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O OUTRO LADO DA RECOMPENSA


Cognitivamente, refletir sobre recompensa é pensar em aspectos positivos; é meditar em um ou mais bens que serão recebidos em consequência de algum gesto em relação a Deus e ao próximo. É o que se entende no ensino do galardão bíblico, por exemplo. Todavia, chamo a atenção para o outro lado da recompensa, do galardão, que muitos não conhecem, ou desprezam ou “fazem de conta” que não existe: a recompensa nociva. Cito dois textos bíblicos que poderão nos nortear sobre o tema:

Mt 6.2, 5 – “Quando, pois, deres esmola, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.. 5 E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa”. 

Mt 6.16 – “Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa”. 

Ambos os textos remetem a ações dignas da boa recompensa: dar esmola (At 9.36), orar (At 10.2, 4, 31) e jejuar (Mt 9.15). Porém, as ações estão corrompidas pelo ego humano, pelo pecado. Há uma hipocrisia descrita por Jesus que é digna de recompensa, a nociva. Quando um hipócrita realizar boas ações para ser visto pelos homens, ser reconhecido e engradecido por eles, se esquece que o Deus onisciente vê e julga. Não tardará em sentenciar os injustos: eles já receberam a recompensa. Deus quer que tenhamos aquelas ações com verdadeiro amor (1 Jo 3.18). 

Que recompena nociva seria essa? É o juízo divino com todas as suas concomitantes. Jesus reforçou essa sentença em Mt 23.14: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito mais severo!” Ainda mais severo? Aparentemente, é possível sofrer mais do que outros no juízo vindo dos céus. O discurso no capítulo vinte e três de Mateus continua aprofundando o peso da sentença sobre os hipócritas (Mt 23.15-29). 

Não nos enganemos... Deus recompensará cada um segundo as suas obras (Ap 20.12-13), sejam elas boas, feitas em Deus (Ef 2.10), ou más, mortas (Hb 9.14). Lembre-se de Ap 22.12: “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras”. O juízo divino sobre os incrédulos virá e quão terrível será este dia. Rememorando as palavras descritas pelo profeta, “está perto o grande Dia do SENHOR; está perto e muito se apressa. Atenção! O Dia do SENHOR é amargo, e nele clama até o homem poderoso” (Sf 1.14). 

Ainda há tempo de entregar nossa vida a Jesus, sermos salvos de nossos pecados e recebermos, pela graça, a recompensa eterna (Rm 6.22). Não há outra maneira, outro meio, outro caminho, outro mediador. Jesus é o Salvador. 

Rev. Ângelo Vieira da Silva

DEUS MEU

Uma expressão que constantemente se lê nas Sagradas Escrituras é “Deus meu”. Sem dúvida, há um povo privilegiado por permanecer graciosamente ante ao Senhor Todo-Poderoso, zeloso, que cuida dos seus. Em muitas oportunidades na Bíblia, o “Deus meu” é a oração de servos e servas diante das circunstâncias da vida; é a expressão dos benefícios de uma relação íntima e duradoura entre filhos e o seu Pai, entre adoradores e o seu Deus. Identifico esses momentos abaixo, rogando ao Senhor que nos permita experimentar tão grande privilégio. Afinal, Ele é o...

1) DEUS MEU, QUE SE REVELA (1 Cr 17.25; Sl 40.5).

Sim, é privilégio entender que Deus se revela. Davi o conhecia muito bem. Sua oração, no primeiro livro Crônicas, destaca a revelação divina sobre a edificação da Casa do Senhor. Por isso, Davi se animou a orar. De fato, Deus se revela por meio de muitas maravilhas que opera e também pelos teus desígnios para conosco; assim, como no Salmo 40 é descrito, ninguém há que se possa igualar ao “Deus meu, que se revela”.

2) DEUS MEU, QUE ESTÁ PRESENTE (1 Cr 28.20; Sl 38.21).

Pai e filho vivem um momento crucial. O primeiro livro de Crônicas registra as palavras de Davi a Salomão diante do desafio de governar Israel. Lembrando-se do seu Deus, o rei conclama seu filho a ser forte, corajoso e fazer a obra. “Não temas, nem te desanimes”, disse ele, “porque o Senhor Deus, meu Deus, há de ser contigo”. Deus está presente. Ele não nos deixa, não nos desampara, não se ausenta dos seus.

3) DEUS MEU, QUE SE LEMBRA (Ne 13.14, 22, 29, 31).

O livro de Neemias está repleto de intimidade do servo com seu Senhor, de Neemias com o seu Deus. Ciente disso, o hábil construtor e líder clamava que Deus se lembrasse. Sim, ele nunca esquera! Ele se lembra de cada um de nós e não apaga as beneficências que fazemos à casa de nosso Deus, para o seu serviço. Ele lembra de todas as nossas posturas para glorificá-lo e adorá-lo. Ele se lembra de sua misericórdia e perdoa nossos pecados segundo a abundância dela. Para o nosso bem, Deus, o Deus meu, se lembra de nós.

