PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA AS OFERTAS VOLUNTÁRIAS


No sentido bíblico-etimológico, a palavra “ofertar” significa “oferecer voluntariamente”, atitude regularmente associada ao ajuntamento solene (Is 1.13). Lembre-se disso: as ofertas não são o dízimo, são somadas a ele e a outros tipos de ofertas: “Nas tuas cidades, não poderás comer o dízimo do teu cereal, nem do teu vinho, nem do teu azeite, nem os primogênitos das tuas vacas, nem das tuas ovelhas, nem nenhuma das tuas ofertas votivas, que houveres prometido, nem as tuas ofertas voluntárias, nem as ofertas das tuas mãos” (Dt 12.17). Em todos os casos não se trata do que se sobra, mas do que é primícia, uma alegre contribuição (2 Co 9.7). Aí está o alerta do Senhor Jesus: “Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento” (Mc 12.44).

Seja rico ou pobre, homem ou mulher (Ex 30.15; Ex 35.22), Deus nos conclama a ofertar por causas específicas, liberalmente. Devemos ofertar dinheiro (Ex 25.3), principalmente para obras especiais na Casa do Senhor. Exodo 35 mostra como o povo ofertava para obras de construção, por exemplo: “e veio todo homem cujo coração o moveu e cujo espírito o impeliu e trouxe a oferta ao Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes sagradas... os filhos de Israel trouxeram oferta voluntária ao SENHOR, a saber, todo homem e mulher cujo coração os dispôs para trazerem uma oferta para toda a obra que o Senhor tinha ordenado se fizesse por intermédio de Moisés”. É interessante notarmos que Moisés precisou proibir o povo trazer mais ofertas, pois já estavam sobejando (Ex 36.6). Esdras também viu a voluntariedade da nação: “Alguns dos cabeças de famílias, vindo à Casa do Senhor, a qual está em Jerusalém, deram voluntárias ofertas para a Casa de Deus, para a restaurarem no seu lugar... e, depois disto, traziam ofertas voluntárias ao Senhor... bem assim a prata e o ouro que achares em toda a província da Babilônia, com as ofertas voluntárias do povo e dos sacerdotes, oferecidas, espontaneamente, para a casa de seu Deus, a qual está em Jerusalém... Portanto, diligentemente comprarás com este dinheiro novilhos, e carneiros, e cordeiros, e as suas ofertas de manjares, e as suas libações e as oferecerás sobre o altar da casa de teu Deus, a qual está em Jerusalém” (Ed 2.68; Ed 3.5; Ed 7.16; Ed 7.17).

Devemos ofertar porque é ordem do Senhor (Ex 25.2). Ofertar precisa ser uma disposição voluntária de nosso coração: “Tomai, do que tendes, uma oferta para o SENHOR; cada um, de coração disposto, voluntariamente a trará por oferta ao SENHOR: ouro, prata, bronze”. Precisamos ofertar porque as ofertas, assim como o dízimo, são do Senhor, são sagradas (Ne 18.8, 19). Daí Deus não se agradar de ofertas associadas com iniqüidade, pecados (Is 1.13). São vãs contribuições (Sl 40.6). Se aprendermos esses fundamentos, então, Deus se agradará dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas (Sl 51.19). 

Rev. Ângelo Vieira da Silva

1 comentários:

amado, 17 anos de cristão,e agora bem recente, meus olhos foram aberto para essa realidade.
a qualidade da oferta é que faz a diferença na vida do cristão.

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