O CRISTÃO E O MAL
CELEBRAR OU EVITAR: UMA RESPOSTA CRISTÃ AO HALLOWEEN
FEBE ERA DIACONISA?
QUIZ UNITED #07 - CÂNTICO DOS CÂNTICOS
O Quiz United é um programa de perguntas e respostas; leve, dinâmico e para toda a família. Apresentado pelo Pr. Ângelo Vieira, é uma produção da United TV, o canal da Christ The King United Presbyterian Church (CTK United). Ouça, edifique-se e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.
A EXTENSÃO DO PRIMEIRO MILAGRE DE ELISEU
QUIZ UNITED #06 - CARTA DE FILIPENSES
O Quiz United é um programa de perguntas e respostas; leve, dinâmico e para toda a família. Apresentado pelo Pr. Ângelo Vieira, é uma produção da United TV, o canal da Christ The King United Presbyterian Church (CTK United). Ouça, edifique-se e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.
A CRUZ É UM SÍMBOLO CRISTÃO? - REV. AUGUSTUS NICODEMUS #08
Corte de um momento de perguntas e respostas da EBD da Christ The King United Presbyterian Church moderado pelo Pr. Ângelo Vieira. Nesta oportunidade o Rev. Augustus demonstra que, biblicamente, os únicos símbolos bíblicos visíveis seriam a água do batismo, o pão e o vinho. Contudo, apresenta reflexões pertinentes sobre o uso da cruz por cristãos. Ouça, edifique-se e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.
QUIZ UNITED #05 - A JORNADA DOS DISCÍPULOS
O Quiz United é um programa de perguntas e respostas; leve, dinâmico e para toda a família. Apresentado pelo Pr. Ângelo Vieira, é uma produção da United TV, o canal da Christ The King United Presbyterian Church (CTK United). Ouça, edifique-se e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.
O DESERTO SOB AS ÁGUAS: ENTENDENDO OS SINAIS DOS TEMPOS
O deserto do Saara, conhecido por sua vastidão e aridez, tornou-se palco de um fenômeno inusitado: inundações. A notícia de chuvas transformando a areia em rios provocou curiosidade entre cristãos, levantando questões sobre uma possível conexão com as profecias bíblicas. Para a teologia reformada, que posso representar por estudiosos como William Hendriksen e Simon Kistemaker, interpretar tais eventos requer cautela e uma análise criteriosa das Escrituras. Mas será que tais fenômenos naturais podem ser vistos como sinais escatológicos?
Na escatologia reformada, Hendriksen e Kistemaker afirmam que a Bíblia não oferece previsões detalhadas de eventos geográficos como inundações em regiões específicas. Segundo Hendriksen, “os sinais descritos em passagens escatológicas não devem ser entendidos de forma excessivamente literal”. A inundação no Saara, portanto, não deve ser automaticamente associada ao cumprimento de alguma profecia. O que as Escrituras apontam são sinais mais amplos de um mundo que clama por redenção.
Ao observar as Escrituras, vemos que o deserto é frequentemente retratado como um lugar de provação e preparação espiritual. Moisés, Elias e Jesus passaram por deserto antes de grandes atos de redenção. No entanto, na Bíblia, eventos naturais como inundações podem simbolizar tanto julgamento como renovação. O dilúvio nos dias de Noé, por exemplo, trouxe destruição, mas também foi o prelúdio de um novo começo. Kistemaker, em seu comentário sobre Apocalipse, adverte que “os desastres naturais descritos no livro são símbolos de um mundo em constante estado de agonia”.
Ainda que esses fenômenos naturais sejam impressionantes, Kistemaker destaca que “o objetivo da escatologia não é identificar cada catástrofe como um sinal imediato do fim, mas nos preparar para a consumação final em Cristo”. Assim, a inundação do Saara deve ser vista mais como um lembrete da fragilidade do mundo criado do que como um indício específico da segunda vinda de Cristo. A Terra, como Paulo afirma em Romanos 8, geme como em dores de parto, aguardando sua redenção completa.
A teologia reformada nos chama à vigilância, mas também adverte contra especulações infundadas. Não há nas Escrituras um mandato para correlacionar cada fenômeno natural com um evento escatológico. O foco deve estar na obra redentora de Cristo e no chamado à santidade. Como Hendriksen enfatiza, “a certeza do retorno de Cristo não está em sinais visíveis, mas na promessa infalível da Palavra de Deus”.
Em suma, embora inundações no deserto possam parecer eventos extraordinários, a teologia reformada nos ensina a buscar uma interpretação bíblica equilibrada. Não devemos nos perder em conjecturas, mas sim manter nosso olhar fixo na promessa do Reino de Deus e na renovação de todas as coisas, que virá no tempo determinado por Ele.
Soli Deo Gloria.
Angelo Silva
A TEMPESTADE COMO MENSAGEM: O QUE O FURACÃO MILTON REVELA SOBRE O FIM DOS TEMPOS?
Recentemente, o furacão Milton trouxe à tona debates sobre a natureza das catástrofes e seus significados à luz das Escrituras. Esse fenômeno, caracterizado por ventos devastadores e chuvas torrenciais, não é apenas um evento climático; ele também suscita reflexões sobre como os desastres naturais podem ser interpretados dentro da narrativa bíblica. A teologia reformada, com seu foco na soberania de Deus, oferece uma perspectiva única para entender esses eventos à luz de passagens que falam sobre sinais do fim dos tempos.
Na Bíblia, encontramos diversas referências a desastres naturais como sinais da volta de Cristo. Em Mateus 24:7-8, Jesus menciona que “haverá fome, terremotos e pestes em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores.” Essa passagem revela que catástrofes são parte do plano divino, indicando um mundo em decadência e a necessidade de redirecionar nossos corações e mentes para as promessas eternas de Deus. Assim, a ocorrência do furacão Milton pode ser vista como um lembrete para a humanidade sobre a fragilidade da vida e a urgência de se voltar para Deus.