4) DEUS MEUS, QUE SALVA (Sl 3.7; Sl 7.1; Sl 22.1; Sl 40.7; Sl 42.5,11; Sl 59.1; Sl 71.4; Sl 84.3; Sl 86.2; Sl 109.26; Mt 27.46; Mc 15.34).

A partir da expressão messiânica “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste”, temos justamente a percepção do Deus que salva mediante tão grandioso sacrifício. A percepção do desamparo se deve ao pecados humanos e a compreensão da salvação se deve ao amor de Deus. Ele nos salvará, será nossa salvação. Somos pobres e necessitados, porém o Senhor cuida de nós. Ele é amparo e libertador, auxílio e refúgio. O “Deus meu” livrará dos inimigos, livrará das mãos do ímpio, das garras do homem injusto e cruel. Como declarou o salmista, “o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu”. Por isso, Ele preservará nossas almas, nos socorrerá segundo a sua misericórdia.

5) DEUS MEU, QUE OUVE (Sl 5.2; Sl 22.2; Sl 30.12; Sl 35.23; Sl 38.15; Sl 43.5; Sl 71.12; Sl 102.24; Dn 9.18-19).

A partir dos textos pertinentes no livro de Salmos notamos que nosso Rei escuta a voz que clama, que implora. Ele atenta, responde e ilumina os olhos para que não se durma o sono da morte. “O Deus meu”, que vivo está, ouve nosso clamor de dia e de noite; acorda e desperta para fazer justiça por causa de seu povo. O Deus meu é Senhor meu. Por isso, sempre recebe toda ação de graças. Quem espera dEle é atendido. Pergunte-se: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”. Sim, o Deus meu não se ausenta de seu povo; Ele apressa em socorrer. Como bem orou Daniel, servo do Senhor, “o Deus meu” é aquele que tem ouvidos e ouve: “Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome”.

6) DEUS MEU, QUE É FIEL (Sl 25.2; Sl 91.2).

O Deus que conhecemos é confiável. Nele, jamais seremos envergonhados ou exultarão os inimigos sobre nós. Deus é fiel. Assim, não há melhor refúgio em que possamos habitar seguros.

7) DEUS MEU, QUE É JUSTO (Sl 35.24; Sl 81.13).

Os Salmos entoam a justiça divina. O servo do Senhor quer ser julgado por ela. Segundo justiça do Deus meu não haverá regozijo dos inimigos e nem injustiça. Deus fará de seus inimigos como folhas impelidas por um remoinho, como a palha ao léu do vento.

8) DEUS MEU, QUE É LOUVÁVEL (Sl 43.4; Sl 40.8; Sl 74.12; Sl 86.12; Sl 104.1; Sl 145.1).

Sem dúvida, em toda a Escritura a expressão “Deus meu” é inserida em louvores dados ao único que é digno. Diante do altar de Deus, em momentos de alegria ao som da harpa, diante da manifestação de sua vontade, na bendita lei, enfim, em todos os atos do Rei, o “Deus meu” é louvado. Desde a antiguidade, por tudo que Ele é e pelo que Ele faz, de todo o coração o Senhor deve ser glorificado para sempre. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! Como tu és magnificente, sobrevestido de glória e majestade! Exaltar-te-ei, ó Deus meu e Rei! O meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador!

Finalmente, diante de tão importante reflexão e em meio às circunstâncias da vida, o Senhor nos convida a entender e a dizer: “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28).

Rev. Ângelo Vieira da Silva


A DÍVIDA DO APÓSTOLO PAULO


A epístola de Paulo ao amigo íntimo e convertido Filemom é especialíssima. Possivelmente, esse último era um homem de grandes recursos, conhecido por sua generosidade para com os irmãos necessitados. Também é verdade que tinha muitos escravos (nos constrage que algo assim fosse tão comum naquela época). Um deles era Onésimo.

Presume-se que Onésimo tinha fugido provavelmente com algum dinheiro do seu patrão; indo, então, para uma das cidades onde se encontrava preso o apóstolo Paulo, foi levado ao verdadeiro arrependimento e fé em Cristo. Assim se iniciou a relação de amor e gratidão entre Paulo e Onésimo. Esse, por sua vez, prestava ao apóstolo o serviço pessoal que podia. Paulo, por sua vez, observava a mudança de Onésimo a cada dia, até que o persuadiu a voltar para seu mestre.

