos”, a saber, aquele “mensageiro ou representante” que vem da parte de Deus. Afinal, as criaturas angelicais têm uma mensagem divina cheia de propósito aos homens. “Que os anjos são espíritos celestiais, de cujo ministério e serviço Deus se utiliza para efetuar tudo que decretou, isso se lê em muitos lugares na Escritura” (Calvino).

Os anjos eleitos servem como mensageiros em muitas anunciações. Anunciar é um termo que se refere à comunicação, à divulgação de um fato. Dentre os muitos exemplos bíblicos, relembremos que um anjo (Gabriel) anunciou o nascimento profético de João (Lc 1.11, 13, 19), um anjo anunciou o nascimento virginal de Jesus a José em sonho (Mt 1.20) e à Maria através de Gabriel (Lc 1.26-27), um anjo anunciou o nascimento profético de Jesus aos pastores no campo (Lc 2.8, 10, 17) e, o mais difícil, os anjos anunciaram/administraram a Lei no Monte Sinai (At 7.53; Gl 3.19; Hb 2.2). Quanto a esse último fato, creio que a menção bíblica tem o fim de acusar os judeus na presença dos santos anjos, testemunhas naquela promulgação, provando que são culpados por terem transgredido a santa Lei de Deus.

Os anjos eleitos também servem como mensageiros em advertências. Advertir é o mesmo que chamar a atenção no intuito de avisar, de prevenir; como representado na expressão bíblica neotestamentária “acautelai-vos”. Relembre: um anjo intérprete advertiu Zacarias da maldição, da iniquidade humana e as consequências que viriam sobre a nação no contexto pós-exílico (Zc. 5.1-11). Um anjo do Senhor apareceu a José, em sonho, e o advertiu (Mt 2.13). Um anjo poderoso advertiu o apóstolo João que não tardará o fim (Ap 10.5-7). Inclusive, na sequência dos sete selos, sete trombetas, sete taças, sete flagelos e sete trovões, João vê um anjo que adverte a iminência do fim, do juízo.

Os anjos eleitos servem igualmente como mensageiros para instruções (ou revelações). Instruir, em termos gerais, engloba a transmissão de conhecimentos que formarão as bases decisórias de alguém. Nas Escrituras, geralmente, muitas instruções angelicais são de caráter revelatório. Vejamos alguns exemplos: Gabriel instruiu Daniel acerca do futuro de Israel. O proeminente anjo aparece em duas passagens bíblicas no livro do profeta Daniel (Dn 8.16; Dn 9.21). Já no Novo Testamento, a visão do centurião Cornélio é repleta de instruções. Aquele servo de Deus, um importante oficial romano que comandava cem homens (coorte), observou claramente, cerca da hora nona do dia (hora da oração judaica, 15h, At 3.1), um anjo de Deus que se aproximou dele e lhe deu orientações quanto ao apóstolo Pedro. 

Os anjos eleitos servem como mensageiros para encorajamento. Encorajar é uma palavra que envolve estímulo, incentivo, ânimo. Obviamente, o encorajamento espiritual é aquele que nos suprirá em todas as esferas da vida... Há um ditado que diz: “se quiser ficar desapontado, olhe para os outros; se quiser ficar desanimado, olhe para si mesmo, se quiser ficar encorajado, olhe para Jesus”. Dito isso, rememore: a angústia da aproximação do sacrifício do Cordeiro de Deus revela um anjo confortando Jesus no Getsêmani (Lc 22.42-44). Um anjo encorajou o apóstolo Paulo frente ao seu comparecimento perante César (At 27.22-25); antes, diante de uma tempestade marítima e todos os medos e perdas que poderiam sobrevir, Paulo recebeu o encorajamento divino através de um anjo (At 23.11; At 18.9-10; At 22.17-19).

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, serafins, principados, potestades, poderes, tronos e domínios/soberanias), nomeados ou não (Gabriel, o arcanjo Miguel, Satanás), sejam eles eleitos (anjos que guardam) ou reprovados. Os anjos eleitos adoram a Deus audivelmente, ministram aos cristãos diversificadamente e servem como mensageiros propositadamente.

