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OS QUERUBINS


“E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir [chama] de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gn 3.24).

Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca da organização dos seres angelicais em breves pastorais.

Por “organização” busca-se compreender o “sistema”, “o modo pela qual se organizam” os seres angelicais, isto é, a estrutura na qual são designados. Dentro desse aspecto fundamental, a angelologia bíblica oferece fundamentos para crermos que Deus organizou os seres angelicais em classes ou categorias, ordens ou graus, multidões ou companhias, como uma hierarquia. Comecemos pelos querubins.

Alguns textos falam de anjos denominados “querubins” (keruwb, heb., cheroubim, gr.). O termo hebraico tem origem no verbo “guardar, cobrir”, o que parece ser sua principal função. Afinal, os querubins foram colocados para guardar o caminho da árvore da vida no Éden (Gn 3.24), guardar o propiciatório e o Santo dos santos, uma decoração simbólica (Ex 25.18-20; Hb 9.5; I Re 6.23-29), e ladear o Trono de Deus (Ap 4.6-8), como guardando o acesso ao Trono.

A partir dessa última leitura bíblica destaco que tanto o discípulo João como o profeta Ezequiel descreveram visões de querubins quase idênticas (Ez 1.1-28; Ez 10.1-22; Ap 4.6-8). Esses seres angelicais, vistos como “quatro seres viventes”, tem sido objeto de bastante de discussão. Deixando de lado a alegoria e verificando-se os textos bíblicos acima, compreenderemos que, apesar de certas diferenças, “os quatro seres viventes” são os Querubins (Ez 10.20, 14; Ez 1.10) ou Serafins, visto que a canção e as asas deles são a canção e as asas dos anjos (Is 6.1-4). Pessoalmente, defendo a tese dos querubins.

De fato, esses anjos são representados como seres vivos em várias formas, descrições simbólicas que revelam o seu extraordinário poder. O sentido é esse: os quatro seres viventes são descritos como leão (por força), novilho (por serviço), homem (inteligência) e águia (rapidez), que são, de fato, as características bíblicas dos anjos. Além disso, os querubins também foram representados, com várias asas e voando com Deus (II Sm 22.11; Sl 18.10; Ez 1.6, 11, 16-17; Ez 10.8; Is 91.1; Sl 104.3) ou como sustentando uma carruagem do Senhor (Ez 9.3). Alguns até sugerem que Satanás seja um querubim caído (Ez 28.14, 16), mas o texto bíblico é discutível.

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, etc.), sejam eles eleitos ou reprovados.

Rev. Ângelo Vieira da Silva
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O CRISTÃO PROTESTANTE E A FESTA JUNINA


Perguntam-me: pode o cristão protestante participar das comemorações alusivas à festa junina? Bem, creio que membros de igrejas protestantes não deve participar das chamadas festas juninas ou “festa dos santos populares”. Esse último nome exprime tudo. A partir do ensino das Escrituras Sagradas, os cristãos protestantes não celebram, homenageiam, louvam, cultuam, exaltam ou adoram seus conservos (Cl 4.7), mas unicamente a Deus. Nem mesmo anjos merecem esse tipo de veneração (Ap 19.10; Ap 22.9). Essa comemoração é cristã romana e não se enquadra nos princípios de fé protestantismo histórico. É celebrada por católicos romanos e não por presbiterianos, por exemplo. É cultura? Sim, porém, “romanizada”. A mistura, o sincretismo religioso, é perigoso e danoso.

Comemorada em muitas partes do mundo, tal festa, aparentemente pagã, foi cristianizada na Idade Média, direcionada a João, por isso, “Festa de São João” (festejado em 24/06). O conceito cristão romano incorporou ainda “São Pedro”, “São Paulo” (ambos celebrados em 29/06, festa litúrgica também chamada “Solenidade dos Santos Pedro e Paulo”) e “Santo Antônio” (comemorado em 13/06).