É justamente nesse ínterim que surge a epístola de Paulo a Filemom, uma carta explicativa para informar ao rico cristão de que Onésimo se arrependera, objetivando, portanto, a reconciliação completa entre senhor e escravo. Como explicado pelo Novo Comentário da Bíblia, “ a epístola não deve ser considerada parte de uma campanha política organizada por Paulo, nem como espécie de propaganda subversiva contra a instituição da escravidão. Ele não se preocupa aqui com as considerações dos aspectos positivos ou negativos do sistema, mas com o bem-estar espiritual de Filemom e Onésimo, e a promoção da fraternidade cristã entre eles”.

Paulo faz o que pode para seu objetivo ser alcançado. Ele diz: “E, se algum dano te fez ou se te deve alguma cousa, lança tudo em minha conta” (Fm 18). Paulo assume a dívida, se colocando como garantia nessa complicada questão por dois motivos essenciais:

1. ELE CONHECIA O CRISTÃO FILEMOM (Fm 4-7)

O apóstolo dava graças e sempre orava pelo cristão Filemom. Ele conhecia todas as virtudes, a história, a conversão, a família desse cristão. O apóstolo sabia que ele decidiria conforme o amor e fé no Senhor Jesus e todos os santos (v. 5), a partir da comunhão da fé, eficiente no pleno conhecimento de todo bem que há nos crentes, para com Cristo (v. 6) e de acordo com o desejo de que o coração dos santos se reanimasse (v. 7).

2. ELE CONHECIA O ARREPENDIDO ONÉSIMO (Fm 8-20)

Ainda que Paulo pudesse ordenar, ele prefere solicitar, em nome do amor, que Filemom se reconcilie com seu filho Onésimo, gerado entre algemas. Paulo assegura sua mudança. Onésimo, antes, era inútil, ladrão, escravo; atualmente, porém, é útil, irmão caríssimo, arrependido. Paulo afirma: “Se, portanto, me consideras companheiro, recebe-o, como se fosse a mim mesmo” (v. 17). O apóstolo deseja ardentemente esta reconciliação. Ele diz: “Eu pagarei” (v. 19).

A certeza do apóstolo quanto à obediência de Filemom está no desfecho da carta: “certo, como estou, da tua obediência, eu te escrevo, sabendo que farás mais do que estou pedindo” (v. 21). Mas, e você? O que faria na posição de Paulo? Assumiria essa responsabilidade em favor da restauração de alguém? Diria “lança tudo em minha conta”? Assumiria a dívida de outrem? Sem dúvidas, uma das principais características do cristianismo puro e simples é a abnegação. Pense nisso.

Rev. Ângelo Vieira da Silva



BUSCAI AO SENHOR


“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o em quanto está perto” (Is 55.6). 

Gostaria de salientar a importância de se buscar ao Deus vivo. O que precisa ser um desejo ardente vem acompanhado de uma sólida disposição de viver em conformidade com a Lei Bendita e Perfeita do Senhor. Esse é o clamor de Isaías, no texto supracitado. Esse precisa ser o nosso clamor. É o que a Bíblia nos incita. 

Veja, tal disposição não se traduz em uma caçada implacável, onde o caçador tenta aplacar sua caça e colocá-la a sua disposição. “Buscar ao Senhor enquanto se pode achar” traduz a necessidade de se conhecer a Palavra, invocar e saber que Ele tem um nome. Hoje, alguns homens se “auto-denominam” caçadores de Deus. Ora, a Igreja não caça a Deus; ela o busca, anela por Sua presença. Nesse sentido...

1. BUSQUE O PODER E A PRESENÇA DE DEUS

1 Crônicas 16.11 incentiva nosso coração a buscar ao Senhor, o seu poder e sua presença. Este é um ato perpétuo na vida daquele que Deus transformou. Portanto, o que deveria ocorrer ao seu coração? Lembre-se do Salmo 27.8 e Salmo 105.4: “Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, SENHOR, a tua presença” ...“ Buscai o SENHOR e o seu poder; buscai perpetuamente a sua presença”.

2. BUSQUE DIREÇÃO NAS ESCRITURAS SAGRADAS

Dos horizontes universais da destruição, o profeta volta a dirigir-se a Edom como símbolo e fulcro de todos os antagonismos contra Sião. Edom tomara sempre partido com as nações da terra na luta com Israel. O que fazer diante disto? Buscar direção no Livro de Deus. Esta é a profecia dada em Isaías 34.16: “Buscai no livro do SENHOR e lede: Nenhuma destas criaturas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a boca do SENHOR o ordenou, e o seu Espírito mesmo as ajuntará”.

3. BUSQUE O BEM E NÃO O MAL

Conhecemos o duro contexto histórico da época ministerial do profeta Amós. No capítulo 5.14 ele enfatiza – senão, expande tal idéia – a necessidade de se buscar o bem, mesmo no meio de tanta impiedade: “Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o SENHOR, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis”.

4. BUSCAI A JUSTIÇA E A MANSIDÃO NO SENHOR

Sofonias 2.3 já disse tudo: “Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão”.