Rev. Ângelo Vieira da Silva


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OS DEMÔNIOS


Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca das ações dos anjos reprovados em breves pastorais

Após a série de estudos sobre a natureza, a organização e ministério angelicais, bem como um profundo exame acerca da relação entre “anjos eleitos e reprovados” (e o sentido bíblico do nome “Satanás”), inicio uma breve reflexão sobre aqueles que estão ao lado do adversário. Trata-se da demonologia,  o estudo sobre a existência e a maléfica atividade espiritual dos anjos reprovados. Provavelmente, as raízes ou principais bases históricas desse estudo teológico cristão estão em Tertuliano (150 d.C.) e/ou Crisóstomo (407 d.C.).

Inicialmente, é importante que conheçamos os principais termos que fazem alusão aos seres angelicais das trevas. Sim, há diversos nomes bíblicos que designam os anjos reprovados, as designadas forças espirituais do mal (Ef 6.12). Começaremos pelos "demônios".

O termo “demônio” (daimonion, gr.) é  característico no Novo estamento e designa, essencialmente, os “ministros do mal”. A palavra é derivada de “daimon” (gr.), usada para deuses pagãos. Creio que o Antigo Testamento (sa‘iyr, shed, heb.) usa um sentido semelhante (Lv 17.7; Dt 32.17; Sl 106.37), ainda que seja o termo seja utilizado em outros contextos para o um animal sacrificial, cabrito ou bode, ou uma junção de ambos os aspectos (Lv 16.8, 10, 26; Is 13.21; Is 23.13; Is 34.14; II Cr 11.15).

Nas 58 ocorrências pelo Novo Testamento (e 03 no Antigo Testamento) vemos que os demônios são hostis ao Deus verdadeiro e aos homens. Em síntese, os demônios creem em Deus (Tg 2.19; Lc 4.41) e recebem sacrifícios como falsos deuses (Lv 17.7; Dt 32.17; Sl 106.37; 1 Co 10.20-21; Ap 9.20). São liderados (Mt 9.34; Mt 12.27; Mc 3.22; Lc 11.15; Ap 16.13-14) e podem atuar em grupo (Mc 16.9; Lc 8.2, 27, 30, 35, 38). Enganam com falsos ensinos (Mt 7.22; 1 Tm 4.1) e possuem um conhecimento e força sobre-humanos (Mt 8.29; Tg 2.19; Mc 5.3-5). Além de possuir as pessoas causando-lhes sofrimento (Lc 4.33-35), entraram em porcos (Lc 8.33). Cristo não tinha demônio (Jo 7.20; Jo 10.20), mas todos os demônios estão sujeitos à Ele (Mt 8.31; Mc 1.34; Lc 4.41; Lc 9.1; Lc 10.17-19). Eles podem ser expelidos (Mt 7.26, 29-30; Mt 8.31; Mt 9.33-34; Mt 10.8; Mt 12.24, 28; Mt 17.18; Mc 1.34, 39; Mc 3.15; Mc 6.13; Mc 9.38; Mc 16.17; Lc 9.49; Lc 11.14, 20; Lc 13.32). A grande Babilônia apocalíptica é a morada dos demônios (Ap 18.2) e a sabedoria que se opõe a do alto é adjetivada como demoníaca (Tg 3.15).

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, serafins, principados, potestades, poderes, tronos e domínios/soberanias), nomeados ou não (Gabriel, o arcanjo Miguel, Satanás), sejam eles eleitos (anjos que guardam) ou reprovados (demônios).

Rev. Ângelo Vieira da Silva

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OS ANJOS ELEITOS E A IGREJA DE JESUS

Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca do ministério dos anjos eleitos em breves pastorais.

Após a série de estudos sobre a natureza e a organização angelicais, bem como a adoração dos anjos em relação ao Criador, ofereço uma breve meditação acerca do serviço dos anjos eleitos em relação à Igreja. Explico melhor: se o primeiro aspecto do ministério angelical se refere a Deus, o segundo se aplica aos cristãos. Dito isto, veremos que o conjunto de atribuições bíblicas dadas aos anjos ao ministrarem à Igreja revela um serviço diversificado e obediente.

