Estreou mais um “BBB”, o “Big Brother Brasil” 20. Entre “likes” e “dislikes”, não há dúvidas que tal “reality show” será (e já está sendo...) motivo de muitas matérias, críticas, artigos, "posts", "twitties" e comentários na internet. Dessa vez, me ausentarei desse palco e apenas me deterei em utilizá-lo para me referir a outro “BBB”, que insiste permanecer no meio de muitos cristãos, assombrados pelas concupiscências da carne e dos olhos (1 João 2.16-17).
É fato que uma programação televisiva inculta e desprovida de conhecimento não agrega bons valores aos cidadãos de bem. Outrossim, muitos cristãos envergonham o seu Cristo no instante em que, como ditos discípulos, abandonam o ensino do Mestre para divagar nos prazeres passageiros ditados por uma sociedade alieanda e distante do Deus que eles julgam conhecer. Dito isso, passo a descrever um “BBB” admirado por muitos cristãos que, entretanto, se revela alheio à Cristo, à Bíblia e à Igreja fiel. Quem ler, entenda.
1) O “B” DA “BAJULAÇÃO”.
Sinto que há, no meio cristão, uma espécie de programa de substituição do discipulado bíblico pela bajualção, da pregação e ensino da Bíblia, pela adulação. Não é teoria de conspiração, é pura observação. Atualmente, parece que é necessário bajular para manter o crescimento da arrecadação financeira e do rol de membros. À contramão, não há profundidade bíblica nas exposições, pois as mensagens são superficiais e secularizadas; e “coachings” são os novos pastores. Não importam os meios, contanto que os fins sejam alcançados. Assim, tal postura faz nascer “cristãos-bebês” e institui uma mega comunidade manipulável. Ali, não há espaço para confrontos sadios/bíblicos e todos são aceitos como são, são bajulados e adulados como são, não havendo necessidade de arrependimento, mudança de vida.
2) O “B” DE “BADALAÇÃO”.
O mundo de hoje é o mundo da badalação. “Mostre que você é superior!” (melhor carro, salário, roupa, atitude, idéia, religião, etc.), ensinam. O importante é ostentar-se socialmente. Aparentemente, até o entretenimento está a serviço de uma mensagem hedonista individualista, isto é, “não importa o que as pessoas digam, o importante é você ser feliz”. Porém, o cristão “badalado” está abalado. Ele necessita de humildade, não de arrogância; ele não se vangloria, se esvazia de si. Tudo importa se sou cristão, pois o meu dever é ser, viver e agir como meu Senhor ensinou. Nele está a verdadeira felicidade.
3) O “B” DE “BACANAL”.
Várias pessoas realizam uma festa. Celebram a uma divindade por meio de festim licencioso, libidinoso. Os libertinos criam uma orgia e lhe dão o nome de bacanal, possível festa antiga ao deus Baco, deus do vinho... É claro que o cristianismo autêntico não se mistura com esse tipo de festa. É evidente que os cristãos não participam de bacanais. Será? Não é verdade que hoje muitos cristãos vivem na promiscuidade como percebida em tempos antigos? Basta pensarmos no crescimento do número de cristãos que vivem na prática de relações sexuais ilícitas e concluiremos que o prazer pecaminoso é um problema oculto a ser enfrentado na Igreja. Eis o dilema: o cristão pecador peca desenfreadamente e não há arrependimento, mudança de vida.
Eis um “BBB” oculto de muitos cristãos... Bajulação, badalação e bacanal... É como uma tríade maléfica a ser percebida, enfrentada e extirpada do meio do povo de Deus. A pergunta é: vamos assistir, participar ou renunciar ao “BBB”?
Não fique espiando, mas creia na expiação. Deus está de olho.
Não fique espiando, mas creia na expiação. Deus está de olho.
Rev. Ângelo Vieira da Silva
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