A CONVERSÃO DE LÍDIA (Parte 2)
JESUS E A FAMÍLIA DE NAIM - PARTE 1
Primeira parte de uma série de devocionais a partir da narrativa de Lucas 7.11-17, na qual as relações de Jesus com uma família enlutada da cidade de Naim oferecem princípios para a nossa própria família e para a Igreja do Senhor. Ouça e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.
OS DEMÔNIOS
Estudar angelologia, ramo da teologia que estuda os seres angelicais, é um grande desafio. Ainda mais hoje, quando o ensino bíblico nos púlpitos é escasso e muitos cristãos podem ser facilmente iludidos por fundamentos teológicos dissimulados. Para evitar um desvio da verdade quanto ao tema, pretendo colaborar com a compreensão bíblica acerca das ações dos anjos reprovados em breves pastorais
Após a série de estudos sobre a natureza, a organização e ministério angelicais, bem como um profundo exame acerca da relação entre “anjos eleitos e reprovados” (e o sentido bíblico do nome “Satanás”), inicio uma breve reflexão sobre aqueles que estão ao lado do adversário. Trata-se da demonologia, o estudo sobre a existência e a maléfica atividade espiritual dos anjos reprovados. Provavelmente, as raízes ou principais bases históricas desse estudo teológico cristão estão em Tertuliano (150 d.C.) e/ou Crisóstomo (407 d.C.).
Inicialmente, é importante que conheçamos os principais termos que fazem alusão aos seres angelicais das trevas. Sim, há diversos nomes bíblicos que designam os anjos reprovados, as designadas forças espirituais do mal (Ef 6.12). Começaremos pelos "demônios".
O termo “demônio” (daimonion, gr.) é característico no Novo estamento e designa, essencialmente, os “ministros do mal”. A palavra é derivada de “daimon” (gr.), usada para deuses pagãos. Creio que o Antigo Testamento (sa‘iyr, shed, heb.) usa um sentido semelhante (Lv 17.7; Dt 32.17; Sl 106.37), ainda que seja o termo seja utilizado em outros contextos para o um animal sacrificial, cabrito ou bode, ou uma junção de ambos os aspectos (Lv 16.8, 10, 26; Is 13.21; Is 23.13; Is 34.14; II Cr 11.15).
Nas 58 ocorrências pelo Novo Testamento (e 03 no Antigo Testamento) vemos que os demônios são hostis ao Deus verdadeiro e aos homens. Em síntese, os demônios creem em Deus (Tg 2.19; Lc 4.41) e recebem sacrifícios como falsos deuses (Lv 17.7; Dt 32.17; Sl 106.37; 1 Co 10.20-21; Ap 9.20). São liderados (Mt 9.34; Mt 12.27; Mc 3.22; Lc 11.15; Ap 16.13-14) e podem atuar em grupo (Mc 16.9; Lc 8.2, 27, 30, 35, 38). Enganam com falsos ensinos (Mt 7.22; 1 Tm 4.1) e possuem um conhecimento e força sobre-humanos (Mt 8.29; Tg 2.19; Mc 5.3-5). Além de possuir as pessoas causando-lhes sofrimento (Lc 4.33-35), entraram em porcos (Lc 8.33). Cristo não tinha demônio (Jo 7.20; Jo 10.20), mas todos os demônios estão sujeitos à Ele (Mt 8.31; Mc 1.34; Lc 4.41; Lc 9.1; Lc 10.17-19). Eles podem ser expelidos (Mt 7.26, 29-30; Mt 8.31; Mt 9.33-34; Mt 10.8; Mt 12.24, 28; Mt 17.18; Mc 1.34, 39; Mc 3.15; Mc 6.13; Mc 9.38; Mc 16.17; Lc 9.49; Lc 11.14, 20; Lc 13.32). A grande Babilônia apocalíptica é a morada dos demônios (Ap 18.2) e a sabedoria que se opõe a do alto é adjetivada como demoníaca (Tg 3.15).
De um jeito ou de outro, os anjos sempre estiveram ao nosso redor. Seja na história ou nas estórias, na Bíblia ou em outros escritos religiosos, em filmes ou séries de televisão, os anjos estão lá. Assim, em meio a esse vasto e observável universo angelical, oro para que a Igreja de Jesus veja os seres angelicais como eles realmente são: seres criados, espirituais, incorpóreos, racionais, morais, poderosos, imortais, numerosos e organizados (querubins, serafins, principados, potestades, poderes, tronos e domínios/soberanias), nomeados ou não (Gabriel, o arcanjo Miguel, Satanás), sejam eles eleitos (anjos que guardam) ou reprovados (demônios).
Rev. Ângelo Vieira da Silva
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