Os anjos eleitos são chamados "espíritos ministradores" (Hb 1.14). A palavra “ministradores” (leitourgikos, gr.) se relaciona a realização de um serviço sagrado, como nos casos de Zacarias e Paulo (Lc 1.23; Rm 15.16; 2 Co 9.12). É por isso que os anjos eleitos também são chamados “ministros” (sharath, heb.), termo retomado no contexto de Hebreus a partir dos Salmos (Hb 1.7; Sl 104.4; Sl 103.21). Além disso, dentro do mesmo versículo inicial, são "enviados" (apostello, estão “debaixo de uma missão”) "para o serviço" (diakonia, atender uma necessidade) daqueles que hão de herdar a salvação.

Os anjos eleitos também coparticipam da alegria pela conversão de um pecadorO evangelista Lucas registra uma fala de Jesus que sustenta tal afirmação (Lc 15.10). É bem provável que tenhamos aqui um grande esclarecimento. Considerando todos aqueles que defendem a alegria compartilhada pelos anjos, por Cristo ou até pelo Espírito Santo, nas muitas tentativas de explicação da parábola, creio que o Deus Triúno como a fonte da salvação e os santos anjos como expectadores perspicazes, manifestam o regozijo pela conversão de um pecador coletivamente. Afinal, a comemoração pelo encontro da ovelha foi coletiva (pastor, amigos e vizinhos; Lc 15.6), a comemoração pelo encontro da dracma foi coletiva (mulher, amigas e vizinhas) e, pelo contexto anterior, permeia “o céu” (Lc 15.7). 

Os anjos eleitos testemunham a obediência da Igreja. Essencialmente, dois textos bíblicos sustentam essa afirmação. É evidente que muitas outras passagens dão o mesmo entendimento, todavia, escolho duas em virtude de serem mal interpretadas (1 Co 11.10; 1 Tm 5.21). Resumidamente, depois de avaliar muitas possibiliddades, entendo que tais passagens revelam a presença real dos santos anjos na vida da igreja e, principalmente, no culto. O primeiro texto é uma explanação da conduta apropriada no culto público, tanto dos homens como das mulheres, para que nenhum deles causem desonra à igreja e a Cristo. No segundo texto Paulo cita os anjos eleitos por testemunhas de sua ordenança porque estes estarão presentes no dia do juízo, o que está de acordo com o contexto das cartas (2 Tm 4.1; 2 Tm 2.14) e do Novo Testamento (Mt 16.27; Mt 24.31-33; Mt 25.31; Lc 9.26; 2 Ts 1.7; Ap 14.10; dentre outros).

Os anjos eleitos defendem o povo de Deus. Creio que está esclarecido o serviço protetor dos anjos quanto ao povo escolhido de Deus, seja no contexto de Israel, seja na missão da Igreja (o acampar do Sl 34.7; o guardar do Sl 91.11; os carros de II Re 6.15-17; a proteção dos leões de Dn 6.22; o príncipe de Dn 10.13, 20; guardando os pequeninos Mt 18.10; o livramento de At 5.19; dentre outros). Todos esses textos bíblicos foram explicados nos tópicos anteriores. Louvado seja o Senhor pois a mesma realidade continua em nossos dias.

Os anjos eleitos nos acompanharão até o fim (Lc 16.22). Fundamentar doutrinas em parábolas é demasiadamente perigoso. Entretanto, pensar que as parábolas não corroborem doutrinas pode ser igualmente danoso. Reconheço, porém: é uma tese. É preciso dizer que não há outros textos bíblicos que a amparem claramente. É bem possível que assim seja, pois não vejo motivo para Cristo utilizar na parábola um conceito contraditório à verdade. Assim como Biblly Graham, Matthew Henry, João Calvino e muito outros bons teólogos, creio que os anjos são espíritos enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação “não só enquanto eles vivem, mas também quando eles morrem”.

