No próximo domingo, entre 8h00min e 17h00min, ocorrerá a eleição para as funções de prefeito e vereador dos municípios do Brasil. Uma jornada preparatória envolvendo o calendário eleitoral, registro e divulgação de candidatos, apresentação de estatísticas, normas e documentações, bem como disponibilização de pesquisas de opinião pública sobre o pleito e candidatos fizeram parte desse tempo. Tudo feito como preparação para o importante dia que está chegando. Diante disso, o propósito desta reflexão é contribuir com o exercício da Cidadania antes, durante e depois das eleições.
1) ANTES DAS ELEIÇÕES. Cidadania em foco. Até o dia do pleito é essencial que se conheça bem os candidatos e suas propostas. Fuja do “disse, me disse”. Conheça o que os candidatos almejam em diálogo franco com os seus projetos. No jogo político os partidos são como times de futebol que querem marcar gols e vencer a partida. Nesse tempo, a preferência política-partidária do eleitor norteará suas escolhas e poderá decidir o campeão. Por outro lado, o candidato precisa recordar que será um representante do povo. Deve aprender a ouvir como tal, mesmo que não seja agradável muitas proposições. Como a Constituição Brasileira legisla, “todo poder emana do povo e em seu nome é exercido”. Entre um e outro, a cidadania plena no gozo dos direitos/deveres civis e políticos carece de ser o ponto de convergência nas eleições em nosso país.
2) DURANTE AS ELEIÇÕES. Cidadania em voto. O voto é a expressão máxima da Cidadania. Procure ir cedo a sua sessão eleitoral para votar. Não se esqueça dos números de seu candidato à Prefeito (XX) e Vereador (YYYYY). Como já sabemos, a votação será mediante a urna eletrônica. Digite o número de seu candidato, confira a foto e aperte a tecla CONFIRMA. Caso tenha errado, acione a tecla CORRIGIR e insira o novo número. É importante relembrar que a distribuição de propaganda política no dia da eleição, a conhecida “Boca de Urna”, é ilícito penal eleitoral. Fundamentalmente, os cristãos precisam ser honestos em virtude da regra de fé que postulam. Como afirmou o escritor cristão John Blanchard, “a honestidade não é a melhor política - é a única”.
3) DEPOIS DAS ELEIÇÕES. Cidadania em loco. Independentemente do resultado das eleições, os cristãos comprometidos com as Escrituras Sagradas são convocados a “honrar o Rei” (1 Pe 2.17). A tradução do termo grego basileus remete aos líderes de um povo, príncipes, comandantes, senhores da terra, reis. Os cristãos, como cidadãos, devem estimar seus governantes, ajudá-los no desempenho de suas funções, orar com eles e por eles. Eis o exercício da Cidadania e do Cristianismo. Seja seu candidato vencedor ou não, é dever de todo cidadão se empenhar pelo bem de todos, do outro, da comunidade, da cidade, dos líderes e liderados.
Estou plenamente convencido que os candidatos eleitos estarão de conformidade com a vontade divina (Dn 2.21). Subscrevo, portanto, a proposição da Confissão de Fé da Igreja Presbiteriana do Brasil: “Deus, o Senhor Supremo e Rei de todo o mundo, para a sua glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis que lhe são sujeitos, e a este fim, os armou com o poder da espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores (Rm 13.1-4; 1 Pe 2.13-14)”.
Rev. Ângelo Vieira da Silva