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CELEBRAR OU EVITAR: UMA RESPOSTA CRISTÃ AO HALLOWEEN


Halloween. Para muitos, essa celebração parece inofensiva, um momento de trajes coloridos, abóboras iluminadas e doces que fazem a alegria das crianças. Mas será que, como cristãos, entendemos verdadeiramente o que estamos celebrando? Em meio às brincadeiras de “doces ou travessuras”, estamos brincando com o oculto e com símbolos que representam o contrário dos valores do evangelho. Enquanto o escritor ateu Richard Dawkins, no livro “The God Delusion”, descreve o Halloween como “uma divertida celebração da criatividade e da fantasia,” o apóstolo Paulo nos adverte: “Não vos conformeis com este século” (Rm 12.2). Será que é possível participar de uma festa que flerta com temas sombrios sem comprometer nosso compromisso com a luz de Cristo? 

(1) “A luz e as trevas nunca podem se misturar” – Charles Spurgeon

Para o autor ateu Neil Gaiman, em uma entrevista à “New York Times Magazine”, o Halloween é “um momento para celebrar a liberdade de imaginar e brincar com o que nos assusta.” Embora isso pareça inofensivo, o que parece ser uma festa leve para as crianças, com abóboras e fantasias, traz uma exposição precoce ao medo, ao terror e até ao sobrenatural. As crianças, com sua inocência e mente em formação, absorvem essas imagens e valores com facilidade. Em 2 Coríntios 6.14, Paulo pergunta: “Que comunhão pode ter a luz com as trevas?” Charles Spurgeon enfatizou que “nada é tão repelente ao coração do crente quanto misturar-se com as trevas.” Permitir que nossos filhos participem de uma festa que exalta o medo e o oculto compromete os princípios cristãos e não prepara as crianças para uma vida de fé e pureza. 

(2) “Quem caminha com Deus, rejeita as trevas” – Martinho Lutero

O crítico social Christopher Hitchens afirmou, em uma entrevista para a “Slate”, que o “Halloween é uma festa libertadora onde a superstição e a religião não têm lugar.” No entanto, tal festa é uma celebração que normaliza símbolos de bruxaria, fantasmas e seres macabros, tudo o que o cristianismo condena. Até mesmo a tradição de “doces ou travessuras” pode ter raízes em rituais pagãos, evocando uma troca condicional de paz ou vingança. Em Deuteronômio 18.10-12, Deus condena práticas de feitiçaria e invocação de espíritos. O verdadeiro discípulo de Cristo rejeita qualquer aparência de mal e afasta-se de tudo que o separa da santidade. 

(3) “Nosso Deus é Deus de vida, não de morte” – John MacArthur

Halloween celebra o sombrio, o grotesco e a morte, enquanto o cristianismo celebra a vida. A ativista ateísta Annie Laurie Gaylor argumentou em um artigo para a “Freedom From Religion Foundation” que “celebrar o macabro é uma forma de questionar e confrontar o medo da morte.” Mas, veja: os adornos comuns desta época, como fantasmas e esqueletos, promovem uma cultura de morte que contrasta diretamente com o caráter de Deus. Jesus declarou em João 10:10: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” John MacArthur nos lembra que devemos buscar tudo o que promove a vida e a paz, e evitar festividades que façam apologia da morte e do macabro. 

(4) “O coração das crianças é como um campo fértil” – John Wesley

O autor anticristão Anton LaVey, fundador da Igreja de Satã, disse em uma entrevista que o “Halloween é uma celebração de tudo que é tabu e marginalizado, algo que as crianças merecem explorar.” Embora alguns vejam essa exposição como uma forma de ampliar a imaginação, o simples ato de vestir uma fantasia ou pedir doces pode ter consequências profundas para as crianças. Expor os pequenos a certos personagens, assustadoramente incompatíveis com seu desenvolvimento emocional, e rituais disfarçados de brincadeiras os acostuma com o medo e a superstição. O apóstolo Paulo nos exorta, em 1 Tessalonicenses 5.22, a “abster-se de toda forma de mal”. John Wesley advertia que “o coração das crianças é como um campo fértil” — aquilo que semeamos hoje será colhido mais tarde. A responsabilidade de proteger a inocência das crianças é parte do chamado cristão. 

(5) “Quem anda em luz não se alimenta de trevas” – Matthew Henry

Para o filósofo ateu Friedrich Nietzsche, no livro “Beyond Good and Evil”, o Halloween representa “uma liberdade em explorar as sombras de nossa psique.” No entanto, o apóstolo Paulo exorta em Efésios 5.11: “Não vos associeis às obras infrutuosas das trevas; antes, porém, reprovai-as.” O Halloween, com suas abóboras esculpidas e decoração macabra, promove uma mentalidade que se opõe aos valores de renovação e pureza mental que a Palavra de Deus nos chama a cultivar. Matthew Henry escreveu que “quem anda em luz não se alimenta de trevas.” Participar de celebrações que exaltam a escuridão e o oculto vai contra o compromisso cristão de andar em santidade. 