A teologia reformada nos ensina que Deus é soberano sobre toda a criação, incluindo os desastres naturais. Isso nos leva a refletir sobre a providência divina durante eventos como o furacão Milton. Em Romanos 8:28, Paulo nos lembra que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” Essa verdade não minimiza a dor e a perda causadas pelo furacão, mas oferece esperança ao afirmar que Deus está trabalhando em todas as circunstâncias, mesmo nas mais difíceis, para realizar Seus propósitos.
Além disso, o relato de Noé e o Dilúvio em Gênesis 6-9 serve como um alerta sobre o julgamento divino. O dilúvio foi um evento cataclísmico que resultou na destruição de um mundo corrompido. Embora não possamos afirmar que cada catástrofe natural é um julgamento específico de Deus, como reformados, reconhecemos que todas as coisas estão sob Sua autoridade. O furacão Milton, então, pode nos chamar a uma introspecção sobre o estado moral e espiritual da sociedade contemporânea e a necessidade de arrependimento e transformação.
Por outro lado, as catástrofes também nos lembram da fragilidade da condição humana. Em Lamentações 3:22-23, lemos que “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque a sua compaixão não tem fim.” Esses versículos nos encorajam a reconhecer a graça de Deus mesmo em meio ao caos. A resposta da igreja deve ser uma de compaixão e serviço aos afetados, manifestando o amor de Cristo em ação. Isso se alinha com o chamado reformado para que a igreja esteja atenta às necessidades do próximo, refletindo a natureza de Deus.
Por fim, o furacão Milton e outros desastres naturais devem nos impulsionar a viver com esperança e vigilância. Em Apocalipse 21:1-4, encontramos a promessa de um novo céu e uma nova terra, onde não haverá mais dor, tristeza ou morte. À medida que enfrentamos as tempestades da vida, é fundamental manter o foco na esperança eterna que temos em Cristo. A teologia reformada nos ensina a viver com a expectativa do retorno de Cristo, motivando-nos a trabalhar incansavelmente por justiça e paz neste mundo caído, enquanto aguardamos o cumprimento das promessas divinas.
Assim, a análise do furacão Milton à luz das Escrituras nos convida a refletir sobre a soberania de Deus, a fragilidade da vida e a importância de estarmos preparados para os sinais dos tempos. Com uma perspectiva reformada, somos lembrados de que, embora a natureza possa ser imprevisível, a fidelidade de Deus permanece constante, oferecendo esperança e direção em tempos de incerteza.
Soli Deo Gloria.
Angelo Silva
UM OLHAR REFORMADO SOBRE A ‘GOD BLESS THE USA BIBLE’, ENDOSSADA POR DONALD TRUMP
A introdução da Bíblia “God Bless The USA” levanta uma série de questões teológicas, especialmente no que se refere à tradição reformada, que sustenta a autoridade única das Escrituras. A adição de documentos históricos americanos ao texto bíblico pode ser vista como uma mistura de elementos sagrados e seculares que obscurece a mensagem clara da soberania de Deus e da suficiência de Sua Palavra. A teologia reformada afirma que a Escritura é suficiente em si, e não precisa de complementos históricos para ser relevante ou poderosa.
No pensamento reformado, as Escrituras são divinamente inspiradas e inerrantes, e qualquer tentativa de vinculá-las a uma identidade nacional específica pode comprometer essa autoridade. O evangelho de Jesus Cristo transcende todas as fronteiras culturais e políticas, e o Reino de Deus, conforme ensinado no Novo Testamento, não pode ser confundido com os reinos deste mundo. Ao inserir símbolos ou documentos de um país, há o risco de fazer parecer que o Reino de Deus se confunde com um estado-nação.
Além disso, a tradição reformada historicamente desconfia de alianças entre igreja e estado, enfatizando a independência da Igreja de Cristo. Desde os dias de João Calvino e da Reforma, a igreja reformada sempre insistiu que a lealdade primária dos crentes deve ser a Deus e ao Seu Reino, e não a governos ou nações temporais. A inserção de documentos como a Declaração de Independência em uma Bíblia sugere uma aliança implícita entre o poder divino e o poder político, algo que a teologia reformada denuncia como potencialmente idólatra.
Outra questão importante é a aplicação da Grande Comissão (Mateus 28:18-20) neste contexto. A missão da igreja não é promover agendas políticas, mas pregar o evangelho que transforma corações e mentes. A Igreja Reformada vê essa missão como global, sem estar ligada a qualquer nação, raça ou cultura específica. O evangelho deve ser proclamado a todas as nações, e não pode ser limitado por fronteiras nacionais ou interesses patrióticos.
Essa abordagem também reflete a doutrina reformada da providência divina, que sustenta que Deus governa soberanamente sobre todas as nações e eventos históricos. As Escrituras, portanto, são mais do que suficientes para guiar a vida do crente em qualquer contexto cultural ou político. O foco deve estar sempre na glória de Deus e no avanço de Seu Reino, e não em alianças com poderes terrenos que possam desviar a atenção dessa missão.
Por fim, a teologia reformada conclui que a Bíblia, como a Palavra viva de Deus, é capaz de falar por si mesma a qualquer pessoa em qualquer lugar. Ela não precisa de adições externas para ser relevante. A igreja deve, portanto, manter-se fiel à pregação pura do evangelho, sem a mistura de ideologias nacionais ou políticas, cumprindo assim sua vocação como testemunha fiel da soberania de Deus sobre todas as coisas.
Soli Deo Gloria.
Angelo Silva