A veneração de santos é parte fundamental da teologia católica romana. Protestantes não veneram ou preiteiam santos. Fogem da idolatria disfarçada de homenagem. Seguem os mandamentos de Deus em Ex 20.3-5: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem”. Portanto, a festa junina remete à teologia romana dos santos. Protestantes enaltecem Cristo como o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). Como ensinou o Mestre em Lucas 4.8, “está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto”.

O próprio homenageado nas festas juninas, o conservo Paulo, ao abordar a mistura entre os cristãos de Corinto e as festas pagãs celebradas a outros ídolos, ensinou: “Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1 Co 10.19-22). 

Pense... O secularismo tem sido o responsável pela minimização da não-participação de evangélicos nesse “lazer”, incluindo até chamados “arraiais gospel”. Se é lazer, é desdourado pela teologia romana. Se é “estratégia” não é coerente com o ensino bíblico. No ambiente familiar, por exemplo, os pais devem orientar os filhos sobre o significado desta Festa. Como Protestantes, devem ensinar e não permitir a participação ou participarem desta festa cultural romana. É verdade que as festas juninas pós-modernas não enfatizam tanto a veneração aos santos como antes, todavia, não é mentira que a festa é destinada a venerá-los. Cristãos protestantes devem fugir destes festejos. 

E uma festa caipira? Bom, realizar esta festa nesse tempo criará uma associação com a festa romana. Protestantes precisam ser associados aos valores bíblicos eternos e não a festas romanas universais. O ideal é que a festa caipira, como uma festa temática, aconteça em outros meses do ano. Essa é uma posição moderada, prudente, ideal.

Fogueiras, pipoca, pé-de-moleque, danças, bolos de fubá, quebra-queixo, canções, canjicão e outros símbolos foram incorporados à festa romana, mas, em si, não deveriam ser vedados. São resultado da obra criativa de Deus em nós. Devem ser recebidos com ações de graças (1 Tm 4.3-4). O único cuidado necessário é recebê-los fora do ambiente das festas juninas. É um princípio de fé, a partir da regra de fé, com temor e tremor.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

OS ANJOS SÃO SERES NUMEROSOS


“Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia” (Hb 12.22).

Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca da organização dos seres angelicais em breves pastorais.

Por “organização” busca-se compreender o “sistema”, “o modo pela qual se organizam” os seres angelicais, isto é, a estrutura na qual são designados. Dentro desse aspecto fundamental, a angelologia bíblica oferece fundamentos para crermos que Deus criou uma numerosa quantidade de anjos e os organizou em classes ou categorias, ordens ou graus, multidões ou companhias, como uma hierarquia. É o que descreve a seguir.

A Bíblia não informa exatamente o número dos anjos que Deus criou (Hb 12.22), mas é certo que o elevado número é definido, pois não se aumenta nem diminui. A palavra “incontáveis” (murias, gr.) do texto de Hebreus não é uma referência a um número infinito, ou uma indicação que o Senhor continua criando anjos, porém, alude a “uma quantidade grandiosa”. Algumas expressões bíblicas expressam justamente essa grande quantidade de seres angelicais criados: miríades, milhares, milícia/exército, legião, legiões, milhões de milhões e milhares de milhares.

A palavra “incontáveis” (murias, gr.) também foi traduzida por “miríades” (Dt 33.2; Dn 7.10; Jd 1.14), podendo se referir a um grupo de dez mil ou a uma multidão incontável. Assim como “incontáveis” não é referência para um número infinito, “vinte mil” não é uma referência ao número finito de anjos (II Re 6.17; Sl 68.17). Basta a leitura dos textos no bojo desse aspecto para compreender esse fato. Ademais, em muitos textos bíblicos os anjos são associados como “exércitos” ou “milícia celestial” (Sl 103.20-21; I Re 22.19; Lc 2.13). Ambas as palavras designam uma tropa militar organizada e grandiosa. Daí nosso Deus ser chamado de o “Senhor dos Exércitos” (I Sm 1.11). Ora, uma outra expressão militar é usada para identificar a quantidade numerosa de anjos: o termo “legião” ou “legiões” (Mc 5.9, 15; Mt 26.53; Sl 148.2). Tendo em vista o grande tamanho de uma legião (entre seis e sete mil soldados), o termo passou a designar uma multidão organizada. Esse grande ajuntamento angelical é visto por João quando o mesmo teve a visão apocalíptica do livro com sete selos, passando a ouvir a voz de “milhões de milhões e milhares de milhares”. Era a voz de muitos anjos (Ap 5.11).

