DEUS MEU

Uma expressão que constantemente se lê nas Sagradas Escrituras é “Deus meu”. Sem dúvida, há um povo privilegiado por permanecer graciosamente ante ao Senhor Todo-Poderoso, zeloso, que cuida dos seus. Em muitas oportunidades na Bíblia, o “Deus meu” é a oração de servos e servas diante das circunstâncias da vida; é a expressão dos benefícios de uma relação íntima e duradoura entre filhos e o seu Pai, entre adoradores e o seu Deus. Identifico esses momentos abaixo, rogando ao Senhor que nos permita experimentar tão grande privilégio. Afinal, Ele é o...

1) DEUS MEU, QUE SE REVELA (1 Cr 17.25; Sl 40.5).

Sim, é privilégio entender que Deus se revela. Davi o conhecia muito bem. Sua oração, no primeiro livro Crônicas, destaca a revelação divina sobre a edificação da Casa do Senhor. Por isso, Davi se animou a orar. De fato, Deus se revela por meio de muitas maravilhas que opera e também pelos teus desígnios para conosco; assim, como no Salmo 40 é descrito, ninguém há que se possa igualar ao “Deus meu, que se revela”.

2) DEUS MEU, QUE ESTÁ PRESENTE (1 Cr 28.20; Sl 38.21).

Pai e filho vivem um momento crucial. O primeiro livro de Crônicas registra as palavras de Davi a Salomão diante do desafio de governar Israel. Lembrando-se do seu Deus, o rei conclama seu filho a ser forte, corajoso e fazer a obra. “Não temas, nem te desanimes”, disse ele, “porque o Senhor Deus, meu Deus, há de ser contigo”. Deus está presente. Ele não nos deixa, não nos desampara, não se ausenta dos seus.

3) DEUS MEU, QUE SE LEMBRA (Ne 13.14, 22, 29, 31).

O livro de Neemias está repleto de intimidade do servo com seu Senhor, de Neemias com o seu Deus. Ciente disso, o hábil construtor e líder clamava que Deus se lembrasse. Sim, ele nunca esquera! Ele se lembra de cada um de nós e não apaga as beneficências que fazemos à casa de nosso Deus, para o seu serviço. Ele lembra de todas as nossas posturas para glorificá-lo e adorá-lo. Ele se lembra de sua misericórdia e perdoa nossos pecados segundo a abundância dela. Para o nosso bem, Deus, o Deus meu, se lembra de nós.

4) DEUS MEUS, QUE SALVA (Sl 3.7; Sl 7.1; Sl 22.1; Sl 40.7; Sl 42.5,11; Sl 59.1; Sl 71.4; Sl 84.3; Sl 86.2; Sl 109.26; Mt 27.46; Mc 15.34).

A partir da expressão messiânica “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste”, temos justamente a percepção do Deus que salva mediante tão grandioso sacrifício. A percepção do desamparo se deve ao pecados humanos e a compreensão da salvação se deve ao amor de Deus. Ele nos salvará, será nossa salvação. Somos pobres e necessitados, porém o Senhor cuida de nós. Ele é amparo e libertador, auxílio e refúgio. O “Deus meu” livrará dos inimigos, livrará das mãos do ímpio, das garras do homem injusto e cruel. Como declarou o salmista, “o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu”. Por isso, Ele preservará nossas almas, nos socorrerá segundo a sua misericórdia.

5) DEUS MEU, QUE OUVE (Sl 5.2; Sl 22.2; Sl 30.12; Sl 35.23; Sl 38.15; Sl 43.5; Sl 71.12; Sl 102.24; Dn 9.18-19).

A partir dos textos pertinentes no livro de Salmos notamos que nosso Rei escuta a voz que clama, que implora. Ele atenta, responde e ilumina os olhos para que não se durma o sono da morte. “O Deus meu”, que vivo está, ouve nosso clamor de dia e de noite; acorda e desperta para fazer justiça por causa de seu povo. O Deus meu é Senhor meu. Por isso, sempre recebe toda ação de graças. Quem espera dEle é atendido. Pergunte-se: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”. Sim, o Deus meu não se ausenta de seu povo; Ele apressa em socorrer. Como bem orou Daniel, servo do Senhor, “o Deus meu” é aquele que tem ouvidos e ouve: “Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome”.

6) DEUS MEU, QUE É FIEL (Sl 25.2; Sl 91.2).

O Deus que conhecemos é confiável. Nele, jamais seremos envergonhados ou exultarão os inimigos sobre nós. Deus é fiel. Assim, não há melhor refúgio em que possamos habitar seguros.

7) DEUS MEU, QUE É JUSTO (Sl 35.24; Sl 81.13).

Os Salmos entoam a justiça divina. O servo do Senhor quer ser julgado por ela. Segundo justiça do Deus meu não haverá regozijo dos inimigos e nem injustiça. Deus fará de seus inimigos como folhas impelidas por um remoinho, como a palha ao léu do vento.

8) DEUS MEU, QUE É LOUVÁVEL (Sl 43.4; Sl 40.8; Sl 74.12; Sl 86.12; Sl 104.1; Sl 145.1).

Sem dúvida, em toda a Escritura a expressão “Deus meu” é inserida em louvores dados ao único que é digno. Diante do altar de Deus, em momentos de alegria ao som da harpa, diante da manifestação de sua vontade, na bendita lei, enfim, em todos os atos do Rei, o “Deus meu” é louvado. Desde a antiguidade, por tudo que Ele é e pelo que Ele faz, de todo o coração o Senhor deve ser glorificado para sempre. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! Como tu és magnificente, sobrevestido de glória e majestade! Exaltar-te-ei, ó Deus meu e Rei! O meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador!

Finalmente, diante de tão importante reflexão e em meio às circunstâncias da vida, o Senhor nos convida a entender e a dizer: “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28).

Rev. Ângelo Vieira da Silva


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