5. BUSCAI O REINO DE DEUS

Devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça para que todas as coisas nos sejam acrescentadas posteriormente (Mt 6.33; Lc 12.31).

6. BUSCAI AS COISAS DO ALTO

Ressuscitados, juntamente com Cristo, temos uma constante postura de buscar as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus (Cl 3.1-4).

Lembre-se bem, se Deus for buscado será encontrado. Se alguém bater, se abrirá a porta; se alguém pedir, lhe será concedido (Mt 7.7; Lc 11.9). Essa é nossa convicação. Essa é nossa disposição: buscar ao Senhor enquanto se pode achá-lo, enquanto está perto, enquanto aguardamos sua plena manifestação. Busquemos, pois, ao Senhor Deus.

Rev. Ângelo Vieira da Silva

A IGREJA DO DEUS VIVO


“Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1 Tm 3.14-15).

Precisamos cientificar-nos de nossa realidade espiritual como Corpo, o Corpo de Cristo. Como Paulo registrou, a Igreja é a “ekklesia” (termo grego), a reunião dos cidadãos “chamados para fora” (significado do termo), com a finalidade de anunciar as virtudes de nosso Senhor e Salvador. É justamente nessa comunidade de santos que Paulo recorda como se deve proceder. Ora, “a orientação quanto à conduta de todos os membro da igreja, não somente de Timóteo, é necessária e visa a cada congregação cristão e ajuntamento em Nome do Senhor”. Assim, sintetizo os próximos três procedimentos em relação à Igreja do Deus Vivo como elementos fundamentais da conduta genuinamente cristã.

Primeiramente...

1. RECONHEÇA A IGREJA COMO A CASA DE DEUS

O cristão é a Casa de Deus (oikos, gr.). Na plenitude da revelação bíblica Deus passa a habitar não apenas no meio, mas dentro de seu povo. Cada cristão fiel é a Casa de Deus (1 Co 3.16; 1 Co 6.19; 2 Co 6.16). Também o templo é a Casa de Deus. Desde um lar, passando por um palácio até o Tabernáculo e Templo, tem-se a casa como um lugar de habitação; e Deus habita em sua Casa. Como bem ressaltou o estudioso Willian Hendriksen, ”a Igreja não é um negócio particular. É um local onde Deus habita, pois seu povo congrega ali” (2 Tm 2.19; Mt 16.18; 1 Pe 2.5).

Ademais...

2. IDENTIFIQUE A IGREJA COMO A COLUNA DA VERDADE

Coluna é sustentação (stulos, gr.). Geralmente, a coluna podia ser uma peça utilizada na arquitetura para sustentar coberturas, tetos. Era um pilar, um suporte. Identificar a Igreja como a coluna da verdade é essencial num mundo de estacas da mentira (Gl 2.9). Lembre-de da Diana dos Efésios, por exemplo. Era um templo afamado, uma das sete maravilhas do mundo neo-testamentário. Segundo o pesquisador Willian Barclay, havia nele 127 colunas, e cada uma delas era presente de um rei. Todas elas eram de mármore e algumas tinham pedras preciosas incrustadas ou estavam cobertas de ouro. Só a graça! Tanta beleza e opulência a serviço da mentira... 

Semelhantemente, a coluna também se refere ao testemunho, pois a palavra fora aplicada à pedra que servia para marcar um lugar sagrado ou para conservar a lembrança de alguma pessoa ou de algum acontecimento (Jr 1.18), como testemunho solitário ou entre duas partes (Gn 28.18; Gn 31.52). Fora usada também para divulgação, quando criadas para afixação de anúncios nos mercados antigos (Willian MacDonald).

E, finalmente...

3. PROCLAME A IGREJA COMO O BALUARTE DA VERDADE

A Igreja é baluarte (hedraioma, gr.). Parecida com o conceito de “coluna”, um baluarte (Sl 18.2) era o apoio, o suporte, o fundamento que equilibrava toda a estrutura arquitetônica. Há uma ascensão com clímax aqui. A verdade não é apenas encontrada na Igreja, “ela é o próprio fundamento da verdade” (Hendriksen). Sim, a Igreja deve proclamar a verdade neste mundo desequilibrado.

Resta-nos compreender que cada congregação e cristão são uma genuína “Casa”, “Coluna” e “Baluarte” de Deus. Ao contrário dos templos pagãos, não são ocupados por ídolos inanimados, mas desfrutam verdadeiramente da manifesta presença do Criador.  Como a grande família de Deus, na Igreja do Deus vivo ajudamos uns aos outros e crescemos juntos. Reconheçamos que esta é a Casa de Deus! Identifiquemos que esta é a Coluna da Verdade! Proclamemos como Baluartes da Verdade!

Rev. Ângelo Vieira da Silva