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais e numerosos, sejam eles eleitos ou reprovados.

Rev. Ângelo Vieira da Silva
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OS ANJOS SÃO SERES ELEITOS OU REPROVADOS


Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca da natureza dos seres angelicais em breves pastorais.

Por “natureza” busca-se compreender a essência, o conjunto de características próprias dos anjos, isto é, o que os constitui em seu cerne, bojo, âmago. Dentro desse aspecto fundamental, a angelologia bíblica oferece fundamentos para crermos que os anjos são seres eleitos ou reprovados, o que estabelece a dicotomia santos anjos e demônios, anjos do céu e caídos, espíritos ministradores e espíritos malignos, anjos bons e maus. Deus fez todas as coisas segundo seu propósito, “conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11), inclusive os seres angelicais. Assim, como bem declarou Wayne Grudem, teólogo de Cambridge, “os anjos são prova de que o mundo invisível é real”.

Todos os anjos tiveram um estado original. A pouca informação que a Bíblia oferece acerca disso está no Novo Testamento: “e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia” (Jd 6). Veja: após descrever a rebeldia do povo que saiu do Egito, Judas narra uma rebeldia angelical diante desse estado. Ora, ao fim de Sua obra criadora, viu Deus tudo quanto fizera e eis que era muito bom. Todos os anjos fazem parte desse contexto beatífico, mas alguns abandonaram esse estado deliberadamente. Assim, como retrata o exegeta Simon Kistemaker, “de posições de autoridade passaram a ser prisioneiros em algemas eternas”.

Os anjos que pecaram foram condenados. O texto acima declarou: “ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia”. Note que aqueles que não “guardaram seu estado original” estão “guardados sob trevas”. Não há fundamentos bíblicos suficientes para definirmos objetivamente a natureza do pecado angelical, apenas indicações gerais (1 Jo 3.8; 1 Tm 3.6; Jo 8.44). Nem Judas, nem Pedro ou outro autor bíblico se preocupam com tais detalhes. Entretanto, os textos bíblicos aclaram a condenação dos anjos que abandonaram o seu domicílio: Deus não os poupou e reservou um lugar para eles (2 Pe 2.4; Ap 20.10; Mt 25.41).

Por outro lado, os anjos que não pecaram são chamados de eleitos. Ora, uma parte dos anjos não se ensoberbeceu, não abandonou seu domicílio e guardou seu estado original. Ao escrever a Timóteo, Paulo faz um apelo em nome de Deus, do Senhor Jesus e “dos anjos eleitos” (1 Tm 5.21). O apóstolo queria que Timóteo manifestasse um testemunho solene diante do Santo Deus (o Supremo Juiz), do Santo Filho (o Advogado fiel) e dos santos anjos (testemunhas do julgamento). Mais uma vez, a citação dos anjos eleitos referenda sua presença no julgamento final (Mt 25.31; Ap 14.10).

De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, sejam eles eleitos ou reprovados.

Rev. Ângelo Vieira da Silva
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COMO JEJUAR?


A prática do jejum é fundamentada no desejo espiritual de agradar a Deus, “um anelo por Deus” (John Piper). Esse foi o questionamento do Senhor ao povo nos dias do profeta Zacarias e Isaías (Zc 7.5; Is 58.5). Jejum agradável é jejum aceitável por Deus. "O jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo antes, durante e depois de seu jejum. Mas, jejuar mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se mais suscetível ao Espírito de Deus" (Kenneth Hagin, acredite!). Portanto, jejuar de forma a agradar a Deus envolve algumas disposições que descreverei abaixo.