(6) “Onde não há Deus, o medo impera” – Francis Schaeffer

Muitas vezes, o medo é o grande atrativo do Halloween, seja nas fantasias de monstros ou nas produções midiáticas. O cineasta e ateu Rob Zombie, em uma entrevista ao “Los Angeles Times”, afirmou que “o Halloween é um dia em que o medo é bem-vindo, até mesmo celebrado.” Contudo, a Palavra de Deus diz em 1 João 4.18: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.” O Halloween glorifica o medo, enquanto a vida cristã é baseada na confiança e no amor perfeito de Deus. Francis Schaeffer enfatizou que “onde não há Deus, o medo impera.” Celebrar uma data que exalta o medo e o terror é incoerente com a confiança que recebemos em Cristo. 

Finalmente, o Halloween pode parecer uma celebração inofensiva, mas para o cristão é uma oportunidade de escolher entre as trevas e a luz. Efésios 5.8 nos chama a “andar como filhos da luz.” Recusar participar de festividades que exaltam o oculto e o sombrio é reafirmar nossa identidade como filhos de Deus, chamados para sermos diferentes. Que nossa decisão seja uma declaração de fé, um testemunho da luz de Cristo em um mundo que tanto necessita da verdadeira esperança e paz. 

Rev. Ângelo Vieira da Silva

UM OLHAR REFORMADO SOBRE A ‘GOD BLESS THE USA BIBLE’, ENDOSSADA POR DONALD TRUMP

A introdução da Bíblia “God Bless The USA” levanta uma série de questões teológicas, especialmente no que se refere à tradição reformada, que sustenta a autoridade única das Escrituras. A adição de documentos históricos americanos ao texto bíblico pode ser vista como uma mistura de elementos sagrados e seculares que obscurece a mensagem clara da soberania de Deus e da suficiência de Sua Palavra. A teologia reformada afirma que a Escritura é suficiente em si, e não precisa de complementos históricos para ser relevante ou poderosa.


No pensamento reformado, as Escrituras são divinamente inspiradas e inerrantes, e qualquer tentativa de vinculá-las a uma identidade nacional específica pode comprometer essa autoridade. O evangelho de Jesus Cristo transcende todas as fronteiras culturais e políticas, e o Reino de Deus, conforme ensinado no Novo Testamento, não pode ser confundido com os reinos deste mundo. Ao inserir símbolos ou documentos de um país, há o risco de fazer parecer que o Reino de Deus se confunde com um estado-nação.


Além disso, a tradição reformada historicamente desconfia de alianças entre igreja e estado, enfatizando a independência da Igreja de Cristo. Desde os dias de João Calvino e da Reforma, a igreja reformada sempre insistiu que a lealdade primária dos crentes deve ser a Deus e ao Seu Reino, e não a governos ou nações temporais. A inserção de documentos como a Declaração de Independência em uma Bíblia sugere uma aliança implícita entre o poder divino e o poder político, algo que a teologia reformada denuncia como potencialmente idólatra.


Outra questão importante é a aplicação da Grande Comissão (Mateus 28:18-20) neste contexto. A missão da igreja não é promover agendas políticas, mas pregar o evangelho que transforma corações e mentes. A Igreja Reformada vê essa missão como global, sem estar ligada a qualquer nação, raça ou cultura específica. O evangelho deve ser proclamado a todas as nações, e não pode ser limitado por fronteiras nacionais ou interesses patrióticos.


Essa abordagem também reflete a doutrina reformada da providência divina, que sustenta que Deus governa soberanamente sobre todas as nações e eventos históricos. As Escrituras, portanto, são mais do que suficientes para guiar a vida do crente em qualquer contexto cultural ou político. O foco deve estar sempre na glória de Deus e no avanço de Seu Reino, e não em alianças com poderes terrenos que possam desviar a atenção dessa missão.


Por fim, a teologia reformada conclui que a Bíblia, como a Palavra viva de Deus, é capaz de falar por si mesma a qualquer pessoa em qualquer lugar. Ela não precisa de adições externas para ser relevante. A igreja deve, portanto, manter-se fiel à pregação pura do evangelho, sem a mistura de ideologias nacionais ou políticas, cumprindo assim sua vocação como testemunha fiel da soberania de Deus sobre todas as coisas.


Soli Deo Gloria.


Angelo Silva

O PAPEL DA MULHER: MÃE, ESPOSA, DO LAR E PROFISSIONAL? - REV. AUGUSTUS NICODEMUS #06

 


Corte de um momento de perguntas e respostas da EBD da Christ The King United Presbyterian Church moderado pelo Pr. Ângelo Vieira. Nesta oportunidade o Rev. Augustus falou sobre o princípio que deve orientar as mulheres no balanceamento de seu papel bíblico, trabalho no lar e fora dele, emprego e relação com os filhos, homeschooling, a permissão do marido, necessidades financeiras, dentre outros. Ouça, edifique-se e compartilhe com seus contatos. Deus nos abençoe.