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, serafins, principados, potestades, poderes, tronos e domínios/soberanias), nomeados ou não (Gabriel, o arcanjo Miguel, Satanás), sejam eles eleitos (anjos que guardam) ou reprovados. Os anjos eleitos adoram a Deus audivelmente e ministram aos cristãos diversificadamente.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

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OS ANJOS ELEITOS ADORAM A DEUS


Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca do ministério dos anjos eleitos em breves pastorais.

Após a série de estudos sobre a natureza e a organização angelicais, ofereço uma breve meditação acerca da adoração dos anjos em relação ao seu Criador. Nas distinções entre um serviço ordinário e outro extraordinário, adorar a Deus é um aspecto essencial do ministério dos anjos eleitos. A Escritura oferece fundamentos para entendermos que os anjos adoram a Deus audivelmente, conquanto não possamos fazer ideia de como os anjos falam e cantam. Essa premissa é importante em virtude de se ouvir, muitas vezes, que anjos não adoram; muito menos audivelmente.

Os anjos eleitos cantam e rejubilam (Jó 38.6-7), palavras que, no desenvolvimento da revelação, são usadas para louvar o Eterno. Eles clamam (Is 6.3), executam sonoras proclamações antifônicas de louvor ao Santíssimo Rei. Os anjos também bendizem (Sl 103.20-21), num coro de louvor de toda a criação. Eles louvam (Sl 148.2; Lc 2.13-14),  proclamam em grande voz (Ap 5.11-12; Ap 4.8), glorificam, honram e rendem ação de graças (Ap 4.9). Se considerarmos esses textos do último livro da Bíblia, veremos que a adoração angelical envolve glória (2 Pe 1.17), honra (Hb 2.7, 9; Hb 3.3), ações de graças, poder/força (Fp 2.9-11), riqueza (Rm 10.2; 2 Co 8.9), sabedoria (1 Co 1.24, 30; Cl 2.3) e louvor àquele que é Digno, Santo, o Senhor Deus Todo-Poderoso. Portanto, ao estudarmos detalhadamente cada uma destas referências bíblicas teremos um firme fundamento para entendermos que os anjos eleitos adoram a Deus.

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, serafins, principados, potestades, poderes, tronos e domínios/soberanias), nomeados ou não (Gabriel, o arcanjo Miguel, Satanás), sejam eles eleitos (anjos que guardam) ou reprovados. Os anjos eleitos adoram a Deus audivelmente.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

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ANJOS DA GUARDA


Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca da organização dos seres angelicais em breves pastorais.

Ao final da série de estudos sobre a organização angelical ofereço uma breve meditação acerca do fenônomo religioso que envolve os chamados "anjos da guarda". Lembremos que por “organização” busca-se compreender o “sistema”, “o modo pela qual se organizam” os seres angelicais, isto é, a estrutura na qual são designados. Dentro desse aspecto fundamental, a angelologia bíblica oferece fundamentos para crermos que Deus organizou os seres angelicais em classes ou categorias, ordens ou graus, multidões ou companhias, como uma hierarquia. Após aprendermos sobre os querubins e serafins, principados, potestades, poderes, tronos e domínios/soberanias, bem como sobre Gabriel, Miguel e o adversário, Satanás, o Diabo, endireitemos a visão quanto à guarda dos anjos (obviamente, os eleitos).

Creio que este assunto, "anjos da guarda", não se trata, essencialmente, de uma doutrina genuinamente bíblica ou um aspecto inerente da organização angelical. O apresento em virtude da sua relevância, considerando que muitos cristãos protestantes “acreditam” em anjos da guarda. É verdade que a expressão “anjo da guarda” não aparece em nenhum texto da Escritura. Isso, entretanto, não oferece fundamento suficiente para excluirmos a ideia teológica. É preciso aprofundar mais, examinar os possíveis textos bíblicos que a sustentem, bem como apresentar sua origem dogmática.

