“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”.
“Bem-aventurados vós, os que agora tendes fome, porque sereis fartos”.
(Mt 5.6; Lc 6.21a)
Jesus revelou que aqueles que têm fome e sede de justiça são bem-aventurados. É um equívoco compreender as palavras do Senhor como se referindo a alguma justiça no homem ou em suas obras. Na verdade, o Senhor censurou tal pensamento ao exortar os “fartos”: “Ai de vós, os que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome...” (Lc 6.25a). Entenda: em termos espirituais, as Sagradas Escrituras descrevem que a justiça humana não é a justiça divina. O homem natural não é justo em si: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam” (Is 64.6). Aliás, a situação espiritual deste homem é judicialmente indefensável (Jr 2.22; Sl 49.7). Seria um engano pensar que a justiça divina se fundamenta em obras humanas. Como bem ressaltou o teólogo batista Adolf Pohl, “a justiça é dádiva, que não se conquista com esforço, e sim se recebe de presente”. Portanto, a justiça divina só pode ser imputada ao homem: “Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça” (Gn 15.6; leiam também Rm 4.3-9).
O termo “justiça” (dikaiosune, gr.) está ligado a ideia da “condição de ser aceito por Deus” ou “dar a cada um o que é devido”, esse último num sentido judicial. Portanto, a partir do contexto das bem-aventuranças, são extremamente felizes os cristãos “considerados justos pelo sacrifício de Cristo” e que comunicam tal justiça ao mundo sedento, pois é a misericórdia do Senhor a base dessa justiça. Em Cristo ou fora dEle, Deus dá a cada um o que lhe é devido. No sentido forense, judicial, os cristãos são justificados por Jesus. Ele é a justiça de seu povo: “tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”... “Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa” (Mt 20.28; Jr 23.6). Lembre-se: Ele pagou a nossa dívida (Is 53.5-6).
Por outro lado, a bem-aventurança também ensina que os cristãos devem viver justamente. Num sentido ético, Jesus alertou que os justificados por Deus possuem uma conduta compatível com tal graça. O próprio contexto do "sermão do monte" demonstra essa verdade: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus... Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus... Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”... “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste... buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 5.10, 20, 48; Mt 6.1). Como bem declarou o teólogo reformado Simon Kistemaker, “embora seja impossível que as obras justifiquem alguém, é igualmente impossível que uma pessoa justificada possa viver sem praticar boas obras”.
Finalmente, a pergunta inevitável é: qual é a promessa dessa bem-aventurança? Considerando as palavras “sede” e “fome” é certo que a promessa do Senhor é de “saciedade”. Jesus está falando de um suprimento espiritual: “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado”... “Jamais terão fome, nunca mais terão sede...”. (Rm 8.3; Ap 7.16a). Certamente, esta é a bem-aventurança do perdão: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto” (Sl 32.1).
O termo “justiça” (dikaiosune, gr.) está ligado a ideia da “condição de ser aceito por Deus” ou “dar a cada um o que é devido”, esse último num sentido judicial. Portanto, a partir do contexto das bem-aventuranças, são extremamente felizes os cristãos “considerados justos pelo sacrifício de Cristo” e que comunicam tal justiça ao mundo sedento, pois é a misericórdia do Senhor a base dessa justiça. Em Cristo ou fora dEle, Deus dá a cada um o que lhe é devido. No sentido forense, judicial, os cristãos são justificados por Jesus. Ele é a justiça de seu povo: “tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”... “Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa” (Mt 20.28; Jr 23.6). Lembre-se: Ele pagou a nossa dívida (Is 53.5-6).
Por outro lado, a bem-aventurança também ensina que os cristãos devem viver justamente. Num sentido ético, Jesus alertou que os justificados por Deus possuem uma conduta compatível com tal graça. O próprio contexto do "sermão do monte" demonstra essa verdade: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus... Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus... Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”... “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste... buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 5.10, 20, 48; Mt 6.1). Como bem declarou o teólogo reformado Simon Kistemaker, “embora seja impossível que as obras justifiquem alguém, é igualmente impossível que uma pessoa justificada possa viver sem praticar boas obras”.
Finalmente, a pergunta inevitável é: qual é a promessa dessa bem-aventurança? Considerando as palavras “sede” e “fome” é certo que a promessa do Senhor é de “saciedade”. Jesus está falando de um suprimento espiritual: “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado”... “Jamais terão fome, nunca mais terão sede...”. (Rm 8.3; Ap 7.16a). Certamente, esta é a bem-aventurança do perdão: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto” (Sl 32.1).
Rev. Ângelo Vieira da Silva
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