Seja discreto. Foi o que Jesus ensinou, contrapondo-se à prática hipócrita de revelar que se está jejuando para ser reconhecido pelos homens (Mt 6.16-18). O problema não é dizer que se está jejuando, mas fazê-lo para parecer aos homens que se jejua, uma postura egoísta e fingida. A discrição do cristão fiel será recompensada pelo Senhor. Como expressou W. Dyer, Jesus “jejuou quarenta dias para poder banquetear-se conosco por toda a eternidade”.

Esteja em oração. Em muitos textos o jejum está intimamente ligado à oração. Dentre muitos exemplos, lembre-se da profetisa Ana (Lc 2.36-37), do profeta Daniel (Dn 9.3) e do copeiro Neemias (Ne 1.4). “Orar não é tanto submeter nossas necessidades a Deus, mas submeter nós mesmos a ele”. Nesse caso, jejum sem oração é mera dieta.

Tenha cautela. É certo que as Escrituras apresentam noções para o jejum que agradará a Deus. Porém, é necessária certa cautela diante de alguns textos. “Um erro da espessura de um fio de cabelo afasta-nos cem quilômetros do alvo”. Creio, por exemplo, que o primeiro jejum citado na Bíblia, o de Moisés (Ex 34.28), e o jejum de Elias (I Re 19.8) foram momentos extraordinários da história bíblica e não, necessariamente, uma prática ordinária para os cristãos de hoje. Igualmente, não vejo o comportamento de Daniel diante dos manjares do rei Nabucodonosor como o jejum clássico dos judeus (Dn 1.8, 12), mas como experiência para o cozinheiro-chefe do rei e medida de fidelidade ao Rei dos reis. Acautele-se e procure se informar corretamente sobre os princípios bíblicos aplicáveis ao jejum. É possível jejuar errado, desagradando a Deus, tal como expressa o jejum convocado por Jezabel (I Re 21.9-10).

Jejue parcialmente. Muito utilizado em privações de período prolongado, o jejum parcial é aquele que se realiza “por partes”, isto é, envolve abstenções selecionadas, seja na relação sólido-líquido, seja na escolha de um determinado tipo de alimento. Em razão disso, o jejum parcial é o mais exercitado por iniciantes ou por irmãos que estão impossibilitados que de se abster totalmente dos alimentos por questões médicas, por exemplo. Ao que parece, temos jejuns parciais atribuídos ao profeta Daniel (Dn 10.2-3), a Jonathas (I Sm 20.34) e a Jesus (Lc 4.2). No texto do profeta diz-se, exatamente, o quê se ficou sem ingerir: carne, vinho e manjar desejável. Provavelmente, Daniel se restringiu a uma dieta de frutas e legumes, ainda que não se possa bater o martelo. “Embora tenha escolhido o que aparentemente seja a forma menos rigorosa de jejuar, dedicou-se à ela por três semanas” (Luciano Subirá). Assim como no caso do filho de Saul, há quem interprete que o jejum de Jesus no deserto foi parcial, pois envolveu apenas o alimento, seja líquido ou sólido, pois “nada comeu naqueles dias”.

Jejue totalmente. Ao contrário do jejum parcial, o jejum total é a “abstinência completa”, de tudo, inclusive d’ água. As Escrituras Sagradas fazem poucas menções de jejuns totais, dada a dificuldade e necessidade de preparo que se exige. Jejuar sem a ingestão de água é difícil e até mesmo perigoso, daí a necessidade de cautela (Ed 10.6). Agora, o grande desafio desta forma é focar-se em censurar a carne enquanto natureza pecaminosa, não ao corpo como Templo do Espírito Santo. Ao que parece, os jejuns descritos em Ester (Et 4.16), Jonas (Jn 3.7) e por Paulo (At 9.9) foram desse tipo, dadas as circunstâncias de sua realização.

Rev. Ângelo Vieira da Silva