É fato que algumas expressões bíblicas podem sugerir a existência de uma classe angelical específica “de guarda” ou mesmo que existem anjos para cada pessoa, que cuidam da mesma sob as ordens do Senhor. Há duas passagens principais nesse interim: “Eles lhe disseram: Estás louca. Ela, porém, persistia em afirmar que assim era. Então, disseram: É o seu anjo” (At 12.15); “vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste” (Mt 18.10).

Quanto ao texto do livro de Atos dos Apóstolos, que trata dos eventos extraordinários realizados por um único anjo para a libertação de Pedro, temos unicamente a confirmação da existência de uma crença supersticiosa muito comum aos judeus. É importante registrar que já no judaísmo primitivo havia a crença em anjos que guardavam nações e pessoas. Eis a razão pela qual Rode, a mulher que atendeu a porta, pensou se tratar do anjo de Pedro, considerando o pensamento que o anjo da pessoa assumia a aparência da mesma que era guardada por ele (talvez o mesmo caso ocorra em Mt 14.26). Eram os chamados “anjos da face”, assim como o arcanjo Miguel era retratado como “príncipe da face”.

Quanto ao texto do Evangelho de Mateus, que trata dos pequeninos, sejam eles infantes ou neófitos/discípulos, a expressão “seus anjos” não deve ser tomada sob uma perspectiva particular, mas geral, abrangente, focada no grupo em questão. Jesus fala de cristãos e seus anjos no sentido coletivo. Portanto, fundamentar a crença em anjos da guarda nesse texto (essencialmente particulares) não faz sentido. 

Entendo que essas citações bíblicas e muitas outras mais abrangentes não amparam o conceito de “anjo da guarda”, pelo contrário, reforçam o princípio bíblico de “anjos que guardam” ou “anjos que guardaram”. Há muita diferença entre a primeira e as demais expressões. “E evidente que Deus emprega seus anjos de diferentes maneiras, pondo um só anjo sobre várias nações e também vários anjos sobre um só homem” (João Calvino).

Em nossos dias “anjo da guarda” é um conceito católico-romano que se refere a ideia de que o Senhor concede a cada cristão ou pessoa um anjo específico que o guarda, o que pode ocorrer em seu nascimento ou a partir de sua salvação. Tal anjo estaria encarregado de proteger e cuidar da pessoa em momentos perigosos. Inclusive, há celebrações, orações, medalhas, terços, anéis e imagens destinadas a esses seres angelicais. Cito o catecismo católico romano: “61. Como é que os anjos estão presentes na vida da Igreja? A Igreja une-se aos anjos para adorar a Deus, invoca a sua assistência e celebra liturgicamente a memória de alguns. ‘Cada fiel tem ao seu lado um anjo como protector e pastor, para o conduzir à vida’ (S. Basílio Magno)”. Também é verdade que em dias mais recentes a doutrina romana dos “anjos da guarda” foi incorporada a movimentos espiritualistas, conectando-os ao horóscopo, a terapia de cores, a simpatias com seus pseudo-nomes, a campanhas de troca do anjo ou de como descobrir seu anjo da guarda... enfim, eis um complexo caminho de sucessivos erros e enganos.

Creio que os anjos guardam o povo de Deus indistintamente sob a ordem do Senhor. Não há particularidades, mas apenas aspectos da providência nos quais Ele pode ou não usar os seres celestiais. Afinal, são todos eles espíritos ministradores (Hb 1.14; Lc 16.22; Sl 34.7). Portanto, cuide-se! Não há anjos da guarda ou um anjo especial para você. Não há anjos que regem sua vida pelo dia que você nasceu ou se converteu. Deus é, em primeiro lugar, aquele que te guarda e que, soberanamente, te sustem pelo caminho. Os métodos, os meios ou as circunstâncias em que Ele operará a sua vontade não nos cabe buscar, mas apenas compreender e agradecer, sejam através de anjos ou não.

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, serafins, principados, potestades, poderes, tronos e domínios/soberanias), nomeados ou não (Gabriel, o arcanjo Miguel, Satanás), sejam eles eleitos (anjos que guardam) ou reprovados.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

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