Muito se fala sobre a importância da intimidade com Deus e são muitos os sentidos apresentados. A intimidade que pretendo abordar nesta reflexão não é aquela ladeada de expressões e palavras de efeito (como “glória a Deus!”, “Aleluia”, etc... palavras genuínas, deve-se ressaltar) ou aquela apelativa manifestação de um suposto êxtase espiritual, mediante dons extraordinários (dons que creio existirem, devo ressaltar). Tal intimidade também não pode ser experimentada no simples conhecimento da Bíblia como literatura ou mediante um espiritualismo secular ou pluralista.
Ao contrário desses conceitos, deve-se pensar em uma intimidade genuína, espiritual, sim, centrada na Palavra de Deus e com o auxílio do Espírito Santo. Como luz para nossos pés envoltos em trevas, a Bíblia pode guiar qualquer homem e mulher à intimidade com o Criador. Antes de tudo, porém, deve-se reconhecer que intimidade é relacionamento, é relacionamento entre pessoas chegadas entre si, isso é, aqui, entre Deus e cada um de nós. É justamente essa intimidade que abençoa a Igreja e que se necessita avaliar dia-a-dia.
Dito isso, leia o Salmo 25.14: “A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança”. É possível extrair desse único verso das Escrituras Sagradas, pelo menos, dois presupostos fundamentais sobre a intimidade com Deus. Uma envolve a realização e a outra estabelece o resultado dessa intimidade. O conhecimento de tais verdades nos aproxima ainda mais do Senhor nosso Deus.
Como a intimidade com Deus se torna realidade? O texto explica: “a intimidade do SENHOR é para os que o temem...”. Sabemos que o temor do Senhor é o princípio da Sabedoria. Precisamos, agora, compreender que o temor do Senhor também é a base da concretização da intimidade, isso é, de sua realização. Deus não se relaciona intimamente com o perverso, mas com os seus filhos: “porque o SENHOR abomina o perverso, mas aos retos trata com intimidade” (Pv 3.32).
O que resulta de nossa intimidade com Deus? O salmista declara ainda: “...aos quais ele dará a conhecer a sua aliança”. A intimidade com Deus tem um resultado maravilhoso: Ele se revela; dá a conhecer a sua aliança, seus propósitos, seus planos. Há uma privilégio aqui, o que me faz lembrar de Mt 13.11: “Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido”.
Portanto, entre a realização e o resultado da intimidade, precisamos apresentar nossas vidas ao Senhor, se somos achegados a Ele: “Porque, se diligentemente guardardes todos estes mandamentos que vos ordeno para os guardardes, amando o SENHOR, vosso Deus, andando em todos os seus caminhos, e a ele vos achegardes, o SENHOR desapossará todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que vós” (Dt 11.22-23).
Rev. Ângelo Vieira da Silva
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