A IGREJA DO DEUS VIVO


“Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1 Tm 3.14-15).

Precisamos cientificar-nos de nossa realidade espiritual como Corpo, o Corpo de Cristo. Como Paulo registrou, a Igreja é a “ekklesia” (termo grego), a reunião dos cidadãos “chamados para fora” (significado do termo), com a finalidade de anunciar as virtudes de nosso Senhor e Salvador. É justamente nessa comunidade de santos que Paulo recorda como se deve proceder. Ora, “a orientação quanto à conduta de todos os membro da igreja, não somente de Timóteo, é necessária e visa a cada congregação cristão e ajuntamento em Nome do Senhor”. Assim, sintetizo os próximos três procedimentos em relação à Igreja do Deus Vivo como elementos fundamentais da conduta genuinamente cristã.

Primeiramente...

1. RECONHEÇA A IGREJA COMO A CASA DE DEUS

O cristão é a Casa de Deus (oikos, gr.). Na plenitude da revelação bíblica Deus passa a habitar não apenas no meio, mas dentro de seu povo. Cada cristão fiel é a Casa de Deus (1 Co 3.16; 1 Co 6.19; 2 Co 6.16). Também o templo é a Casa de Deus. Desde um lar, passando por um palácio até o Tabernáculo e Templo, tem-se a casa como um lugar de habitação; e Deus habita em sua Casa. Como bem ressaltou o estudioso Willian Hendriksen, ”a Igreja não é um negócio particular. É um local onde Deus habita, pois seu povo congrega ali” (2 Tm 2.19; Mt 16.18; 1 Pe 2.5).

Ademais...

2. IDENTIFIQUE A IGREJA COMO A COLUNA DA VERDADE

Coluna é sustentação (stulos, gr.). Geralmente, a coluna podia ser uma peça utilizada na arquitetura para sustentar coberturas, tetos. Era um pilar, um suporte. Identificar a Igreja como a coluna da verdade é essencial num mundo de estacas da mentira (Gl 2.9). Lembre-de da Diana dos Efésios, por exemplo. Era um templo afamado, uma das sete maravilhas do mundo neo-testamentário. Segundo o pesquisador Willian Barclay, havia nele 127 colunas, e cada uma delas era presente de um rei. Todas elas eram de mármore e algumas tinham pedras preciosas incrustadas ou estavam cobertas de ouro. Só a graça! Tanta beleza e opulência a serviço da mentira... 

Semelhantemente, a coluna também se refere ao testemunho, pois a palavra fora aplicada à pedra que servia para marcar um lugar sagrado ou para conservar a lembrança de alguma pessoa ou de algum acontecimento (Jr 1.18), como testemunho solitário ou entre duas partes (Gn 28.18; Gn 31.52). Fora usada também para divulgação, quando criadas para afixação de anúncios nos mercados antigos (Willian MacDonald).

E, finalmente...

3. PROCLAME A IGREJA COMO O BALUARTE DA VERDADE

A Igreja é baluarte (hedraioma, gr.). Parecida com o conceito de “coluna”, um baluarte (Sl 18.2) era o apoio, o suporte, o fundamento que equilibrava toda a estrutura arquitetônica. Há uma ascensão com clímax aqui. A verdade não é apenas encontrada na Igreja, “ela é o próprio fundamento da verdade” (Hendriksen). Sim, a Igreja deve proclamar a verdade neste mundo desequilibrado.

Resta-nos compreender que cada congregação e cristão são uma genuína “Casa”, “Coluna” e “Baluarte” de Deus. Ao contrário dos templos pagãos, não são ocupados por ídolos inanimados, mas desfrutam verdadeiramente da manifesta presença do Criador.  Como a grande família de Deus, na Igreja do Deus vivo ajudamos uns aos outros e crescemos juntos. Reconheçamos que esta é a Casa de Deus! Identifiquemos que esta é a Coluna da Verdade! Proclamemos como Baluartes da Verdade!

Rev. Ângelo Vieira da Silva

1 comments:

Bela e oportuna pastoral...vai nos fazer muita falta pastor...

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